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terça-feira, 28 de agosto de 2012

Pastor abandona cargo por três meses para entender por que fiéis abandonam as igrejas para preferirem ser desigrejados

Uma “folga” de três meses para descobrir o que significa ser “espiritual, e não religioso”.
 
O pastor Mark Sandlin resolveu largar a igreja... Por três meses. Ele afirma que em toda sua vida, nunca faltou mais do que dois domingos seguidos, e que esse período sabático não é devido a uma necessidade de descanso. Ele deseja pesquisar e entender como as pessoas que não frequentam a igreja vivem. Ele escreve:
 
“Há uma semana, dei início a um período sabático de três meses. Decidi que durante esse tempo, não pisaria na igreja. Por que fiz isso? Porque uma grande quantidade de pessoas com quem desejo trabalhar em meu ministério, não são membros de nenhuma igreja. Eles não são pagãos, nem privados de espiritualidadesão como eu, que têm o domingo de folga.
 
O que espero desses três meses é isso: entender do que essas pessoas “espirituais, mas não religiosas” não gostam na igreja. E quero entender o que eu -- uma pessoa que frequentou a igreja a vida inteira -- posso estar perdendo por não aderir a esse estilo de vida cristã”.
 
Eu sei o que você está pensando... “o que ele vai descobrir são algumas horas extras de sono, isso sim”. Sandlin, no entanto, planeja dividir através de seu blog, a experiência desse tempo fora da igreja, e certamente haverá muitas pessoas interessadas em seus relatos. Mas, antes de descartar isso como apenas uma busca por popularidade nas redes sociais, considere esta questão que ele coloca:
 
“Sou um pregador. Estou completamente envolvido no sistema, e nessa posição, fica difícil ter uma perspectiva. Teoricamente, entendo por que um número cada vez maior de pessoas da nova geração está optando por se separar do “rebanho”, mas francamente, apenas ver e reconhecer a “hipocrisia” (um dos motivos que eles, com razão, alegam afastá-los da igreja), não é o bastante. Eu preciso fazer algo a respeito. Portanto é hora de adquirir perspectiva”.
 
É claro que para adquirir perspectiva, é preciso mais do que simplesmente deixar de ir à igreja. É necessário também, construir um relacionamento com esses jovens que ele deseja entender. Ainda assim, a verdade é que os pastores, envolvidos no sistema, podem sim, perder a perspectiva de alguns assuntos que envolvem os fiéis.
 
Quantos pastores são capazes de entender como se sente uma pessoa que trabalhou 60 horas durante a semana, e chegou ao culto de domingo e ouviu que deveria dedicar mais tempo ao trabalho voluntário na igreja? Ou quantos pastores estão familiarizados com a pressão de se trabalhar em um ambiente que não seja cristão? E ainda, quantos se lembram de como é ser discípulo de Cristo quando isso não faz parte de seu trabalho?
 
Talvez Sandlin tenha, de fato, percebido algo relevante. A perspectiva é fundamental, e é muito fácil não se dar conta de certas coisas quando se está preso em uma realidade paralela da igreja. Eu pergunto então: É válida a ideia do pastor? E mais: Além de um período sabático, o que mais os pastores poderiam fazer para adquirir uma perspectiva diferente em suas igrejas?
 
Traduzido por Julia Ramalho
 
Fonte: Cristianismo Hoje
 
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