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sábado, 21 de abril de 2012

Prevenção contra heresias


Por Elianai Cabral

Como as igrejas podem se prevenir em relação a heresias
 
Quando pensamos em prevenção contra heresias, estamos naturalmente procurando chegar a tempo de evitar que cristãos sejam enganados com falsas doutrinas. Paulo, ao escrever aos cristãos de Corinto, recomendou que eles examinassem a si mesmos se permaneciam na fé, e dizia mais: “Provai-vos a vós mesmos”, 2Co 13.5. Na verdade, Paulo antevia pelo Espírito Santo aqueles irmãos que se afastariam da fé por causa de “espíritos enganadores e  doutrinas de demônios” (1Tm 4.1).

Vivemos em um tempo de muitas distorções doutrinárias. Há um sentimento de insatisfação que motiva as pessoas a desejarem coisas espirituais, mesmo que excedam o Cristianismo. As heresias surgem com roupagens de espiritualidade, mas na verdade, são produzidas por “espíritos enganadores”. O fascínio de soluções fáceis; de respostas mentirosas; de paz filosófica se vê estampado nas faces angustiadas e desesperadas das pessoas sem Deus.


CONHECENDO AS SUAS CARATERISTICAS


Como podemos caracterizar uma seita? Os estudiosos das seitas apresentam as mais variadas características desses grupos. Entretanto, queremos considerar, pelo menos, seis dessas características: acréscimo, falsa revelação, distorção, negação, dogmatismo, legalismo.


A primeira característica a considerarmos neste estudo é o acréscimo. Geralmente, as pessoas com tendências heréticas, principalmente, em relação à Bíblia, gostam de acrescentar palavras, idéias e conceitos ao que já está escrito e à interpretação das Escrituras .Temos o exemplo de Guilherme Muller, Ellen White, Josef Smith e outros mais que não se contentaram em aceitar a Bíblia como revelação plena e total, mas preferiram adicionar palavras em nome de falsas traduções e interpretações. As “Testemunhas de Jeová” fizeram sua própria tradução da Bíblia, torcendo os fatos e negando doutrinas fundamentais, tais como a divindade de Jesus, a trindade e outras.


A segunda característica é a pseudo-revelação. Lamentavelmente, no meio cristão, não só no Catolicismo romano, mas também, no Protestantismo, em especial, no meio evangélico, essa característica tem se manifestado fortemente. São pessoas que dão ênfase distorcida às manifestações espirituais adicionando visões, revelações, vozes com idéias e conceitos que confrontam as Escrituras. Esse tipo de experiência extra-bíblica tem provocado desapego à Palavra de Deus e o apego à manifestações exteriores em nome do Espírito Santo. Nesse campo da espiritualidade, a falta de maturidade espiritual e bíblica tem produzido lideres sem identidade bíblica e, por isso, criam revelações espirituais, as quais atribuem a Deus, passando a ensinar doutrinas extra-bíblicas. Atribuindo essas revelações ao Espírito Santo, essas pessoas adicionam, subtraem e fomentam novas doutrinas. As heresias sempre são justificadas por essas pseudo-revelações. Essas revelações agridem os fundamentos doutrinários da Bíblia e, induzem, emocionalmente, as pessoas ao delírio e ao excesso naquilo que passam a acreditar. Fundamentados por essas pseudo-revelações, esses lideres heréticos se apresentam como canais diretos da revelação divina.


A terceira característica é a distorção. Geralmente, as pessoas que tomam o caminho das heresias, abandonam a luz verdadeira e desenvolvem uma visão torcida da verdade. A isto chamamos de visão distorcida das verdades bíblicas. Deixam a luz e tomam o caminho das trevas conforme está escrito em João 3.19-21: “O julgamento é este: Que a luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas do que a luz; porque as suas obras eram más. Pois todo aquele que pratica o mal, aborrece a luz e não se chega para a luz, afim de não serem argüidas as suas obras. Quem pratica a verdade aproxima-se da luz, a fim de que as suas obras sejam manifestas, porque são feitas em Deus”. Tudo que se refere a Deus, a Jesus Cristo e ao Espírito Santo é totalmente distorcido, por isso, alguns negam a trindade; outros negam a divindade de Cristo e outros vêm o Espirito Santo como uma mera manifestação de força, de energia ou coisa semelhante.


A quarta característica é a negação ou subtração da Palavra de Deus. Geralmente, os grupos heréticos acrescentam ou tiram as coisas próprias da Bíblia, ou seja, subtraem a Palavra de Deus, negando-lhe as evidencias de ser autoridade plena e única. Os Mórmons tem o Livro de Mórmon como uma escritura superior à Bíblia. Recentemente, um certo líder pentecostal apresentou uma nova revelação para a igreja atual, como a maior revelação depois da bíblia. A seita herética denominada Ciência Cristã de Mary Baker Eddy coloca o livro Ciência e Saúde como o Livro de autoridade superior, pois nega a existência do Diabo e da dor. Existe uma teoria que nega a inspiração plenária da Bíblia e ensina que a inspiração da Bíblia é parcial, isto é, ensina que “partes da Bíblia são inspiradas, outras partes não”. Por esse modo, a revelação e inspiração fica prejudicada com essa subtração dos defensores dessa idéia.


A quinta característica é o dogmatismo .Não se trata do simples dogmatismo de doutrinas já consagradas da Bíblia. Ora, existem pontos fundamentais dogmatizados nas Escrituras que são imutáveis e orientam a vida dos que servem a Deus. Porém, o perigo do dogmatismo está em tomar conceitos temporais e torná-los doutrinas que implicam na salvação das pessoas. Esse tipo de dogmatismo é doentio e escravisador, pois formam heresias a partir de idéias absurdas de homens e submete as suas vítimas a perigos e ameaças.


A sexta característica é o legalismo instituído. As seitas estabelecem regras para os seus adeptos para os quais o autoritarismo, a intolerância, a perversão e o abuso de valores são, as vezes, absurdos. São regras sem nenhum respaldo bíblico que partem de idéias equivocadas de santidade, de pureza moral, e outras coisas.
 
No proximo artigo, daremos algumas orientações preventivas.