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quarta-feira, 16 de maio de 2012

Prevenindo-se das heresias (Parte III)



Por Pastor Elienai Cabral

As Testemunhas de Jeová
Nesta série de estudos sobre as seitas apresentaremos tão somente aquelas principais destacando suas principais doutrinas para dar aos leitores uma visão panorâmica dos perigos que ameaçam a nossa fé e como evitá-las. Neste artigo, destacaremos, inicialmente, as Testemunhas de Jeová.

TESTEMUNHAS DE JEOVÁ

Fundada em 1874, nos Estados Unidos da América do Norte, por Charles Taze Russell, o qual era advindo do adventismo. Discordando dos ensinos adventistas resolveu interpretar por conta própria as Escrituras. A partir de então nasceu a “SociedadeTorre de Vigia”e “Arauto da Presença de Cristo”. Suas doutrinas discordantes confrontavam com os ensinos da Bíblia e sua idéia sobre a inspiração da Bíblia seguia a teoria da “inspiração progressiva” que acreditava que o que vale das Escrituras são as idéias e os pensamentos contidos na Bíblia e não as palavras. Admitia que a Bíblia pode sofrer mudanças porque a sua inspiração é dinâmica e progressiva. Com esta idéia, Russell se achava com o direito de modificar as doutrinas bíblicas de acordo com as suas conveniências e heresias. Contrariava, portanto, a inspiração verbal e plenária das Escrituras. O criador dessa seita falsa morreu em 1916 e assumiu em seu lugar um juiz chamado Joseph Franklin Rutherford, o qual deu continuidade à organização deixada por Russell. Rutherford exerceu forte liderança sobre os membros dessa nova seita e desenvolveu fortemente as suas doutrinas. Na verdade, uma doutrina instável e contraditória ao longo da sua história. O nome “Testemunhas de Jeová”foi usado pela primeira vez pelos membros dessa sociedade em 1931.

SUAS PRINCIPAIS OBRAS

Para divulgar suas idéias, Russell escreveu muitos artigos e livros, ajudado por tantos outros que aceitaram suas doutrinas. Entre as principais obras das TJ estão: a "Bíblia Tradução Novo Mundo" ( uma tradução pobre e com o propósito de fortalecer suas idéias absurdas); "Estudos nas Escrituras"; "A Verdade vos tornará livres"; "Do Paraíso Perdido ao Paraíso Recuperado"; "Cumprir-se-á, então, o mistério de Deus"; "Caiu Babilônia, a Grande"; "A verdade que conduz à vida eterna". Todos esses livros são editados e publicados em mais de 95 idiomas e só as revistas "Sentinela" e "Despertai” são editadas para mais de 10 milhões, para a maior parte do mundo.

PREDIÇÕES FALSAS DE RUSSELL

(1) Russell declarou que os Tempos dos Gentios terminaria em 1914, referente a cidade de Jerusalém e à Palestina na Grande Tribulação. Passaram-se 90 anos e esse tempo ainda não cumpriu-se. Segundo seus cálculos, os Tempos dos Gentios iniciaram no ano 606 a.C. e haveria de continuar por 2520 anos, terminando em 1914.

(2) Declarou que o Cristianismo seria destruído até 1914. (3) Predisse que a Batalha do Armagedom aconteceria em 1915. (4) Predisse que o Papado da Igreja Romana teria sua queda em 1914. (5) Declarou que o milênio começou no ano 1873. Depois corrigiu esse número para 1874. (6) Declarou que a 2ª. Vinda de Cristo aconteceu em 1874. (7) Declarou que os mortos em Cristo ( a igreja) ressucitaram em 1878. (8) Declarou que a 2ª. Vinda de Cristo iniciaria na “colheita”, a última grande colheita de almas e terminaria em 1915. Todas estas delcarações e previsões escatológicas contém erros de interpretação, de datas e locais. Referem-se, antes de tudo, a um tempo futuro, a maioria relativa à Israel. Ao longo dos anos de suas atividades heréticas, tanto Russell quanto Rutherford fizeram declarações absurdas e torceram a Palavra de Deus.

SUAS PRINCIPAIS HERESIAS

(1) Negam a doutrina da Trindade tenazmente em todos os seus escritos. Mt 3.16,17; Mt 28.19; Jô 15.26; 1 Pe 1.2. (2) Negam a Divindade de Jesus Cristo ( Jô 10.30; 17.21; 14.8,9; Cl 2.9; Rm 9.5; Tt 2.13; Hb 1.3,8,9. (3) Negam a ressurreição corporal de Cristo, afirmando que o Cristo ressurreto não era o mesmo Cristo humano, mas que era um espírito invisível. Lc 24.39-43; Jô 20.25-27; At 1.9. (4) Negam a personalidade e a divindade do Espírito Santo. At 8.29 ( fala); Rm 8.26,27 ( intercede); Ef 4.30 (tem sentimentos); At 16.6,7; 13.2 ( ordena, dirige as pessoas); 1 Co 12.11 ( tem vontade própria); Rm 15.20 ( ama). (5)Ensinam que apenas os 144 mil irão para o céu, e o restante viverá aqui na terra no período milenar. (6) Negam a existência da alma imortal depois da morte. A Bíblia indica plena consciência do ser humano após a morte ( 2 Co 5.8; Lc 23.43; Fp 1.23; Lc 16.19-31). Estas doutrinas das TJ além de errôneas e perniciosas, tem produzido grande confusão na cabeça de pessoas simples, especialmente, aquelas que pouco contato tem com a Biblia. É indiscutivelmente, uma seita diabólica que deve ser desmascarada.
Sobre o pastor 
Pastor Elienai Cabral é conferencista, teólogo, membro da Casa de Letras Emílio Conde, comentarista de Lições Bíblicas da CPAD, membro do Conselho Administrativo da CPAD e autor dos livros “Comentário Bíblico de Efésios”, “Mordomia Cristã”, “A Defesa do Apostolado de Paulo – Estudo na Segunda Carta aos Coríntios”, “Comentário Bíblico de Romanos”, “A Síndrome do Canto do Galo”, “Josué – Um líder que fez diferença”, “Parábolas de Jesus” e “O Pregador Eficaz”, todos títulos da CPAD. 

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Como identificar seitas e heresias ( parte II)

Pr.Elienai Cabral

Vejamos agora alguns sinais que identificam heresias ou seitas:


1) IMATURIDADE ESPIRITUAL – Apóstolo Pedro fez uma distinção entre uma criança e um adulto na fé cristã. Ele indica o tipo de tratamento que se deve dar “a meninos recém-nascidos” (1Pd 2.2). O recém-nascido na fé requer cuidado diferenciado porque é mais vulnerável nessa “infância espiritual”. Um crente imaturo é mais facilmente vulnerável à subversão das heresias. Os ventos de doutrina sopram e movem facilmente as emoções dessas pessoas, que se deixam induzir pelo engano de homens fraudulentos (Ef 4.14).


2) SUBVERSÃO ESPIRITUAL – Sem dúvida, os crentes imaturos são mais facilmente atraídos para as seitas porque, geralmente, seus líderes trabalham com eficiência a propaganda de suas idéias e podem subverter as pessoas. Os líderes de movimentos heréticos são persuasivos acerca de suas idéias e são capazes de torcer a regra básica e fundamental acerca das Escrituras como autoridade única e máxima para a vida do cristão. Subvertem as mentes pobres de conhecimento bíblico com revelações extrabíblicas para justificar suas idéias heréticas.


Paulo havia percebido que na igreja da Galácia um grupo de crentes estava facilmente mudando de pensamento e aceitando outro evangelho (Gl 1.6-9). Paulo percebeu na igreja de Corinto uma certa vulnerabilidade doutrinária acerca das coisas espirituais, pois, à despeito da abundância dos dons espirituais naquela igreja, havia divisões e facções (2Co 11.13-15).


3) SOBERBA INTELECTUAL – Não muito diferente de nossos dias, as igrejas do Novo Testamento sofriam com os “intelectuais teológicos” que entendiam ser eles as pessoas que deviam ser ouvidas dentro da igreja. Esses pretensos intelectuais achavam também que por ostentarem maiores conhecimentos eram mais espirituais que os demais. Paulo enfrentou esse tipo de crentes na igreja em Corinto (2Co 11.3-4).


Muitas heresias têm surgido da soberba intelectual de pessoas que resolvem interpretar a Bíblia de acordo com suas idéias particulares e conveniências. O orgulho intelectual de pretensos teólogos induz à arrogância e à apostasia. As heresias surgem da idéia de que podem explicar todas as coisas com argumentos meramente intelectuais. Porém, o Evangelho precisa ser crido “com santidade e sinceridade de Deus, não com sabedoria humana, mas na graça divina” (2Co 1.12).


Fonte: CPADNEWS.COM.BR

sábado, 7 de janeiro de 2012

Como identificar seitas e heresias

 Pr.Elienai Cabral
A Palavra de Deus afirma: “Há caminho que ao homem parece direito, mas o fim dele são os caminhos da morte”, Pv 14.12. Um dos primeiros títulos dados à igreja emergente do primeiro século era “os do Caminho” (At 19.9,23; 24.22). Os adeptos do “Caminho” eram os convertidos ao cristianismo e, como não havia um titulo oficial ou nome dado a esses cristãos, propagou-se o título “Caminho”, porque os apóstolos e pregadores da época denominavam seus ensinos como “os santos e retos caminhos do Senhor”. Especialmente dentro do judaísmo, o “Caminho” era tratado como seita, mas, na verdade, era o único e verdadeiro caminho que o próprio Deus abriu na Terra para direcionar o homem pecador à salvação.

Todos querem o caminho da felicidade. Ao longo da historia da humanidade, muitos caminhos falsos foram construídos através das religiões e seitas surgidas. Para redirecionar o homem, Deus enviou seu Filho Jesus como o verdadeiro caminho que conduz à vida eterna (Jo 14.6). Por causa do pecado, o homem perdeu a direção. O sentido da palavra “pecado” (no grego, “hamartia”) significa “errar o alvo”, “perder o rumo”, “tomar outra direção”. O apóstolo Paulo declarou: “Por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte; assim também a morte passou a todos os homens, por isso que todos pecaram”, Rm 5.12. O homem não pode negar a relação do seu espírito com Deus, por isso, mesmo tendo pecado, tem necessidade de Deus.


Lamentavelmente, na busca de satisfazer essa necessidade espiritual, o arquiinimigo de Deus e do homem, o Diabo, tem aberto vários outros caminhos de engano, pelos quais o homem tem caminhado.


I – EXPLICANDO E DEFININDO TERMOS


a) SEITA – Do latim “secta”, o termo significa “doutrina ou sistema que diverge da opinião geral e é seguido por muitos”. Do termo “secta” designou-se na língua portuguesa a palavra seita, que também significa facção, partido. Daí que seita representa uma forma sectária de pensar que vai além do sistema existente.


Toda seita advém de alguma religião ou doutrina. As seitas discordam do ensino básico de uma religião. No contexto histórico do judaísmo, surgiram grupos religiosos distintos e antagônicos, os quais, nos dias de Jesus na Terra, eram conhecidos como a seita dos fariseus, dos saduceus, dos essênios e dos zelotes. Esses grupos se diziam fiéis ao judaísmo, mas discordavam em pontos doutrinários, por isso eram contundentes e até radicais.


b) HERESIA – Esse termo deriva da palavra grega “hairesis” e o seu significado é escolha, seleção, preferência, partido tomado, corrente de pensamento, divisão. No latim, “hairesis” passou a significar “secta”. Portanto, há uma relação muito próxima de significado entre os termos seita e heresia. No Novo Testamento, o cristianismo era rejeitado pelos judeus e tratado como heresia ou seita (1Co 11.19; Gl 5.20 e 2Pd 2.1-2).


Ao longo da historia da Igreja, especialmente nos primeiros séculos, quando as doutrinas básicas do cristianismo começaram a ser organizadas e sistematizadas nos grandes concílios, começaram a surgir, também, as facções teológicas. Algumas das cartas e epístolas do Novo Testamento demonstram a preocupação dos seus escritores com as idéias e conceitos influenciados pelos filósofos da época (1Tm 4.1-5 e 2Pd 2.1-3).
Como prometido no último artigo, e seguindo a sequência do nosso estudo sobre como identificar seitas e heresias, conceituemos agora o que é “Doutrina”.

c) DOUTRINA – No latim, a palavra doutrina é “doctrina” e significa “ensino”. Segundo o Dicionário Aurélio, “doutrina é o conjunto de princípios que servem de base a um sistema religioso”. No Antigo Testamento, a palavra doutrina ocorre como tradução do hebraico “Ieqah”, que significa “o que é recebido” (Dt 32.2; Jó 11.4; Pv 4.2 e Is 29.24).

No Novo Testamento, dois termos da língua grega representam a palavra doutrina. Um termo é “didaskalia” e o outro, “didachê”. Ambos os termos referem-se ao ensino como instrução dada àqueles que recebiam de bom grado a mensagem do cristianismo.

A Bíblia especifica três formas de doutrina:
a) Doutrina de Deus (At 2.41-42;13.12 e Tt 2.10)
b) Doutrina de demônios (1Tm 4.1)
c) Doutrina de homens (Mt 15.9 e Cl 2.22)

II – RAMIFICAÇÕES

Alguns ramos do protestantismo são advindos do período do seu surgimento na Idade Media com Martinho Lutero e João Calvino, ou João Wesley e outros. Entretanto, as diferenças de opiniões desses grupos sobre doutrina cristã não afetaram a essência do ensino básico do cristianismo. Portanto, não se constituem em seitas ou heresias. Porém, toda discordância doutrinaria (ou teológica), quando rompe com os fundamentos principais da doutrina cristã, é identificada como heresia ou seita.

“Uma seita pode assumir muitas formas, mas basicamente é algum movimento religioso que distorce ou desvirtua a fé ortodoxa até ao ponto em que a verdade é transformada em mentira. É impossível definir uma seita, a menos que se o faça em comparação com o padrão absoluto do ensino das Santas Escrituras”, escreveu Dave Breese.

Fonte: CpadNews