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terça-feira, 19 de junho de 2012

O Apóstolo Paulo era machista, preconceituoso, inimigo das mulheres ou coisa parecida?


Por Ciro Sanches Zibordi
É comum, hoje em dia, líderes, pregadores e teólogos verberarem contra o apóstolo Paulo. Dizem que nem tudo o que ele disse pode ser recebido como verdade vinda do alto, pois ele era fariseu, preconceituoso, influenciado pelo judaísmo, etc. Alguns afirmam até que o imitador de Cristo era contra a ordenação de mulheres ao ministério em razão de ser machista.


De fato, Paulo não é o fundamento do cristianismo, como ele mesmo admitiu: “... ninguém pode pôr outro fundamento, além do que já está posto, o qual é Jesus Cristo” (1 Co 3.11), mas é falta de bom senso desprezar a excelência de seu apostolado. Somente pessoas insensíveis, céticas, amantes de sua própria “verdade”, e não da revelada pelo Senhor em sua Palavra, podem ter uma atitude de desprezo às doutrinas de Deus sistematizadas pelo apóstolo Paulo.Estaria Paulo errado quanto à justificação pela fé e tantas outras doutrinas fundamentais do cristianismo? Teria tirado de sua própria mente mistérios tão gloriosos? E quanto a outros assuntos, como os dons espirituais, a Ceia do Senhor e a ordem no culto? Tudo isso é questionável? O que pode e o que não pode ser questionado?



Movimentos como o feminismo e o pró-homossexualismo atacam a pessoa de Paulo, tachando-o de machista e preconceituoso. Na verdade, não querem aceitar o que Palavra de Deus diz nem encarar a realidade de seus pecados. Não adianta nada desqualificar o apóstolo — fazer isso significa opor-se ao próprio Deus, que o chamou para pregar o verdadeiro evangelho (Gl 1.15).Não pense que estou fazendo uma defesa da teologia paulina, como se Paulo fosse apenas mais um dos muitos teólogos que andaram na terra. Não! Estou defendendo o evangelho, que o imitador de Cristo proclamou com autoridade incontestável. Mas chego à conclusão de que muitos inimigos de Paulo são, na verdade, inimigos da verdade do evangelho! E, se pudessem, arrancariam algumas páginas da Bíblia, como se, com isso, conseguissem alterar ou anular o que Deus determinou!



Nesses últimos dias, o evangelho teologicocêntrico conquistou o coração de muitos, que preferem desprezar parte do conteúdo das Escrituras, valorizando mais o que teólogos disseram. Sim, nesse tempo pós-moderno, em que a razão é priorizada, prevalece para muitos um evangelho filosófico, fundamentado na lógica humana.No entanto, embora Paulo tenha usado expressões como “nosso evangelho” e “meu evangelho” (Rm 2.16; 2 Co 4.3; 2 Ts 2.14; 2 Tm 2.8), isso não denota que a sua mensagem era diferente da pregada por Jesus. Ele mesmo se empenhou em afirmar que há somente um evangelho (Gl 1.6-11). O pronome possessivo sugere apenas a sua identificação com a tarefa que lhe foi dada: pregador, apóstolo e doutor do evangelho (2 Tm 1.11). Ele pregava o que recebera diretamente do Senhor (1 Co 11.23; 15.1-4).



Ninguém tem autoridade para questionar a posição de Paulo como o maior pensador da história do cristianismo. E é preciso reconhecer que nenhum dos grandes movimentos do pensamento cristão se desenvolveu sem uma base nas epístolas paulinas. Por outro lado, Satanás, de modo sutil, tem usado o fato de Paulo ter sido um teólogo para levar os desavisados a contestar a inspiração plena da Bíblia.Como se dá isso? Falsos exegetas e teólogos têm afirmado que existem várias teologias, e todas possuem o seu valor: a de Paulo, a de Pedro, a de João, a de Agostinho, a de Calvino, etc. Com isso, as Escrituras inspiradas por Deus são equiparadas a escritos desprovidos da especial inspiração divina — gr. theopneustos (2 Tm 3.16).



Tais hermeneutas, desprezando a unidade e a inerrância da Palavra de Deus, afirmam que os apóstolos apresentaram diferentes e contraditórias teologias: “Esse ponto doutrinário de Tiago não se coaduna com a teologia paulina”. Pura lógica humana!Estudemos, pois, os teólogos, mas não para sermos guiados pela teologia! Firmar-se em uma teologia paulina, pedrina ou joanina seria apenas seguir a uma ideologia em detrimento de outras. Ora, seguindo ao exemplo de Paulo, devemos considerar toda a Bíblia a nossa fonte primária de autoridade (2 Tm 3.16; Rm 15.4). 


Ou não cremos mais na inspiração plenária das Escrituras? Tem a lógica humana tanto valor como fonte de autoridade, a ponto de questionarmos o que Paulo recebeu de Deus por revelação?
Para saber mais sobre o assunto, leia Evangelhos que Paulo Jamais Pregaria, editado pela CPAD.
Sobre o autor.


Ciro Sanches Zibordi é pastor, escritor, articulista, palestrante em escolas bíblicas. Autor dos best-sellers “Erros que os pregadores devem evitar” e “Erros que os adoradores devem evitar”das obras, além de “Mais erros que os pregadores devem evitar”, “Evangelhos que Paulo jamais pregaria”, “Adolescentes S/A”, “Perguntas intrigantes que os jovens costumam fazer” e “Teologia Sistemática Pentecostal”. Acesse este link para obter maiores informações sobre os livros.Ciro

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

SERÁ QUE AS MULHERES PODEM LIDERAR UMA CONGREGAÇAO?




Por pr. Clemente Macedo


Mulheres na liderança é um assunto de grande importância. Há pelo menos três aspectos que o envolvem: teológico, cultural e pessoal.

Teológico, seguindo a determinação bíblica.Cultural, pela disparidade que há em nossos países. E, pessoal, sendo a interpretação de cada um prevalecendo as diretrizes da maioria.



Sou favorável que a mulher desempenhe seu papel na igreja em determinadas funções. Por exemplo, no departamento infantil; no trabalho com adolescentes; nos programas sociais; na área de publicidade; na orientação ás mulheres mais jovens; na obra missionária; e até na direção de congregações, mediante circustâncias especiais, como ocorre em algumas partes do Brasil. Nesses casos, as mulheres podem ser separadas ao ministério de diaconisas. Porém, quanto aos ministérios pastoral e presbiteral, não encontro respaldo bíblico.


Em Êxodo 18 v. 21, Deus fala a Moisés, através de seu genro Jetro, que procure homens para julgar as causas do povo. Talvez pelo fato de se tratar de liderança de grupos, Deus não mencionou mulheres. Também na indicação dos levitas para o sacerdócio, somente os homens eram escolhidos. Agora, vejamos o que diz a Bíblia no Novo Testamento: quando Jesus designou os 70 discípulos, entre eles não havia mulheres ( Lucas 10 vs. 1 a 3 ).Entendo que o fato refere-se também a lideranças. Não implica, portanto, o auxílio da mulher, pois elas aparecem no capítulo 8 vs. 1 a 3 do mesmo evangelho , cooperando com os discípulos. Razão pela qual afirmo: cooperar sim, liderar não.


Na igreja Primitiva, conforme Atos 6 vs. 1 a 7, houve um problema de ordem social, que envolvia a escolha de diáconos. A Lista só indicava homens, pois seriam líderes dos demais. Por isso, as mulheres não estavam incluídas. Estas referências não implicam o ministeriado. Portanto, a questão de diaconisa ou não na nossa igreja não se prende ao fato em si. Existe apoio bíblico, como já mencionamos, porém o mais grave é o fato de não termos um sistema de governo bem padronizado. Isto tem trazido sérios problemas quando precisamos decidir pela ordenação de mulheres.