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sábado, 4 de fevereiro de 2012

Antonio Gilberto:Os perigos da secularização nas igrejas (parte III )

Pr. Antonio Gilberto

Vejamos agora, como prometido, os efeitos maléficos do secularismo nas igrejas. Vamos ver apenas alguns desses efeitos.


1) O crente acostumar-se ao prazer doentio, como se isso fosse natural. “Tiveram prazer na iniquidade”, 2Ts 2.12. Por exemplo: O crente sentir prazer em cenas violentas, desumanas, imorais, repulsivas, como luta de boxe, cenas de tortura, publicações abomináveis, vídeo imoral e violento, e outras fontes de prazer doentio, sádico, selvagem, anormal, pecaminoso.


2) O crente tornar-se espiritualmente infrutífero, inútil, parasita. “Nenhum de nós vive para si”, Rm 8.14. “Estrela errante”, Jd 13.


3) O crente tornar-se espiritualmente “pesado”, e daí viver “colado” às coisas efêmeras desta vida. Apegar-se a este mundo, colocando em detrimento as coisas do Senhor (Lc 21.34 e Gl 3.19b). São pessoas que só pensam nas coisas terrenas.


4) O crente tornar-se indiferente, apático, enfastiado para as coisas do Espírito (Ap 3.14,17).


5) A prevalência do nominalismo religioso entre os crentes. “Os discípulos foram chamados cristãos” (At 11.26) – isto é, eles não chamaram de cristãos a si mesmo, eles foram chamados assim. Eles não apenas pregavam a Cristo, mas também viviam, de fato, o Evangelho de Cristo.


6) A inversão de valores espirituais na igreja (Is 5.20; 2Rs 16.10-20).


7) A exagerada institucionalização da igreja. É quando a  igreja se torna apenas uma denominação a mais, uma organização religiosa a mais, apenas uma máquina religiosa programada. Uma máquina fabrica, mas não cria. Confira, no original grego, a expressão “criado”, em 1 Timóteo 4.6.


Vejamos a seguir, e para concluir, alguns breves e terríveis exemplos de secularismo:
a) Esaú como PESSOA. “Profano como Esaú”, Hb 12.16.
b) Israel como POVO. “Engordando-se Jerusum, deu coices”, Dt 32.15.
c) Laodicéia como IGREJA. Era rica espiritualmente, e tornou-se pobre (Ap  3.17).
d) Demas como OBREIRO. “Amou o presente século”, 2Tm 4.10.


Lembremo-nos da advertência de Jesus sobre o resultado do mero religionismo sem realidade e sem conteúdo espiritual (Mt 7.20-23). Jesus falou: “Para que vejam a minha glória”, Jo 17.24. “Unjas os teus olhos com colírio para que vejas”, Ap 3.18. Disse o Dr. John Rice: “Se todo crente pudesse (1) apreciar de fato o que é o Céu, (2) o que é a glória e a majestade de Cristo, e (3) o que nos espera lá, teríamos tanto desejo de ir para lá que nos desprenderíamos de tudo o que fosse possível aqui, de modo que o mundo não teria entre os crentes um só torcedor, um só admirador, um só amigo”.


Vamos todos buscar, receber e conservar o real avivamento bíblico, com suas infinitas bênçãos, conquistas e triunfos. Essa é a principal resposta divina para a avalanche de secularismo que investe contra a Igreja do Senhor.


 Fonte:CpadNews.com.br

sábado, 7 de janeiro de 2012

Os perigos da secularização nas igrejas

Pr. Antonio Gilberto

Em Lucas 17.26-30, encontramos um aviso do Senhor Jesus sobre os males do secularismo e seu avanço como um sinal da proximidade de Sua Segunda Vinda. Afirma Jesus no versículo 26: “Assim como foi nos dias de Noé, assim será nos dias do Filho do Homem”.

O que acontecia nos dias de Noé que se assemelham aos nossos dias? Afirma Jesus: “Comiam, bebiam, casavam e davam-se em casamento”, v27. A expressão “casavam e davam-se em casamento” quer dizer, literalmente, casar e descasar-se seguidamente. Perceba que não há qualquer menção a Deus nessa passagem. O homem preocupa-se apenas consigo mesmo. Ele é o centro de tudo. Isso é homocentrismo, hedonismo, humanismo, existencialismo, secularismo.

Sobre os dias de Ló quando da destruição de Sodoma e Gomorra, que se assemelham também aos nossos dias, conforme palavras de Jesus, é dito que “Comiam, bebiam, compravam, vendiam, plantavam e edificavam”, v28. Perceba quem,aqui, no versículo 28, o casamento já não é mais mencionado, a prioridade é o lazer e o passatempo, e Deus mais uma vez não é mencionado no contexto social.

De Noé a Ló, do contexto social aludido no versículo 26 ao aludido no versículo 28, são mais de 400 anos. O tempo passou, mas o homem não mudou, e ainda hoje é o mesmo, porque a sua natureza é pecaminosa.

Jesus disse: “Mas no dia em que Ló saiu de Sodoma...”, v29-30. Veja o versículo 31: “Assim será no dia em que...”. Ou seja, os dias que antecedem a Segunda Vinda de Jesus serão semelhantes aos dias da saída de Ló de Sodoma.

O que é secularismo? Termos afins a este conceito são materialismo, humanismo, racionalismo, consumismo, existencialismo, religionismo, nominalismo e mundanismo. Secularismo é o inverso da espiritualidade bíblica na vida do crente. Secularismo é, no caso da vida da igreja, uma forma sutil, capciosa, ardilosa e disfarçada de corrupção na igreja. Seus pecados são, na maior parte, pecados do espírito.

O secularismo exerce grande atração, fascínio, enlevo e efeito anestésico sobre inúmeros cristãos e inúmeras igrejas. A advertência da Palavra de Deus para esse tipo de coisa é: “Afasta-te” (2Tm 3.5).

Há vários textos bíblicos correlatos a esse assunto. Em João 15.19 e 17.14-16, encontramos o termo “mundo”, que é “kosmos” no grego. O crente e o mundo (como sistema maligno) não devem ajustar-se, harmonizar-se, identificar-se, comungar um com o outro. Em Romanos 12.1-2, mundo é, no original grego, “aion”. Em Efésios 2.2, Paulo fala que não devemos andar como dantes, “segundo o curso deste mundo (kosmos)”. Em 1 Coríntios 2.12, ele nos alerta sobre “o espírito do mundo (kosmos)”. Em 1 João 5.19, o apóstolo João assevera que “o mundo (kosmos) está posto na maligno”. Em 1 João 2.15-17, enfatiza: “Não ameis o mundo (kosmos)”. Esse é um amor mórbido, doentio, amor-mentira. Há muitos outros textos correlatos, como Tiago 4.4 e Gálatas 6.14.

Em 2 Timóteo 4.10, Paulo conta que Demas se perdeu, “amando o presente século (aion)”. Demas foi um obreiro que amou o secularismo.

O secularismo é como um fermento agindo na massa. Paulo lembra em 1 Coríntios 5.6 que “um pouco de fermento faz levedar toda a massa”. O fermento de que Jesus falou tem muito a ver com o secularismo dentro da igreja. Jesus falou de três tipos de fermentos. Vejamos a seguir.

1) O fermento dos fariseus (Mt 16.6 e Mc 8.15). Os fariseus eram formalistas, religionistas, ritualistas, nominalistas. Eles endeusavam as obras.

2) O fermento dos saduceus (Mt 16.6). Os saduceus eram racionalistas, agnósticos, céticos, materialistas, humanistas. Não criam no miraculoso, no sobrenatural.

3) O fermento de herodes (Mc 8.15). Os herodianos eram liberalistas, iconoclastas, modernistas, politiqueiros, secularistas, irreverentes. Os herodianos profanavam o dia do Senhor.

O fermento na Bíblia representa a corrupção espiritual, agindo ocultamente na massa do povo. A Bíblia fala da corrupção doutrinária (1Tm 4.1), da corrupção no culto, inclusive no louvor e na adoração, como nos dias do Antigo Testamento, e da corrupção no ministério. Alguns exemplos de hoje são a igreja ecumênica, o culto ecumênico, a bíblia ecumênica, o ministério ecumênico etc.

O secularismo e o balaamismo na igreja estão interligados. Balaão foi um estranho profeta-adivinho do Antigo Testamento (Nm 22.5; 23.7; 25.1-3; 31.8,16; Dt 23.4 e Js 13.22). O balaamismo é uma forma de secularismo atuando no Antigo Testamento. O secularismo na “doutrina de Balaão” (Ap 2.14) é a corrupção doutrinária, a qual leva à corrupção do culto e do povo. O texto bíblico fala: “Diante dos filhos de Israel”. É a mistura da igreja com o mundo, como se fosse um só povo.

O secularismo no “caminho de Balaão” (2Pd 2.15) é o profissionalismo material, uma ambição doentia por cargos e consagrações, o mercenarismo religioso, o mercantilismo nas coisas santas do Senhor, a “torpe ganância” citada várias vezes nas Epístolas.

O secularismo no “engano de Balaão” (Jd 11) é a dependência do raciocínio puramente humano, do intelectualismo humano nas coisas do Senhor. Por exemplo: interpretar as Escrituras pelo raciocínio humano somente, administrar a obra de Deus pelo saber humano, e julgar e decidir as coisas do Senhor apenas pelo raciocínio humano.

Devemos nos lembrar que, à luz da Bíblia, alguns “materiais” são imprestáveis na edificação da Igreja. Nesses “materiais”, temos lições preventivas sobre os males do secularismo na igreja. Se não, vejamos:

1) A igreja é comparada a um edifício espiritual em construção. “Eu edificarei a minha igreja”, Mt 16.18. “Sois edificados casa espiritual”, 1Pd 2.5. Podemos ver também essa verdade em Efésios 2.20-22 e 4.12.

2) Em 1 Coríntios 3.10-17, três dos seis materiais mencionados (v12) são impróprios para a edificação da Igreja do Senhor: madeira, feno e palha. São materiais efêmeros, baratos e reprovados por Deus. No sentido figurado da Escritura, esses materiais estão repletos de traiçoeiro secularismo (com outros nomes).

3) Os materiais aprovados por Deus são ouro, prata e pedras preciosas (v12). São materiais duradouros, custosos e especiais.
Na semana que vem, daremos continuidade a este importante assunto, falando dos agentes promotores do secularismo nas igrejas.

Fonte: CPADNEWS