“FILADÉLFIA, A IGREJA DO AMOR PERFEITO”
TEXTO ÁUREO – I Jo 2.5
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: Apc 3.7-13
INTRODUÇÃO:
Dentre
as sete igrejas, a de Filadélfia era a mais perfeita; não recebe a
menor repreensão. É cheia do Espírito Santo e missionária. Resistiu com
sucesso todas as tentativas de Satanás para corromper a sua doutrina.
O CENÁRIO:
Filadélfia
era pequena, se comparada a Éfeso e a Esmirna. Menor em prosperidade,
indústria e prestígio. Achava-se vulnerável aos vulcões e terremotos. Em
17 a.C., um terremoto devastou-a, causando a perda de muitas vidas e
bens materiais. No ano seguinte, continuaram os tremores, levando
milhares de seus moradores a abandonarem-na.
O REMETENTE:
Apc 3.7 - O divino Correspondente identifica-se de maneira mais que apropriada à igreja em Filadélfia. “Isto diz o que é...”:
(A)
– SANTO - O Senhor Jesus possui natureza divina, e, como tal,
compartilha da santidade de Deus Pai - Sl 16.10; Is 6.3; 40.25; 43.15;
At 2.27; 13.35.
Ser santo é estar cortado, separado. Nisto, há dois aspectos:
(1º) - Por Sua santidade essencial, acha-se Jesus separado de Sua criação.
(2º) - Mas, por Sua santidade ética, encontra-se apartado de todo pecado.
(B) – VERDADEIRO - Ele é verdadeiro; é autêntico; não é imitação - 2 Cr 15.3; Apc 19.11.
(C) – SOBERANO - A chave de Davi representa a autoridade de seu ofício real.
Is
22.22 - Apenas Eliaquim podia abrir a porta que dava acesso às riquezas
de Ezequias. Mas quando a fechava, ninguém podia abri-la.
De igual modo, Jesus possui a chave do tesouro dos céus, das ricas bênçãos da graça de Deus.
Paulo foi recompensado com muitas portas divinamente abertas - 1 Co 16.9; 2 Co 2.12; Cl 4.3; At 14.27.
Jesus
tem a chave de Davi! Ele abre e ninguém fecha e fecha e ninguém abre.
Ninguém mesmo! Satanás, não. Demônios, também não. Circunstâncias, não
têm este poder. Um governo hostil, menos ainda. O mundo ateu não pode.
Ele abre e fecha as portas e ninguém pode alterar-lhe as decisões.
CARACTERÍSTICAS DE FILADÉLFIA:
Apc
3.8 – Jesus observa direta e intimamente os negócios desta igreja. Nem
mesmo este pequeno rebanho escapa ao Seu controle. Para esta pequena
igreja, Cristo abre uma grande porta.
(1)
– CRISTO LHE ABRIU UMA GRANDE PORTA – Quando a igreja fielmente serve a
Deus, Cristo lhe abre as portas para que ela expanda seu ministério. O
que leva as portas a se abrirem? Fidelidade à vontade de Deus. Nada
mais, nada menos.
(2) – POUCA FORÇA – Jesus observa que os crentes em Filadélfia têm pouca força!
Isto
pode soar como repreensão, mas é apenas a constatação de um fato. O
Senhor, entretanto, em nada os condenou. Mostrou que o segredo de
guardar a sua palavra era o amor – Jo 14.23.
(3) – OBEDIENTE – Jesus elogia a igreja em Filadélfia: “Guardaste a minha palavra”.
Estes
crentes achavam-se fielmente submissos à Palavra de Deus: Pregavam-na,
ensinavam-na, obedeciam-na, viviam-na e a compartilhavam. Não se
afastavam da Palavra. Qualquer coisa que fizessem, era dirigida pela
Palavra de Deus.
(4)
– OUSADA – Jesus reconhece: “Não negaste o meu nome” - Esta igreja não
se envergonhava do Evangelho. Muitos em Filadélfia, especialmente os
judeus incrédulos, forçavam os crentes a negligenciar os ensinamentos de
Cristo e a negar a fé.
Mas
este pequeno rebanho não se dobraria jamais. Permanecia fiel ao Senhor
que os redimira. Onde quer que fossem, o nome de Jesus estava sempre em
seus lábios. Corajosamente, testemunhavam em cada oportunidade.
(5)
– SOFREDORA - Quando Deus abre as portas do céu para nos abençoar,
Satanás abre os portões do inferno para prejudicar-nos. Quando uma
igreja volta-se para a fé, enfrentará Satanás cara a cara. Foi o que
aconteceu em Filadélfia: “Eis que eu farei aos da sinagoga de
Satanás...”,
Não
são poucas as igrejas que sofrem com tais grupos. Dizendo-se mais
santos que os outros, fingem uma espiritualidade, produzem falsas
profecias, fabricam visões e inventam sonhos. Hábil e astutamente, jogam
a igreja contra o pastor e o pastor contra o rebanho. Eles sabem que
dividindo a igreja, ser-lhes-á mais fácil escravizar as pobres e já
indefesas ovelhas.
Eles,
porém, não irão adiante. O Senhor forçá-los-á a reconhecer que tanto
Esmirna quanto Filadélfia contam com todos os favores divinos.
(6)
– EXALTADA POR DEUS – Os pretensos judeus passaram a afrontar o pastor e
a igreja. Cada vez mais faziam-se ousados. Dessa vez, porém, Jesus
decidiu intervir! O próprio Cristo encarregar-se-ia por aqueles da
sinagoga de satanás em seu próprio lugar! - Apc 3.9.
A HORA DA PROVAÇÃO:
Apc 3.10 – Jesus tinha duas promessas específicas para a Igreja do Amor Perfeito: Uma, temporal; outra, escatológica. Vejamos:
(1) – A promessa temporal refere-se ao livramento dos ataques que a igreja vinha sofrendo dos falsos judeus.
(2)
– A escatológica, diz respeito à Grande Tribulação que, após o
arrebatamento da igreja, virá sobre o mundo inteiro – I Ts 1.10; 4.17;
5.9; II Pe 3.8-9.
O retorno do Senhor é a bem-aventurada esperança da Igreja, uma esperança que exige santidade agora (Tt 2.12-14; I Jo 3.2-3).
A COROA DA VIDA:
Apc 3.11 – Este versículo é essencialmente escatológico:
(1)
– A VOLTA DE JESUS – “... venho sem demora...” – O alerta do Senhor não
admite adiamentos. Jesus impulsionava a igreja a trabalhar enquanto é
dia, pois quem esperava a volta de Cristo jamais descansa.
(2)
– O GALARDÃO - "... que ninguém tome a tua coroa" - Segundo os Anais da
História grega, aos vencedores dos jogos olímpicos se outorgava uma
coroa - a coroa da vitória – formada de folhas de louro entrelaçadas.
Paulo se serve frequentemente de figuras dessas competições - 2 Tm 2. 5;
4.7-8 cf 1 Co 15.58.
Observemos
que Jesus disse: “... ninguém tome a TUA COROA...” – Ou seja, a coroa
já é nossa! Permaneçamos, pois, fiéis até a volta de Jesus!
AS PROMESSAS PARA FILADÉLFIA:
Apc 3.12 - O vencedor é o que permanece fiel à Palavra de Deus face à adversidade e à oposição.
(1) - COLUNA NO TEMPLO DE DEUS - Coluna é símbolo de segurança e força. Quando tudo desaba, ela permanece forte e ereta.
Nos
tempos antigos, o cidadão distinto possuía uma coluna erguida em sua
honra. Mas ele tinha de ser um senador notável, nobre dignatário, famoso
filósofo ou respeitado educador. Assim, teria o nome inscrito sobre a
coluna a fim de documentar sua contribuição às futuras gerações.
Com
base nesta prática, Jesus diz que os vencedores receberiam tal
reconhecimento no céu. Toda obra fielmente desenvolvida em Cristo nunca
será esquecida. Melhor que termos os nomes gravados nas colunas é sermos
colunas no templo de Deus – I Tm 3.15b; cf. Jr 1.18 -, pois Deus mesmo é
o Templo da Jerusalém Celeste - Apc 21.22.
(2)
– DELE NUNCA SAIRÁ - Jesus nos afiança que nunca deixaremos a presença
de Deus. Ele nos fará permanentes no templo celestial.
(3) – GRAVAREI SOBRE ELE TRÊS NOVOS NOMES – Jesus também promete gravar sobre o vencedor:
(3.1)
– O NOME DO MEU DEUS - Naqueles dias, escrever o nome de alguém sobre
alguma coisa era sinônimo de posse. O senhor escrevia seu nome nos
servos como se estivesse marcando animais. Era sinal de posse.
Receber
o nome de Deus equivale a pertencer-lhe. Tal relacionamento jamais será
quebrado. Seu nome será permanentemente inscrito sobre seus servos.
Somos dele para sempre!
(3.2)
– O NOME DA CIDADE DO MEU DEUS - Os vencedores receberão plena
cidadania na Nova Jerusalém. Destes, serão removidas toda a dor e
tristeza. Eles terão acesso à água da vida, comerão da árvore da vida,
servirão a Cristo, verão sua face, reinarão com Ele e jamais serão
molestados pelo ímpio (Ap 21.22).
(3.3)
– E O MEU NOVO NOME - Melhor que ter o nome da Nova Jerusalém escrito
em nós, é ter o de Cristo. Seu nome representa a completa revelação de
sua pessoa. Hoje, ainda não podemos imaginar-lhe a magnitude da glória.
Mas quando chegarmos no céu, o conheceremos tal como é.
Desta forma, a igreja do amor perfeito será selada de modo triplo:
(1) - Pertence a Deus;
(2) - Pertence à cidade de Deus; e
(3) - Pertence ao Filho de Deus.
Sua
terna promessa aos que se sentem dolorosamente cientes de suas próprias
fraquezas e inseguranças é que, no final, os vencedores pertencerão ao
Senhor.
CONSIDERAÇÕES FINAIS:
Apc
3.13 - A expressão da voz está no singular, mas a referência para ouvir
é para "todas" as igrejas. Só não ouvem a "voz" divina:
(A)- Os endurecidos (Hb 3.7);
(B) - Os tardios de coração (Is 6.10);
(C) - Os de olhos fechados (Rm 11.8).
O
Espírito Santo continua falando a todos os ouvidos abertos e a todos os
corações bem dispostos, em todas essas admiráveis e solenes mensagens.
Estaremos ouvindo, realmente? - II Tm 4.4.
FONTES :Pastor Geraldo Carneiro