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sábado, 27 de julho de 2013

Quando o milagre torna-se banal - Pastor Claudionor de Andrade

Pregando o Evangelho dos Evangelhos!




Pastor Claudionor de Andrade
Uma teologia dos milagres

INTRODUÇÃO
Encontrava me discorrendo, certa vez, acerca da Teologia do Avivamento, quando me vi constrangido a responder a uma pergunta que já vai criando ranço em nossos arraiais: "Por que os milagres já não se repetem hoje como outrora?" Embora teologicamente justificável, tal curiosidade não procede.

Histórica e biblicamente, não procede.

Revirando o Antigo Testamento e já no Testamento Novo, há de se verificar que semelhante preocupação não é nova. Era já manifestada nos dias dos salmos.

Nesses dias antigos e quase imemoriais, quando a inspiração do Espírito Santo fazia se sentir nas escrituras que se iam lavrando, e quando os milagres do Êxodo e os de Canaã ainda podiam ser recordados sem a ajuda de qualquer registro; sim, nesses dias encanecidos, o saudosismo já se fazia coevo. Eis a queixa que os filhos de Coré endereçam ao Senhor: “Ouvimos, ó Deus, com os próprios ouvidos: nossos pais nos têm contado o que outrora fizeste, em seus dias (Sl 44.1).

Para o Israel daqueles dias, a pergunta também era teologicamente justificável. Histórica e escrituristicamente, não. Encontravam se os israelitas na mesma situação em que nos achamos. Sentiam um vazio mui grande e desconfortável. Não era vazio de milagres. É algo bem mais grave; doentiamente crônico. Antes que entremos a descobrir a etiologia dessa enfermidade, vejamos o que é o milagre.
I. O QUE É O MILAGRE
Na versão revista e atualizada da Bíblia de Almeida, a palavra milagre pode ser encontrada pelo menos 23 vezes. Originando se do vocábulo latino miraculum, etimologicamente significa espanto, assombro. Explica nos Silveira Bueno que a forma portuguesa da palavra surgiu com os antigos cancioneiros. É atribuída à influência dos monges cluniacenses que a trouxeram de França.

Classicamente, o milagre é definido como a suspensão, ou derrogação, temporária das leis da natureza por uma força sobrenatural. Mario Ferreira dos Santos aprofunda se no assunto: "Fato ou acontecimento que ultrapassa a natureza de uma coisa ou de um conjunto de coisas, um fato, em suma, sobrenatural (ou extranatural) e que exige, portanto, para a sua explicação, a aceitação de uma causa eficiente, que não pode pertencer à natureza de nenhuma das coisas finitas, sendo, portanto, atribuído à divindade. Por extensão, e em sentido popular, todo fato extraordinário, para o qual não é encontrada uma explicação satisfatória".

É do professor Maximilian Rast a próxima definição: "O milagre é um acontecimento perceptível e extraordinário que, ultrapassando as forças meramente naturais, tem em Deus seu autor imediato ou mediato. Só recebe o nome de milagre o acontecimento sobrenatural manifesto, perceptível".
II. QUANDO O MILAGRE TORNA SE BANAL
Não obstante os espantos e admirações que nos arranca o milagre, pode levar nos à saturação. É extraordinário, mas tende a viciar nos os sentidos do corpo e os da alma. Derroga as leis da natureza, induz nos porém a enfadar nos de suas performances. Abre nos as portas ao sobrenatural, todavia nem sempre consegue desarraigar nos das mesmices espirituais. Nem sempre a ocorrência de milagres denota avivamento; a característica principal deste é o amor a Cristo que nunca deixa de ser primeiro. Amamos a Jesus não pelos sinais e maravilhas que opera; amamo-lo pelo sacrifício do Calvário que ousou por todos nós.

Se não tomarmos cuidado, pode o milagre encaminhar nos até mesmo à incredulidade.

Mostre se embora paradoxal, essa assertiva é teológica, histórica e biblicamente mais que justificável. É só adentrar os diversos pavilhões do Livro Santo para se lhe comprovar a validade.

No Antigo Testamento, nenhuma geração presenciou tantos milagres como aquela que Moisés arrancara ao cativeiro. Maravilhas no Egito. Prodígios na travessia do Mar Vermelho. Sinais e portentos no deserto. Nenhuma outra gente jamais assistira, ou assistiria, a tantos atos sobrenaturais. O mesmo Deus o testemunha: “Eis que faço uma aliança; diante de todo o teu povo farei maravilhas que nunca se fizeram em toda a terra, nem entre nação alguma: de maneira que todo este povo, em cujo meio tu estás, veja a obra do Senhor; porque cousa terrível é o que faço contigo” (Êx 34.10).

As maravilhas e sinais. Os prodígios. Enfim, todos os milagres não foram suficientes para erradicar a incredulidade de Israel. Por quarenta anos divagaram os israelitas pelo deserto. Avançavam dunas e areais; regrediam na fé. Embora pisassem remansos, o chão de sua crença jamais perdeu aquela aridificação tão própria das terras do Faraó. E, agora, perto de Canaã, e já  distantes do repouso divino.

Os israelitas já estavam enfadados do sobrenatural.

Quando o maná cobriu pela primeira vez o arraial hebreu, causou espanto. Diante daquela maravilha que nem nome tinha, o povo resolveu colocar uma interrogação como apelido ao singular alimento. Que é isto? Era o que todos perguntavam.

E assim maná passou a designar o pão dos anjos. Não era propriamente pão; interrogação era. Israel alimentado por uma pergunta que jamais seria respondida! Pode haver maravilha maior? Contudo, o objetivo de Deus não era matar a curiosidade de Israel; mitigar lhe a fome era o seu desígnio.

Que é isto?

No primeiro dia, milagre. No segundo, ainda maravilha. No terceiro, não deixava de causar espécie. Mas os dias passaram e fizeram se semanas. Estas acharam se em meses. E, agora, o maná já serve de tropeço em Israel. O que era milagre, agora cansa Israel. Agora enfastia Israel. Ainda é maná. É ainda uma pergunta. Uma interrogação que não obteve resposta. E mesmo não elucidada, já não é sensação. E por causa desse milagre que se fez rotina às portas hebréias, Israel murmura. E, amargamente, murmura: “Agora, porém, seca se a nossa alma, e nenhuma cousa vemos senão este maná” (Nm 11.6).
Nessa queixa dos hebreus, não vemos apenas incredulidade. Há de se divisar aquela amargura tão própria de quem já se fez indiferente ao extraordinário. Tantos eram os milagres, que eles já não suportavam mais o sobrenatural. Pois a primeira coisa que viam, tão logo descerravam a cortina de suas tendas, era justamente o milagre.

Sim, o milagre estava lá!

Tudo branco. O pão dos anjos caía de madrugada, orvalhava o deserto e tornava ameno o arenal. Mesmo assim, o povo enfadara se do milagre.
III. A BUSCA DO NATURAL
Israel, agora, almeja o natural. Já anseia pela opressão do Egito: “Lembramo nos dos peixes que no Egito comíamos de graça; dos pepinos, dos melões, dos alhos silvestres, das cebolas e dos alhos” (Nm 11.5).

Como se pode desejar mais a opressão que os milagres? Mais a escravidão que as maravilhas do Senhor? Assim acontecia, assim acontece. Os sentidos de Israel já se achavam embotados pelo sobrenatural; pelos milagres contínuos, embotados.

A semelhança dos filhos de Israel, vemo nos também saturados de milagres. Embora perguntemos por estes, tememo los: eles trazem a glória de Deus. E nem sempre estamos preparados a aproximar nos do fumegante Sinai. O culto de Balaão, onde o carnal sempre acaba por sufocar o sobrenatural, exibe se mais conveniente.

Se ansiamos tão somente pelos sinais e maravilhas, já os vemos como um espetáculo à parte. E, assim, já não perguntamos para que servem. Mas não nos esqueçamos: em todas as manifestações sobrenaturais, há sempre uma pergunta a responder.
IV. A GRANDE PERGUNTA DE ORÍGENES
Milagre não é espetáculo. Ele acontece tendo em mira triplo objetivo: 1) glorificar o nome de Deus; 2) promover a doutrina apostólica; e: 3) fortalecer a fé aos santos. O milagre não ocorre para aguçar nos a curiosidade. Haja vista o que aconteceu a Herodes quando lhe enviaram a Jesus naquela noite de paixão e dor. Esperava o rei ver algum sinal por parte do Cristo, mas o Senhor silênciou.

O que buscava Herodes?

Um espetáculo! Era o que toda a Judéia, e em especial Jerusalém, buscara durante todo o ministério terreno de Cristo. Seguiam no os judeus não porque vissem nEle o Messias; e, sim, para assistir algo grandioso, que lhes excitasse os sentidos. Por isto, toda aquela geração, à semelhança dos contemporâneos de Moisés, morreu em suas iniqüidades. Sim, apesar dos incontáveis prodígios e maravilhas operados pelo Nazareno, pereceram na incredulidade que se vinha cristalizando desde que Israel saíra do Egito.

Às vezes, não entendemos por que o Cristo ressurrecto não se apresentou a Israel. Mas não é preciso rebuscar explicações para se concluir uma resposta. Houvera isto acontecido, teríamos certamente um grande espetáculo. Bastariam, porém, algumas semanas, e o milagre teria acabado por saturar os judeus como o maná impacientara a geração do Êxodo. E, assim, não vacilariam em matar novamente o Messias. Não intentaram fazer o mesmo ao Lázaro de Betânia?

Foi pensando na seriedade do milagre que nos aconselha Orígenes a fazer sempre esta pergunta quando da ocorrência de qualquer sinal ou prodígio: "Qual o seu objetivo?" Desta pergunta que, sem dúvida, nos levará a um laborioso exercício teológico, haveremos de obter uma solícita e gravíssima resposta.

Sim, qual o objetivo do milagre?

Se é para glorificar a Deus, é milagre; mas se tem por fim endeusar o homem, não. Se é para confirmar a fé aos féis, continua milagre; mas se tem por objetivo promover um espetáculo, não. Se é para referendar as verdades bíblicas e administrar os meios da graça, permanece milagre; mas se tem como alvo a promoção do efêmero, jamais será milagre. Se é para efetivar o avivamento, é milagre; mas se tem por meta aguçar os sentidos humanos, nunca será milagre.

Vejamos o caso de Moisés e Aarão diante do  Faraó. Os servos de Deus visavam, com a demonstração de seus milagres, duas coisas: fortalecer a fé aos hebreus, e convencer a Faraó a deixar partir os filhos de Israel. Todavia, lá estava o rei do Egito pronto a resistir aos arautos de Jeová. Lá estava com os seus magos e adivinhos. Lá, os chefes das ciências ocultas: Janes e Jambres. Queria o egípcio apenas uma coisa: ostentar o poder trevoso de sua equipe. E, dessa maneira, promover um grande espetáculo que acabasse por perverter a fé aos filhos de Jacó.

Como vivemos hoje momentos difíceis, carecemos repetir a pergunta de Orígenes. Pois, infelizmente, nem todos os milagres são de Deus. No Apocalipse, por exemplo, vemos a besta e o falso profeta realizarem grandes sinais e maravilhas que enganarão toda a terra.

Diante do milagre, não vacilemos em perguntar: Qual o seu objetivo? Se glorificar o nome de Deus, é milagre. Caso contrário, não. Porque Deus não tem por objetivo promover espetáculos.

Espetáculo é para mimar os olhos; apenas a piedade há de fortalecer a crença. O verdadeiro milagre tem como motivação o amor, e não o exibicionismo barato e malévolo de alguns. 
V. SOFRER OU FAZER MILAGRES?
Por que o autor da Epístola aos Hebreus detém se a mencionar apenas dois sucessos concernentes à peregrinação dos filhos de Israel – a travessia do Mar Vermelho e a derribada das muralhas de Jericó? Sendo que, entre ambos os eventos, houve muitos outros prodígios e maravilhas? Acerca destes, porém, cala se o apóstolo.

A resposta parece óbvia. O escritor sagrado limitou se a mencionar apenas esses dois episódios, pois outra coisa não fez Israel, durante os quarenta anos de suas andanças, senão sofrer o sobrenatural. Por isso, o batismo no Mar de Juncos e o sítio de Jericó foram tidos como atos de fé.

Na travessia do Mar Vermelho, os filhos de Deus puseram se em marcha até que se abrissem as ondas. Não estavam dispostos a sofrer o milagre; seu intento era fazê-lo acontecer. Israel vivia o seu primeiro avivamento! O mesmo se deu quando as tribos hebréias chegaram a Canaã. No Jordão, não padeceram o milagre; realizaram-no. Bastaram os pés dos levitas pisarem o caudaloso das águas para que se abrisse o rio. E, quando do sítio de Jericó, também não quiseram padecer o milagre. Rodearam a cidade seis dias. E, no sétimo, deitaram os muros todos por terra com o soar das trombetas. Israel retoma, aqui, as primícias de seu avivamento.

Não resta dúvida de que, em ambos os eventos, a operação foi divina, mas a iniciativa, humana. Inequivocadamente, humana. Isto se chama fé.

O milagre aconteceu. Mas a fé não se achava ausente. Ela estava lá; bem presente em todos aqueles atos e façanhas. Quanto às maravilhas havidas durante a peregrinação, pobres hebreus! Passaram quarenta anos sofrendo milagres e prodígios. E, como não tivessem fé, acabaram por naufragar no sobrenatural. Morreram em sua incredulidade: “E a quem jurou que não entrariam no seu repouso, senão aos que foram desobedientes? E vemos que não puderam entrar por causa da sua incredulidade” (Hb 3.18,19).

Nas águas de Mara, sofreram o milagre. Na rocha, suportaram o milagre. No orvalhar do maná, padeceram o milagre. Enfim, em toda a sua peregrinação agiram passivamente no tocante ao milagre. Não é sem razão que a sua jornada é conhecida como a provocação do deserto.
CONCLUSÃO
Na Grande Comissão, o Senhor instiga a Igreja a fazer milagre. Exige ele que realizemos o sobrenatural: "Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda a criatura, quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado. E estes sinais seguirão aos que crerem: Em meu nome expulsarão os demônios; falarão novas línguas: pegarão em serpentes; e, se beberem alguma coisa mortífera, não lhes fará dano algum; e porão as mãos sobre os enfermos, e os curarão" (Mc 16.15-18).

Se a Igreja se puser em marcha, com certeza todos os sinais a acompanharão, pois já é o Reino de Deus em movimento. Mas se parar, os milagres desaparecem. E, mesmo que aconteçam, dificilmente arrancarão o povo à sonolência espiritual. Quando evangeliza, a Igreja não sofre o milagre; realiza-o. Entretanto, se já não liga importância à Grande Comissão, cai no saudosismo. E como o saudosismo é prejudicial ao Reino de Deus!


Fonte: CpadNews
Pastor Claudionor de Andrade é gerente de Publicações da CPAD, membro da Casa de Letras Emílio Conde, teólogo, conferencista, comentarista de Lições Bíblicas da CPAD, apresentador do programa radiofônico “O Som da Profecia” da Rádio CPAD FM 96.1 em João Pessoa (PB), e autor dos livros “As Verdades Centrais da Fé Cristã”, “Manual do Conselheiro Cristão”, “Teologia da Educação Cristã”, “Manual do Superintendente da Escola Dominical”, “Dicionário Teológico”, “As Disciplinas da Vida Cristã”, “Jeremias – O Profeta da Esperança”, “Geografia Bíblica”, “História de Jerusalém”, “Fundamentos Bíblicos de um Autêntico Avivamento”, “Merecem Confiança as Profecias?”, “Comentário Bíblico de Judas”, “Dicionário Bíblico das Profecias” e “Comentário Bíblico de Jó”, dentre outros títulos da CPAD.

quinta-feira, 25 de julho de 2013

Alguns Modismos e desvios modernos - Pastor Elienai Cabral

Pregando o Evangelho dos Evangelhos!




Pastor Elienai Cabral 

Simpatias na igreja, e a diferença entre fé e superstição


Simpatia não se trata aqui, nessa abordagem que faremos do assunto, do mero significado desse verbete, isto é, do seu sentido real nos nossos dicionários. O Dicionário Aurélio define simpatia como “participação em, ou sensibilidade ao sofrimento do outro; sentimento caloroso e espontâneo que alguém experimenta em relação a outrem” etc. Porém, essa palavra tem sido metaforizada, significando popularmente “ritual posto em prática, ou objeto supersticiosamente usado, para prevenir ou curar uma enfermidade ou mal-estar”. Existe uma outra definição mais forte que identifica essa prática supersticiosa como “simpatia como a maneira ritual de forçar poderes ocultos a satisfazerem a nossa vontade”.


No mundo místico das pessoas que acreditam em “simpatias”, a utilização de rituais e objetos é creditada a forças ocultas invocadas para a realização da prática. Utiliza-se nos rituais folhas de árvores, unhas e pêlos de animais, pingos de vela, gotas de azeite, sangue de animais, flores, fitas coloridas, posturas físicas e um arsenal de coisas. Tudo isso faz parte de um folclore popular injetado, na maioria, pelos cultos afros de ocultismo. Na verdade, esses rituais praticados parecem, à primeira vista, inofensivos, mas escondem na ingenuidade das pessoas o perigo da bruxaria e outras formas de ocultismo.


O pior de tudo é a adesão disfarçada de “simpatias” no seio de algumas igrejas, ao serem utilizados símbolos bíblicos e banalizado-os com práticas inaceitáveis pela Palavra de Deus. Coisas como a utilização de textos bíblicos, especialmente dos Salmos, para servirem de proteção contra mal-olhado, contra doenças, contra espíritos maus, contra azar. São velas acesas, defumadores, azeite de Israel, pano vermelho representando o sangue de Jesus, Salmo 91 e o 113, rosa do amor, madeira tipificando pedaços da cruz de Cristo etc.

 

Fé e Superstição

 

É lamentável que cristãos se utilizem desses meios para alcançar bênçãos em suas vidas, tornando Deus um deus pequeno e manipulado pelas suas necessidades e interesses. Na verdade, é o Diabo quem tira proveito dessa ignorância espiritual e que acaba inspirando pseudo-pastores de igrejas a utilizarem essas práticas. A Bíblia diz que “a fé vem pelo ouvir, e o ouvir pela Palavra de Deus” (Rm 10.17). Ainda que a Bíblia apresente figuras materiais em alguns casos para ilustrar a fé, especialmente no Antigo Testamento, já no Novo Testamento não necessitamos de figuras, porque temos a fé como o instrumento vital para obtermos as bênçãos de Deus.


Precisamos ter o cuidado para não transformarmos os símbolos evangélicos (bíblicos) em artefatos de superstições. É lamentável quando certos movimentos, especialmente, os neopentecostais, transformam objetos, palavras e fatos históricos da Bíblia em superstições. A fé cristã não pode ser aviltada, mas deve ser exercida como elemento espiritual. Paulo declarou que “tudo o que não é por fé é pecado” (Rm 14.23).


Angelolatria: aberração combatida nos tempos apostólicos e revisitada em nossos dias


 


A ênfase exagerada ao papel dos anjos em relação às suas atividades no tempo presente, especialmente em relação à igreja, tem produzido crendices que fogem completamente da doutrina sobre anjos na Bíblia.


O texto que melhor explica a angelolatria em nossos dias está na Carta de Paulo aos Colossenses 2.18: “Ninguém vos domine a seu bel prazer, com pretexto de humildade e culto dos anjos, mentendo-se em coisas que não viu; estando debalde inchado na sua carnal compreensão”. Quando Paulo escreveu essa carta, destacou sua preocupação com a tendência idolátrica resultante do povo daquela região, que costumava frequentar o lugar dos deuses tutelares da Frígia para ter comunhão com eles.


Os falsos mestres que se introduziram no meio cristão declaravam que haviam tido contato com anjos e, por isso, defendiam a ideia de que os anjos podiam ser mediadores entre Deus e os homens. Insinuavam que, uma vez que Deus parecia tão distante e tão ocupado, os anjos seriam os melhores mediadores de bênçãos aos crentes. Entretanto, essa idéia desfaz a declaração bíblica de que Cristo é o nosso mediador.


Paulo condena aqueles que se metem em coisas que não viram. A igreja de Cristo tem sofrido com falsos líderes espirituais que, “com pretexto de humildade”, mas na verdade orgulhosos e presunçosos, querem dominar as pessoas. O “culto dos anjos” aparece nos hinos cantados, em pretensas visões e revelações. Do ponto de vista bíblico, o culto dos anjos é condenado por Deus. Os anjos são identificados por duas categorias: os que servem a Deus (Hb 1.14)  e os que seguiram o caminho da rebelião de Lúcifer (Ez 28.13; Ap 12.9 e Is 14.12). O papel dos anjos de Deus em relação aos crentes é o de servirem em favor deles, e nunca o de tomar o lugar do Espírito Santo, que vive no interior dos crentes.


O serviço dos anjos na Era Neotestamentária difere da Era do Antigo testamento. Paulo começou declarando: “Ninguém vos domine a seu bel-prazer”, v18. Ora, havia uma preocupação do apóstolo acerca de certos mestres falsos, os quais, para terem domínio sobre as pessoas, aludiam a si mesmos como portadores de poderes espirituais e manifestavam falsa humildade para impressionarem os incautos. Esses mesmos elementos com falsa espiritualidade afirmavam terem contato com anjos e, por isso, deviam ser adorados. Baseando-se em visões que não tiveram, induziam as pessoas à adoração de anjos. Porém, ao entrarem por esse caminho dúbio, aquelas pessoas renegaram a Cristo como “cabeça da Igreja”.


Nenhum anjo de Deus fará qualquer revelação que contrarie o que está revelado nas Escrituras. Nenhum anjo de Deus jamais tomará o lugar de Cristo.


Pastor Elienai Cabral é conferencista, teólogo, membro da Casa de Letras Emílio Conde, comentarista de Lições Bíblicas da CPAD, membro do Conselho Administrativo da CPAD e autor dos livros “Comentário Bíblico de Efésios”, “Mordomia Cristã”, “A Defesa do Apostolado de Paulo – Estudo na Segunda Carta aos Coríntios”, “Comentário Bíblico de Romanos”, “A Síndrome do Canto do Galo”, “Josué – Um líder que fez diferença”, “Parábolas de Jesus” e “O Pregador Eficaz”, todos títulos da CPAD.

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

CONFRONTANDO OS FALSOS PROFETAS

Por Geraldo Carneiro Filho
Não são poucos os faltos profetas que tentam atormentar a vida daqueles que servem a Jesus.
O pior é que estes, em geral, conhecem os sentimentos e as fragilidades espirituais dos que os ouvem, e não perdem a oportunidade de lembrá-los de que tem autoridade para determinar-lhes a "vontade divina".
Não são poucos os casos com que nos deparamos com esse tipo de pessoa. Por isso, devemos orientar o povo de Deus quanto a esse perigo e encorajá-lo a não temer os falsos profetas.
A ordem de Jesus para nós, em relação a estes enganadores, é: ACAUTELAI-VOS.
 OS FALSOS PROFETAS:
(1) - Fingem Ser Enviados Por Deus - Jr 23:17-18; 31.
(2) - Não São Enviados Nem Comissionados Por Deus - Jr 14:14; 23:21; 29:31.
(3) - São Levianos E Traiçoeiros (orgulhosos e enganadores) - Sf 3:4.
(4) - São Cobiçosos (exigem pagamento) - Mq 3:11.
(5) - Astuciosos (disfarçadores) - Mt 7:15.
(6) - Bêbados - Is 28:7.
(7) - Imorais E Profanos - Jr 23:13-14.
(8) - Algumas Vezes Mulheres Agiam Como (9) - Falsas Profetizas - Ne 6:14; Ez 13:17-23; Apc 2:20.
(10) - Chamados De Profetas Loucos, que profetizam de seu próprio coração; Raposas do Deserto - Ez 13:1-15; Jr 23:16, 26.
(11) - Influenciados Por Maus Espíritos - I Rs 22:21-22.
(12) - Profetizam Falsamente - Jr 5:30-31.
(13) - Profetizam Mentiras Em Nome Do Senhor, praticando adivinhações e feitiçarias - Jr 14:13-16; Ez 22:26-28; At 13:6.
(14) - Profetizam Em Nome De Falsos Deuses - Jr 2:8.
(15) - Profetizam Paz, Quando Não Há - Jr 6:13-15; 23:16-17; Ez 13:10-12; Mq 3:5-7.
(16) - Fingem Ter Sonhos - Jr 23:25-34.
(17) - Enganados Por Deus Como Castigo - Ez 14:9-11.
 O POVO EM RELAÇÃO AOS FALSOS PROFETAS:
(1) - É Por Eles Levado Ao Erro - Jr 23:13; Mq 3:5.
(2) - É Por Eles Levado A Esquecer-se De Deus - Jr 23:26-27.
(3) - É Por Eles Privado Da Palavra De Deus - Jr 23:30.
(4) - É Por Eles Ensinado Profanação E Pecado - Jr 23:14-15.
(5) - É Por Eles Oprimido E Defraudado - Ez 22:25-28.
(6) - O Povo É Advertido A Não Lhes Dar Ouvidos - Dt 13:3; Jr 23:16-17; 27:9-10, 14-18.
(7) - O Povo Encoraja-os E Louva-os - Jr 5:30-31; Lc 6:26.
(8) - O Povo Tem Um Modo De Testá-los E Descobri-los - Dt 13:1-2; 18:21-22; I Jo 4:1-3.
(9) - O Povo É Envolvido Na Ruína Dos Falsos Profetas - Is 9:12-16; Jr 20:1-6; Ez 14:9-10.
OS VERDADEIROS PROFETAS:
(1) - São levantados por Deus - Am 2:11.
(2) - São ordenados por Deus - I Sm 3:19-21; Jr 1:4-5.
(3) - São enviados por Deus - II Cr 36:13-16; Jr 7:25; Mt 23:34.
(4) - São cheios do Espírito Santo - Lc 1:67.
(5) - São guiados pelo Espírito Santo - II Pe 1:21.
(6) - Falam pelo Espírito Santo - At 1:16; 11:28; 28:25.
(7) - Falam em nome do Senhor - II Cr 33:18; Ez 3:11; Tg 5:10
(8) - Falam com autoridade - I Rs 17:1
(9) - Deus falava por meio deles - Os 12:10; Hb 1:1
(10) - São comparados com o vento pelo povo rebelde - Jr 5:12-14.
 O QUE ERA EXIGIDO DOS VERDADEIROS PROFETAS:
(1) - Que fossem ousados e inflexíveis - Ez 2:6; 3:8-9
(2) - Que fossem vigilantes e fiéis - Ez 3:17-21
(3) - Que recebessem com atenção todas as comunicações de Deus - Ez 3:10
(4) - Que nada falassem, senão o que recebessem de Deus - Dt 18:20
(5) - Que declarassem tudo quanto o Senhor lhes ordenasse - Jr 26:1-2.

Pastor Geraldo Carneiro é editor do Blog Escola Bíblia Para Todos ( Ps: Este é apenas um trecho de um artigo do pastor Geraldo,quem se interessar encontrará pérolas em seu blog)

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Absurdo!: Valdemiro Santiago e Igreja Mundial lançam colher de pedreiro milagrosa por R$ 153,00

“Prudente Construtor”: Igreja Mundial lança colher de pedreiro milagrosa por R$ 153,00

Título origina: “Prudente Construtor”: Igreja Mundial lança colher de pedreiro milagrosa por R$ 153,00
O apóstolo Valdemiro Santiago e a Igreja Mundial do Poder de Deus lançaram uma colher de pedreiro intitulada “Prudente Construtor” por R$ 153,00.
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A ferramenta, que segundo Valdemiro não é para ser usada, servirá para que os fiéis alcancem seus objetivos: “Essa aí não é pra você enfiar no cimento não! Isso aí é ungido, é pra você tocar nos seus projetos, contrato, processo… Onde você tocar, vai ser abençoado!”, garantiu o apóstolo.
O objeto, dourado, vem com a inscrição “Prudente Construtor” de um lado, e a reprodução do megatemplo da denominação, Cidade Mundial, do outro.

Santiago afirma que a sua colher “Prudente Construtor” é “maior do que a que usava quando era pedreiro”, e encoraja os fiéis da Igreja Mundial a adquirirem o produto: “Eu não quero que você faça contas. Calculadora, caneta, negativo. Você vai dizer pra Deus: ‘Senhor, eu faço parte desta construção!’. E você vai investir até o dia 12/10 [...] R$ 153,00”.

Anteriormente, a Igreja Mundial já havia lançado outros produtos, com objetivos e valores distintos. Entre eles, a Fronha dos Sonhos, que seria simbólica para o alcance de desejos; a Meia Ungida, que sob o argumento de abençoar os pés dos fiéis, os levaria a viver milagres; e a Toalhinha dos Milagres, que dentre outras funções, seria capaz da sanar dívidas e curar fiéis.

Os empreendimentos de Valdemiro Santiago e da Igreja Mundial do Poder de Deus já renderam diversas críticas à denominação e seu líder. Recentemente, o apresentador de televisão Carlos Massa, o Ratinho, classificou o apóstolo da Mundial de “estelionatário“. Como reação, Santiago chamou o apresentador para a briga.

Assista abaixo ao vídeo em que o apóstolo Valdemiro Santiago apresenta a colher de pedreiro “Prudente Construtor”:
Fonte:Gospel+