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sábado, 9 de agosto de 2014

VALE TUDO PARA PREGAR A CRISTO?

Por Augustus Nicodemus Lopes


Um amigo no Twitter me perguntou faz um tempo se Filipenses 1:18 não justificaria o evangelho gospel e o show gospel. E mais recentemente vejo pessoas usando o mesmo texto para justificar a construção do "templo de Salomão" pela Universal.

Para quem não lembra, Paulo diz o seguinte em Filipenses 1:15-18:

“Alguns, efetivamente, proclamam a Cristo por inveja e porfia; outros, porém, o fazem de boa vontade; estes, por amor, sabendo que estou incumbido da defesa do evangelho; aqueles, contudo, pregam a Cristo, por discórdia, insinceramente, julgando suscitar tribulação às minhas cadeias. Todavia, que importa? Uma vez que Cristo, de qualquer modo, está sendo pregado, quer por pretexto, quer por verdade, também com isto me regozijo, sim, sempre me regozijarei” (Fp 1:15-18).

A interpretação popular desta passagem, especialmente desta frase de Paulo no verso 18, “Todavia, que importa? Uma vez que Cristo, de qualquer modo, está sendo pregado, quer por pretexto, quer por verdade, também com isto me regozijo, sim, sempre me regozijarei” – é que para o apóstolo o importante era que o Evangelho fosse pregado, não importando o motivo e nem o método. A conclusão, portanto, é que podemos e devemos usar de todos os recursos, métodos, meios, estratégias, pessoas – não importando a motivação delas – para pregarmos a Jesus Cristo. E que, em decorrência, não podemos criticar, condenar ou julgar ninguém que esteja falando de Cristo e muito menos suas intenções e metodologia. Vale tudo.

Então, tá. Mas, peraí... em que circunstâncias Paulo disse estas palavras? Ele estava preso em Roma quando escreveu esta carta aos filipenses. Ele estava sendo acusado pelos judeus de ser um rebelde, um pervertedor da ordem pública, que proclamava outro imperador além de César.

Quando os judeus que acusavam Paulo eram convocados diante das autoridades romanas para explicar estas acusações que traziam contra ele, eles diziam alguma coisa parecida com isto: “Senhor juiz, este homem Paulo vem espalhando por todo lugar que este Jesus de Nazaré é o Filho de Deus, que nasceu de uma virgem, que morreu pelos nossos pecados e ressuscitou ao terceiro dia, e que está assentado a direita de Deus, tendo se tornado Senhor de tudo e de todos. Diz também que este Senhor perdoa e salva todos aqueles que creem nele, sem as obras da lei. Senhor juiz, isto é um ataque direto ao imperador, pois somente César é Senhor. Este homem é digno de morte!”

Ao fazer estas acusações, os judeus, nas próprias palavras de Paulo, “proclamavam a Cristo por inveja e porfia... por discórdia, insinceramente, julgando suscitar tribulação às minhas cadeias” (verso 17).

Ou seja, Paulo está se regozijando porque os seus acusadores, ao final, no propósito de matá-lo, terminavam anunciando o Evangelho de Cristo aos magistrados e autoridades romanos.

Disto aqui vai uma looooonga distância em tentar usar esta passagem para justificar que cristãos, num país onde são livres para pregar, usem de meios mundanos, escusos, de alianças com ímpios e de estratégias no mínimo polêmicas para anunciar a Cristo. Tenho certeza que Paulo jamais se regozijaria com “cristãos” anunciando o Evangelho por motivos escusos, em busca de poder, popularidade e dinheiro, pois ele mesmo disse:

“Porque nós não estamos, como tantos outros, mercadejando a palavra de Deus; antes, em Cristo é que falamos na presença de Deus, com sinceridade e da parte do próprio Deus” (2Co 2:17).

“Pelo que, tendo este ministério, segundo a misericórdia que nos foi feita, não desfalecemos; pelo contrário, rejeitamos as coisas que, por vergonhosas, se ocultam, não andando com astúcia, nem adulterando a palavra de Deus; antes, nos recomendamos à consciência de todo homem, na presença de Deus, pela manifestação da verdade” (2Co 4:1-2).

“Ora, o intuito da presente admoestação visa ao amor que procede de coração puro, e de consciência boa, e de fé sem hipocrisia. Desviando-se algumas pessoas destas coisas, perderam-se em loquacidade frívola, pretendendo passar por mestres da lei, não compreendendo, todavia, nem o que dizem, nem os assuntos sobre os quais fazem ousadas asseverações” (1Ti 1:5-7).

“Se alguém ensina outra doutrina e não concorda com as sãs palavras de nosso Senhor Jesus Cristo e com o ensino segundo a piedade, é enfatuado, nada entende, mas tem mania por questões e contendas de palavras, de que nascem inveja, provocação, difamações, suspeitas malignas, altercações sem fim, por homens cuja mente é pervertida e privados da verdade, supondo que a piedade é fonte de lucro” (1Ti 6:3-5).

“Eu, irmãos, quando fui ter convosco, anunciando-vos o testemunho de Deus, não o fiz com ostentação de linguagem ou de sabedoria. Porque decidi nada saber entre vós, senão a Jesus Cristo e este crucificado. E foi em fraqueza, temor e grande tremor que eu estive entre vós. A minha palavra e a minha pregação não consistiram em linguagem persuasiva de sabedoria, mas em demonstração do Espírito e de poder, para que a vossa fé não se apoiasse em sabedoria humana, e sim no poder de Deus” (1Co 2:1-5).

Portanto, usar Filipenses 1:18 para justificar esta banalização pública do Evangelho é usar texto fora do contexto como pretexto.



Pregando o Evangelho dos Evangelhos!

terça-feira, 20 de agosto de 2013

As características do sermão evangélico


Por Claudionor de Andrade


A pregação como forma de ensino relevante e transformador



“Conjuro-te, pois, diante de Deus, e do Senhor Jesus Cristo, que há de julgar os vivos e os mortos, na sua vinda e no seu reino, que pregues a Palavra, instes a tempo e fora de tempo, redarguas, repreendas, exortes, com toda a longanimidade e doutrina. Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme as suas próprias concupiscências (2 Tm 4.1-3).”
 
INTRODUÇÃO

Neste artigo, mostraremos que a pregação não é uma mera peça de oratória; é mais do que isto: é uma forma de ensino que prima pela qualidade e pela excelência. Aliás, foi o método usado pelos santos profetas e apóstolos. E, hoje, todos os pregadores que fazem questão de realçar a pregação como ensino sistemático da Palavra de Deus, vêm colhendo abundantes resultados. A afirmação é de John Stott:

“A pregação é indispensável para o Cristianismo. Sem a pregação, ele perde algo necessário que lhe confere autoridade. Isso porque o Cristianismo é, essencialmente, uma religião da Palavra de Deus.”
 
 
I. A VERDADEIRA PREGAÇÃO É BÍBLICA
A pregação verdadeiramente bíblica tem como fonte o Antigo e o Novo Testamento. Se a nossa mensagem for especulativa nenhum efeito terá sobre os corações necessitados e carentes da graça de Deus. O profeta Isaías, sabedor dessa verdade, tinha as Sagradas Escrituras como a fonte de suas mensagens: “À lei e ao testemunho! Se eles não falarem desta maneira, jamais verão a alva” (Is 8.20).

João Crisóstomo, que pregou durante doze anos na catedral de Antioquia, antes de tornar-se bispo em Constantinopla, em 498 d.C., assim ressalta a importância da pregação bíblica: “Um único meio e um único modo de cura nos foi dado e este é o ensino da Palavra de Deus.”
 
II. A VERDADEIRA PREGAÇÃO É EVANGÉLICA
Como pregamos e fazemos teologia dentro do contexto da Igreja, todos os nossos pronunciamentos e ensinos têm de ser, necessariamente, evangélicos, conforme ressalta o apóstolo Paulo: “Porque nada me propus saber entre vós, senão a Jesus Cristo, e este crucificado (1Co 2.2)”.

John Wyclife (1329-1384), conhecido como a estrela da alva da Reforma Protestante, afirmava que a primeira missão do ministério era pregar o Evangelho: “O serviço mais sublime que os homens poderão alcançar na terra é pregar a Palavra de Deus. Portanto, se nossos bispos não pregarem pessoalmente e se impedirem os sacerdotes verdadeiros de pregar, serão culpados dos mesmos pecados daqueles que mataram o Senhor Jesus”.
 
III. A VERDADEIRA PREGAÇÃO É PROFÉTICA
Além de evangélica, nossa mensagem tem de transformar vidas e a própria sociedade; caso contrário: estaremos laborando em vão. Ou seja: temos de pregar e ensinar com autoridade como se fôramos profetas de Deus. Vejamos o exemplo de Jonas: “Começou Jonas a percorrer a cidade caminho de um dia, e pregava, e dizia: Ainda quarenta dias, e Nínive será subvertida (Jn 3.4)”.

Lutero tinha uma mensagem profética e por esta entregava-se totalmente a Deus: “O pregador deve arriscar-se e envolver o corpo e o sangue, as riquezas e a honra na Palavra. Deve-se deixar zombar e escarnecer por todos. O pregador é o profeta e o atalaia da Casa de Deus”.
 
IV. A VERDADEIRA PREGAÇÃO É ENSINO
Por que algumas mensagens não surtem mais resultados? Porque os pregadores esqueceram-se de algo básico: pregação é ensino”. Era o que mostrava Jesus em seu ministério terreno: “Percorria Jesus toda a Galiléia, ensinando nas sinagogas, pregando o Evangelho do Reino” (Mt 4.23).

Ouçamos Erasmo de Roterdam: “A função mais importante do sacerdote é o ensino (...) mediante o qual possa instruir, admoestar, repreender e consolar”.
 
V. A VERDADEIRA PREGAÇÃO DEVE OCUPAR O PRINCIPAL LUGAR NA IGREJA

No livro de Atos, observamos que a pregação da Palavra de Deus sempre tomou um privilegiado lugar na Igreja. Ouvir e aceitar uma exposição das Sagradas Escrituras significava conformar-se à doutrina dos profetas e apóstolos. Eis por que Pedro tomou esta sábia resolução: “Não é razoável que nós abandonemos a palavra de Deus para servir às mesas” (At 6.2).

Um dos alvos da Reforma Protestante foi, justamente, reavivar o púlpito como o ponto central do culto evangélico. Rolando Bainton escreve: “A Reforma deu centralidade ao sermão. O púlpito ficava mais alto que o altar, pois Lutero intentava que a salvação era mediante a Palavra. A igreja deve a sua vida à palavra”.
 
VI. A VERDADEIRA PREGAÇÃO É SEMPRE DIALÓGICA, POIS LEVA O PECADOR A RACIOCINAR ACERCA DE SUA CONDIÇÃO ESPIRITUAL
A pregação não é um monólogo construído a partir de uma qualidade oratória. È um diálogo, cujo alvo principal é o ensino conforme escreveria Charles Spurgeon:

“Orem e preguem de tal maneira que, se não houver conversão, vocês ficarão atônitos, estupefatos e de coração quebrantado. Acreditem na pregação de seus ouvintes tanto quanto o anjo que soprar a última trombeta terá a certeza da ressurreição dos mortos. Creiam na sua doutrina! Creiam no seu Salvador. Creiam no Espírito Santo que habita em você. Pois assim será realizado o desejo do seu coração, e Deus será glorificado”.

Uma pregação que tem como alvo o ensino, não ficará vazia de resultados.
 
CONCLUSÃO
Transformemos, pois, nossas pregações em experiências de ensino relevante e sistemático da Palavra de Deus. Somente assim, poderemos ter um ministério realmente frutífero em nome de Cristo Jesus. Pregue sob a unção do Espírito Santo. Menos do que isso é inadmissível.

Fonte: Cpad News

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Antes de Sinais, Pregação! ( 01)



Textos:Marcos 16:15-18

E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura.

Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado.

E estes sinais seguirão aos que crerem: Em meu nome expulsarão os demônios; falarão novas línguas;

Pegarão nas serpentes; e, se beberem alguma coisa mortífera, não lhes fará dano algum; e porão as mãos sobre os enfermos, e os curarão.


Ao analisarmos os textos acima com o seu referido contexto entendemos que:
O evangelho que hoje se vê, está muito a quem da realidade bíblica;- Nosso evangelho que temos visto já está muito fora do contexto bíblico. Temos dado mais importância aos ''SINAIS'' em vez da Palavra ( pregação);
Palavra essa que a Bíblia diz :De sorte que a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Deus Romanos 10:17;- Como saberemos das promessas, estatutos,etc do SENHOR e direitos e deveres que temos diante do evangelho se não valorizamos a própria PALAVRA?

O evangelho necessita de um novo rumo, concordo até com certos apologistas que são a favor de mais uma reforma protestante porque existem muitos dito ''EVANGÉLICO'' e sem compromisso com o próprio evangelho da salvação.
Para terminar gostaria deixar bem claro que cura divina, ressurreição de mortos, falar em línguas,profetizar, etc NUNCA substituirão o Evangelho da salvação.