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domingo, 24 de julho de 2011

A grande missão da Igreja de Cristo.

                                                                                    
                                                                  Por  Geraldo Carneiro


Jesus, o nosso Mestre, fez a todos nós três convites os quais devemos obedecer:


(1) – VINDE A MIM...;


(2) – VINDE APÓS MIM, ...; e


(3) – IDE....


Só quando obedecermos o “VINDE A MIM” e o “VINDE APÓS MIM”, é que teremos condições de cumprir o “IDE”.


A EVANGELIZAÇÃO DOS ESTRANGEIROS:




Os estrangeiros devem ser alvo do mesmo fervor evangelístico que a Igreja reserva para outros segmentos sociais. Assim a Bíblia nos ensina. Vejamos:


 (1) – A VISÃO DE CRISTO ALCANÇOU OS SAMARITANOS – Jo 4:4-30 – O texto bíblico diz que era necessário Jesus passar por Samaria. De modo geral, os judeus usavam outra rota para suas viagens, evitando passar por ali, até mesmo porque os samaritanos eram dados a atos de violência, principalmente contra àqueles que subiam a Jerusalém (Lc 9:51-56).
 Com Jesus foi diferente. O senso do dever de evangelizar lhe impôs descer até a cidade de Sicar, em Samaria, para ali, através de uma mulher, não só evangelizar toda uma região, mas também deixar para os Seus discípulos a grande lição sobre a urgência da ceifa – Jo 4:35. Com isto, o Mestre derrubou as barreiras raciais. Elas não podem impedir o avanço da evangelização. A mesma visão deve orientar a Igreja de Cristo em relação aos estrangeiros. Eles também fazem parte do plano da salvação que Jesus outorgou a todos.

 (2) - A VISÃO DE CRISTO ALCANÇOU A MULHER SIRO-FENÍCIA
– Mc 7:24-30 – O Mestre deixou os termos de Israel e dirigiu-se às fronteiras de Tiro e Sidom, talvez com o propósito de descansar. Pelo menos Mc 7:20 parece pressupor esta ideia. Mas, quem pode conter a presença de Cristo? Logo a mulher recebe a notícia e vai ao encontro de Jesus em busca de socorro, que dá origem ao conhecido diálogo no qual ela foi até a última instancia de sua fé perseverante – Mc 7:28 -. Diante de tamanha fé, Jesus ordenou (mesmo à distancia) que o demônio deixasse amenina e ele obedeceu.



 (3) – A IGREJA PRIMITIVA ALCANÇOU O CENTURIÃO CORNÉLIO – At 10:44-48; 11:1-18 – Cornélio era um militar romano residente em Cesaréia, onde se localizava o quartel-general das autoridades romanas com atividades na Palestina. Em certo sentido, ele foi o ponto de partida do avanço do Evangelho entre os gentios. No entanto, antes foi preciso que Pedro passasse pela experiência do lençol cheio de répteis para livrar-se do preconceito e assimilar a verdade sobre a ampla dimensão do Evangelho na obra de salvação dos pecadores. Só assim Pedro poderia estar apto para pregar ao centurião.


 Após a repetição da mesma experiência do Pentecoste, o apóstolo Pedro não teve outra alternativa, a não ser batizar em água os novos crentes, ainda que isso ocasionasse alguma murmuração da parte dos judeus.


 Qual tem sido a visão da Igreja de Jesus em cumprir o “IDE” e levar o Evangelho aos estrangeiros e às etnias representada pelas tribos indígenas? Não nos esqueçamos: A SALVAÇÃO É PARA TODOS!




EVANGELIZANDO A TODOS OS SEGMENTOS SOCIAIS:


 Há uma tendência no ser humano em considerar-se superior aos demais, principalmente quando se trata de grupos sociais tidos como marginalizados. Tenhamos em mente, porém, que o que nos diferencia como salvos, não são os nossos méritos, mas, sim, o fato de termos sido alcançados pela graça da salvação. Esta graça não nos dá o direito de desprezarmos o nosso próximo; pelo contrario: É força motivadora para nossa ação evangelística, que visa alcançar a todos, inclusive os que estão caídos na sarjeta e àqueles que são marginalizados em razão do seu comportamento fora dos padrões normais da sociedade e, acima de tudo, distante dos princípios da Palavra de Deus.

 (1) – JESUS PREGOU AOS POBRES
– Lc 10:25-37 – Através desta parábola, Cristo deixou bem clara a lição contra a discriminação. Pela lógica, o bom samaritano seria a pessoa menos propensa a socorrer a vítima, em virtude da inimizade entre judeus e samaritanos. Todavia, foi o samaritano quem viveu, naquele ato, toda a dimensão do amor de Deus, que não discrimina ninguém.



 Lc 4:18 cf Mc 10:46; Lc 6:17 – Todas as vezes em que os fatos envolvem multidões, em qualquer momento da história humana, está se referindo à base da pirâmide social, constituída dos pobres. Jesus não só ensinou contra a discriminação, mas Ele mesmo, em nenhum momento, discriminou o próximo, ou mesmo privilegiou determinado seguimento social em detrimento de outro. Ele jamais desprezou os pobres; teve com eles um relacionamento de compaixão.


 (2) – JESUS PREGOU AOS RICOS – Lc 18:18-30 – Apesar de Cristo considerar o coração dos ricos mais endurecido para o Evangelho, em razão dos efeitos negativos que a riqueza produz, Ele também os alcançou com Sua mensagem. A reação de Jesus ao episódio do jovem rico, mostra-nos, por um lado, que a riqueza em si mesma pode constituir-se em empecilho à salvação. Todavia, não exclui a possibilidade do rico salvar-se.


 Por outro lado, o contexto aclara a visão de Cristo, que teve como propósito maior mostrar que a salvação é um ato exclusive da graça de Deus, independentemente das obras humanas. Foi o que Ele deixou bem claro, depois de afirmar ser mais fácil um camelo passar pelo fundo de uma agulha do que um rico entrar no reino de Deus.


 A densa realidade desta ilustração levou-os a uma conclusão muito mais ampla: - “Logo, quem poderá salvar-se?”, foi o que responderam. O Mestre então concluiu Sua linha de raciocínio: - “As coisas impossíveis aos homens, são possíveis a Deus”.


 (3) – JESUS PREGOU AOS MARGINALIZADOS – O preconceito nunca teve lugar no ministério de Cristo. Analisemos:

 (A) – O LEPROSO
– Mt 8:1-4 – Pelas leis mosaicas, o leproso tinha que se manter afastado da sociedade. Era alguém que, por força das circunstancias legais, não tinha vida social ativa e nenhum acesso aos meios de integração comunitária. Jesus, não só recebeu o leproso, mas o tocou fisicamente. Este ato, para além da cura, está carregado de denso simbolismo, pois o toque fraterno entre duas pessoas, como um cumprimento, por exemplo, sem hipocrisia ou malícia, passa para quem o recebe a sensação de conforto e proteção. Jesus não tentou desviar-se do leproso, para não ser contaminado, quando este veio ao Seu encontro, mas estendeu-lhe a mão.



 (B) – A MULHER ADÚLTERA – Jo 8:1-11 – Neste caso, tudo não passou de uma armadilha dos fariseus para tentar apanhar Jesus em ato falho. Eis algumas lições deste episódio:


 (B.1) – A justiça de Deus não é unilateral, como costuma ser a justiça dos homens. Os acusadores da mulher queriam apedrejá-la, mas se esqueceram de “acusar” o seu acompanhante, para quem a lei previa também condenação de morte – Lv 20:10; Dt 22:22. Outrossim, eles se esqueceram de ver a si próprios como pecadores.


 (B.2) – O mesmo Deus que encerrou a todos debaixo do pecado, através de Sua justiça, proveu a graça da salvação para todos, até mesmo uma prostituta. Portanto, do ponto de vista da justiça de Deus, não há diferença no que tange à “qualidade” do pecado. O rico (na sua ostentação), ou a prostituta (na sua imoralidade), dependem do mesmo favor imerecido de Deus. É preciso que a Igreja tenha isto em mente na obra evangelística para que não caia na tentação de “selecionar” os ouvintes segundo a aparente posição social de cada um.


 (C) – MATEUS, O PUBLICADO – Mt 9:9-13 – O encontro de Cristo com Mateus, um publicado, enseja também a mesma lição quanto aos marginalizados. Aqui temos o outro lado da moeda. Os publicanos exerciam a profissão de cobradores de impostos e eram mal vistos e desprezados pelos judeus, não pela cobrança de impostos em si, mas pelo uso ilícito do instrumento legal para roubar da população sofrida. Zaqueu deixou isto implícito quando se propôs a restituir àqueles aos quais tivesse desfraldado – Lc 18:8.


 O desprezo pelos publicanos estava de tal modo arraigado no cotidiano judaico que Jesus, ao ensinar sobre a correção do crente pecador, orientou a considera-lo como “publicano”, caso não se submetesse as normas da disciplina – Mt 18:17. Ou seja, deveria ser mantido fora das relações da Igreja. Jesus comeu com os publicanos, mas deixou claro o Seu propósito – Mt 9:12-13.


 Sem dúvida, os publicanos tinham um excelente padrão de vida e, talvez, não praticassem os “graves” pecados de uma prostituta. Quem sabe eles tivessem até postura exemplar em sua convivência social. No entanto, diante de Deus, eram doentes espirituais, como qualquer outro pecador, e necessitavam de socorro urgente.


 A salvação é para toda humanidade. Realizar a tarefa de evangelização mundial é um sério compromisso bíblico do povo de Deus com a Sua obra. Porém, não é justo que, pela negligencia da Igreja, os povos não ouçam a voz de Deus e sejam apanhados pelo seu juízo. Os olhos do Senhor estão por toda parte, acompanhando passo a passo a ação da Igreja na proclamação da mensagem do reino de Deus. Em cada cultura ou grupo social cabe aos enviados do Senhor encontrar os instrumentos adequados para proclamar de forma clara, aceitável e consciente a mensagem do Evangelho. Tudo que se requer da Igreja é a mobilização total e prioridade absoluta para a evangelização simultânea até os confins da Terra. Com certeza, a Igreja não falhará.