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terça-feira, 23 de julho de 2013

Jesus é o messias que os judeus esperavam?- Geraldo Carneiro

Pregando o Evangelho dos Evangelhos!





Por pr.Geraldo Carneiro Filho

A ESPERANÇA MESSIÂNICA DE ISRAEL

I - INTRODUÇÃO

Messias no hebraico significa "O Ungido".  No grego, significa "Cristo" - Jo 4.25-26; Mt 26.62-24; Mc 14.60-62 (segredo messiânico).

Aquele que foi ungido por Deus e capacitado  pelo Espírito Santo para libertar Seu povo e estabelecer Seu reino - Mt 16.15-18.

No pensamento judaico, o Messias seria o rei dos judeus, um líder político. Já no pensamento cristão, refere-se ao papel de Jesus como um Libertador espiritual, livrando o Seu povo do pecado e da morte - Jo 1.19-20; 7.30-31, 40-42 cf Mt 8.27-30; Jo 18.33-36.

A maioria esperava que o Messias fosse um líder político, um rei, que derrotaria os romanos e satisfaria as necessidades físicas dos israelitas.

Jesus compreendia que o Messias, O Ungido de Deus, era o Servo sofredor - Is 52.13 - 53.12.

O fato de Jesus ser O Messias sofredor (um libertador crucificado) era para os judeus um sinal de fraqueza, de impotência e fracasso de Jesus. Eles rejeitavam um Messias crucificado - I Cor 1.17-25 cf I Jo 2.22.

A esperança de Israel, quanto à vinda do Messias prometido, afetada por centenas de anos, pelas lutas e pelo silêncio da voz profética, foi avivada pela mensagem de Simeão e Ana, servos de Deus, que ansiavam pela vinda de Cristo.

II – AS PREDIÇÕES MILENARES:

As predições da vinda do Messias constituía a esperança de Israel e são frequentes em todo o Antigo Testamento.

1. Antes de Abraão - O Pentateuco, aceito sem reserva por Israel, inclui o Gênesis, no qual se encontra a primeira referência ao Messias, representado pelo descendente da mulher, nestas palavras: "E porei inimizade entre ti e a mulher, e entre a tua semente e a sua semente" (Gn 3.15). Esta promessa teve o seu cumprimento, quando Deus enviou o seu Filho, nascido de mulher, para redimir a raça humana (Gl 4.4,5). Isto é exposto por Paulo, um israelita, que transmite esta revelação ao seu povo com muita segurança.

2. Antes de Davi. São numerosas as profecias e simbologias que constituem a esperança de Israel, o povo escolhido de Deus. Com a chamada de Abraão, o Senhor transmite a Israel as promessas da vinda do Messias, designado nas Escrituras por vários símbolos e tipos. Ele seria:

O descendente de Abraão, atra­vés de quem viria uma multidão numerosa "como as estrelas dos céus" (Gn 22.17; Gl 3.16). Esta passagem também se refere à descendência espiritual, pois a expressão, "como areia do mar", simboliza os descendentes naturais de Abraão.

O profeta semelhante a Moisés, ao qual todos, especialmente os ju­deus, deveriam ouvir, para ter vida (Dt 18.18,19; At 3.22,23).

3. Depois de Davi. Ao se aproximar o tempo da vinda do Messias, mais abundantes e claras ficaram as predições a seu respeito. Isaías o chama de Emanuel, o Deus conosco (Is 7.14); o Redentor, o Santo de Israel (Is 41.14); o Servo, sobre quem repousa o Espírito de Deus, e desfaz as transgressões de Israel como né­voa (Is 42.1; 44.21,22); "O homem de dores", que foi ferido pelas trans­gressões do seu povo (Is 53). O Sol da justiça, que traria salvação (Ml 4.2). Estas e muitas outras passagens da­vam a Israel a certeza de sua vinda.

4. Por que Israel desconheceu o Messias? "Um abismo chama outro abismo" (Sl 42.7). Israel rejeitou o governo teocrático sob o qual vivera por longos anos. De tal modo afas­tou-se do plano de Deus que, na presença do Messias, disse: "Não temos rei, senão César!" (Jo 19.15). Evite afastar-se de Deus! Leia o Sal­mo 73.27,28.

III - A ESPERANÇA MESSIÂNICA DIVULGADA

Os homens se omitem por como­dismo, egoísmo ou outros sentimen­tos perversos. Deus, ao contrário, porque ama o seu povo, apressa-se em revelar os seus planos e tem meios para agir em todas as circu­tâncias. Ele tudo fez para que Israel tivesse plena consciência da infalibilidade de suas promessas e imutabilidade de seus propósitos.

1. Urgência das mensagens pro­féticas - À medida em que os homens se excedem na prática do pecado, tendem a abusar da misericórdia de Deus. Isto aconteceu com Israel, es­pecialmente pela sua adoração aos falsos deuses e consequentes envolvimentos em todos os tipos de imoralidade. Mas foi aí que se evi­denciou a persistência divina, atra­vés das profecias, conclamando Israel a retomar ao seu Criador. Só em Jeremias encontramos dez vezes as expressões: "Começando de madru­gada"; "Falei, começando de madru­gada"; "Começando de madrugada os enviei" (Jr 7.13,25; 25.3; etc.).

2. A dispersão dos judeus - O Messias de Israel seria também o Salvador do mundo. Para isto, muito contribuiu a dispersão dos judeus, que falavam da sua esperança aos povos que os escravizavam, a exem­plo da menina judia, a serviço de Naamã (2 Rs 5.2,3).

3. A tradução das Escrituras para o grego - Com a expansão do Império Grego, sob Alexandre, o Grande, o mundo beneficiou-se com a sua cultura, ao tornar o grego o idioma universal, conhecido por sol­dados e mercadores. Deus usou essa circunstância para executar os seus desígnios, quanto à vinda do Messi­as.

Isaías predissera: "Causará ad­miração às nações, e os reis fecharão as suas bocas por causa dele; porque aquilo que não lhes foi anunciado verão, e aquilo que não ouviram entenderão" (Is 52.15). Isto se tor­nou mais viável, quando Ptolomeu Filadelfo, rei do Egito, ordenou que setenta e dois sábios judeus traduzis­sem suas leis, do hebraico para o grego, beneficiando, assim, tanto os judeus, há anos distantes de sua ter­ra, como os demais povos.

4. A mensagem de João Batista - Mais ou menos quatrocentos anos antes Malaquias proferiu da parte do Senhor a sua mensagem de despe­dida, ao dizer: "Lembrai-vos da lei de Moisés, meu servo... Eis que eu vos enviarei o profeta Elias, antes que venha o grande e terrível dia do Senhor" (Ml 4.4,5).

Depois de tão prolongado silêncio, surge, no deserto da Judéia, João Batista, em cumprimento da profecia: "Preparai o caminho do Senhor, endireitai as suas veredas"(Is 40.3; Mt 3.3). Tudo isto representa o empenho divino durante séculos, ao promover e avi­var a esperança de Israel, preparan­do-o para receber o Messias. Por isso, ao chegar ao mundo o Desejado das nações, havia pessoas como Simeão e Ana, que o aguardavam ansiosamente. Nos corações desses, a chama da esperança estava acesa.

IV - CARACTERÍSTICAS BÍBLICAS DO MESSIAS

Em virtude da abrangência do ministério de Cristo para o homem (espírito, alma e corpo), para Israel e todo o mundo, as Escrituras o retratam em seus vários aspectos como o Messias de todos os povos.

1. O Messias que Israel espera­va - Todo o homem entende as coisas de acordo com o seu ponto de vista. Os anos de escravidão e sofrimento geraram nos filhos de Israel um ardente desejo da vinda de um libertador, cheio de glória, para livrá-los do domínio de seus opressores. Esta era a característica do Messias que espe­ravam. Todavia, não foi assim. Eis como as Escrituras o apresentam:

a. Rei Justo e de reinado eterno: "Julgará os aflitos do povo, salvará os filhos do necessitado, e quebrantarão opressor. Temer-te-ão enquan­to durar o sol e a lua, de geração em geração" (SI 72.4,5).

b. "Maravilhoso, Conselheiro, Deus forte, Pai da eternidade, Prín­cipe da paz" (Is 9.6).

c. "O Senhor Deus lhe dará o trono de Davi, seu pai, e reinará eternamente na casa de Jacó, e o seu reino não terá fim" (Lucas 1.32,33 - Era este o Cristo que Israel esperava para os dias amargos em que vivia).

2. O Messias que Israel não esperava. O Messias que Israel não esperava era aquele que "não tinha parecer nem formosura", era o "ho­mem de dores, e experimentado nos trabalhos" (Is 53.2,3). Os judeus não aguardavam um Messias tão pobre, que tivesse uma manjedoura como berço (Lc 2.7), e não possuísse onde reclinar a cabeça. Um Cristo com tais características escandalizava os seus compatriotas (Jo 1.11).

3. O Messias de que Israel mais necessitava - Jesus disse que os judeus eram escravos do pecado, cujo salário é a morte (Jo 8.32-34; Rm 6.23). Portanto, em vez de um liber­tador político, à moda do rei Davi, eles precisavam de quem os salvasse da condenação eterna (Mt 1.21; 2 Pe 2.19).

4. O Messias que se manifestou - Foi aquele que veio buscar e salvar o que se havia perdido (Lc 19.10); tomou sobre si as nossas enfermida­des e foi transpassado pelas nossas transgressões (Is 53.4,5).O que nos ama e pelo seu sangue nos libertou dos nossos pecados (Ap 1.5). Deus enviou o Messias, que trouxe alívio ao cansado e salvação ao perdido, seja israelita ou não.

V - IDENTIDADE DO MESSIAS

Por muitas vezes, Jesus identifi­cou-se com o Messias prometido. Vejamos:

1. Maravilhoso no nascimento e no seu ministério - Esta expressão se confirma em sua concepção (Mt 1.21-23; Lc 1.26-33), no seu nasci­mento (Lc 2.7-14), no seu batismo e na sua apresentação ao mundo, para o início de sua obra redentora, que transcorreu maravilhosamente (Lc 3.21,22). Seu ministério, do princí­pio ao fim, teve excelente destaque, evidenciado pela cura de enfermida­des, expulsão de demónios e ressur­reição de mortos. Ele desafiou, in­clusive, os judeus incrédulos: "Crede nas obras; para que possais saber e compreender que o Pai está em mim, e eu. estou no Pai" (Jo 10.38).

2. Maravilhoso na morte - No Calvário, a natureza manifestou-se, ao rodear Jesus de extraordinárias maravilhas: terremotos, tremores de terra, trevas sobre o mundo, o véu do templo partido e túmulos abertos; acontecimentos pelos quais Deus dizia ao mundo que Jesus era o Messias prometido. Não sabemos quantos judeus creram nele nessa hora, mas o centurião e os que com ele guarda­vam a Jesus, vendo o terremoto e tudo o que se passava, ficaram possu­ídos de grande temor, e disseram: "Verdadeiramente este era Filho de Deus" (Mt 27.54).

3. Maravilhoso na sua Ressurreição. Sua Ressurreição foi maravilhosa, pois representava a vitória sobre a sua morte e a de milhões que creriam nele para a vida eterna. A prova de sua Ressurreição consistiu nisto: terremoto e o anjo, o qual removeu a pedra que fechava o túmulo: "O aspecto dele era como relâmpago e sua veste alva como a neve, deixando os guardas espavoridos e como se estivessem mortos" (Mt 28.2-4).

VI - ESPERANÇA E REALIDADE

Na foz do Amazonas, dois navios se encontraram. Veio de um deles o apelo: "Precisamos de água!" A resposta foi: "Arriem os baldes!" Novamente: "Precisamos de água para beber!" A resposta foi a mesma: "Arriem os baldes!" Lançaram os baldes e encontraram a água que desejavam. Os tripulantes do navio perdido estavam na maior fonte de água potável do mundo, e não sabi­am.

O Messias que Israel esperava veio ao mundo há quase dois mil anos; porém, muitos deles não sabem disso.

1. O testemunho das Escritu­ras - "Veio para o que era seu, e os seus não o receberam" (Jo 1.11). Paulo, ao pregar em Antioquia, afir­mou: "Varões israelitas...conforme a promessa, trouxe Deus a Israel o Salvador, que é Jesus" (At 13.16-23), como alusão ao Messias.

2. A revelação do próprio Mes­sias. Quando Jesus pregou à mulher samaritana, ela respondeu: "Eu sei que há de vir o Messias, chamado Cristo; quando ele vier nos anuncia­rá todas as coisas. Disse-lhe Jesus: Eu o sou, eu que falo contigo" (Jo 4.25,26). Ao ouvir isto, a mulher correu à sua aldeia, e anunciou: "Vinde comigo, e vede um homem que me disse tudo quanto tenho feito. Será este, porventura, o Cristo?!" (Jo 4.29).

ENSINAMENTOS PRÁTICOS

1. Os judeus ainda esperam um Messias guerreiro, para livrá-los das mãos dos seus opressores, por não entenderem Isaías 53. No entanto, o que virá em breve, é o falso e fará com eles um pacto de sete anos. Mas este acordo será desfeito e os judeus muito sofrerão em suas mãos.

2. O falso Messias é o Anticristo, o qual só se manifestará ao mundo após o arrebatamento da Igreja. Ele é um inimigo declarado de Cristo, pois é proveniente de satanás, e tudo fará para desfazer as coisas e o nome de Deus. Após perseguir os crentes despreparados, que não foram arrebatados, voltar-se-á contra os judeus para destruí-los.

3. No final da grande tribulação, os judeus, ao perceberem que foram enganados por satanás, clamarão pelo Messias prometido e, então, verão Jesus, com poder e glória, voltar com a Sua Igreja para estabelecer o governo milenar (Apc 1.7). O diabo será preso por mil anos e o Anticristo e o falso profeta serão lançados vivos no Lago de Fogo.

4. Deus não faz acepção de pessoas, mas nos concedeu o livre arbítrio, a fim de escolhermos o que achamos melhor para as nossas vidas. Os judeus, talvez por causa da presunção de seus líderes religiosos, voluntariamente, rejeitaram o Messias, mas não foram excluídos do plano da salvação. O Evangelho é pregado para eles em todo mundo e muitos se convertem, e tornam-se uma bênção na igreja.

5. Hoje, os judeus se convertem individualmente, mas haverá a salvação nacional, no momento em que o Anticristo invadir Israel, com o exército das nações. Na hora da maior aflição de suas vidas, Deus colocará neles o espírito de súplica e clamarão pelo Messias prometido. Quando virem o Rei dos reis descer em uma nuvem de glória, todos se converterão (Zc 12.10)


6. Jesus não é o Messias apenas dos judeus, mas também, de todos os povos, como se expressa Ageu 2.7: - "E farei tremer todas as nações, e virá o Desejado de todas as nações, e encherei esta casa de glória, diz o Senhor dos Exércitos". Logo, a salvação é para toda a humanidade.

Pastor Geraldo é editor do blog #ebd para todos!