Por Ciro Sanches Zibordi
Muitos propagadores do “cair no Espírito” afirmam que, no dia de Pentecostes, o “mover de Deus” foi tão grande e espantoso que uma parte da multidão reunida em Jerusalém pensou que os cristãos estavam embriagados (At 2.13,16). Mas o contexto mostra que a zombaria dos incrédulos se deu em razão de os servos do Senhor terem falado nas línguas das pessoas de diferentes nacionalidades que ali estavam (vv.5-11). O culto a Deus deve ser controlado pelo Espírito Santo, que age em perfeita harmonia com a Palavra, para que tudo ocorra com decência e ordem (1 Co 14.20-40).
Na hierarquização feita pelo Senhor quanto a dons ministeriais, Ele priorizou os ministérios ligados à pregação e ao ensino (1 Co 12.28). Nas igrejas em que ocorre o “mover” em apreço, a exposição da Palavra torna-se secundária ou até “desnecessária”. Alguns defensores de manifestações não previstas em Marcos 16.15-18 citam 1 Coríntios 1.25 e afirmam: “Você acha esse mover estranho? Isso é a unção da loucura de Deus”. Entretanto, este termo não se refere à loucura proveniente de Deus. Trata-se de uma alusão eufêmica à superioridade da sabedoria do Senhor em relação à dos homens.
Daniel 10.8-9 e Apocalipse 1.17, em razão de mencionarem as quedas de Daniel e João, são passagens usadas em prol do “cair no Espírito”. O primeiro, sem forças para permanecer em pé, após ter jejuado por três semanas, caiu sobre o seu rosto, sendo imediatamente amparado por um enviado de Deus, que ordenou: “levanta-te sobre os teus pés” (v.11). O caso de João é semelhante (Ap 1.10-18). Nota-se que nenhum dos dois foi derrubado por sopros ou golpes de capas, tampouco perdeu a consciência. Ambos caíram prostrados sobre os seus rostos, diante da glória do Senhor.
Outra passagem muito citada na tentativa de avalizar o “cair no Espírito” é João 14.12: “aquele que crê em mim também fará as obras que eu faço e as fará maiores do que estas”. Aqui, o termo “obras” (gr. ergon) significa: “trabalho”, “ação”, “ato”. Exegeticamente, “obras maiores” são as mesmas realizadas por Jesus, mas em maior quantidade e alcance, e não em qualidade. O Senhor não aludiu a novos “moveres”, mas à pregação do Evangelho e à expansão do seu Reino na terra.
Finalmente, o texto mais citado pelos pregadores que ministram o “cair no Espírito” é 1 Reis 8.10-11. Mas esta passagem nada fala sobre essa manifestação. Ela relata que a nuvem da glória do SENHOR encheu a sua Casa e impediu os sacerdotes de ministrar: “não podiam ter-se em pé os sacerdotes para ministrar, por causa da nuvem”. Eles se retiraram do local, pois “não puderam permanecer ali” (ARA). Em Atos dos Apóstolos não há referência que abone o “mover” em questão. À luz do Novo Testamento, são os demônios que lançam pessoas ao chão (Mc 9.17-27; Lc 4.35). Jesus jamais derrubou alguém mediante sopros, golpes de capa ou imposição de mãos. Em seu ministério terreno, Ele ensinava, pregava e curava os enfermos (Mt 4.23; At 10.38).
Fonte: www.cirozibordi.blogspot.com
Caro Amigo e Irmão Xavier, a Paz do Senhor!
ResponderExcluirParabéns pelo seu blog e pelas mensagens bem elaboradas e acessadas no FACE.
Vi uma frase minha que você destacou em sua página e estou aqui para agradecer. Não sou merecedor de ter todo esse destaque, mas como você é meu amigo, fico feliz porque sei que sua admiração é verdadeira.
Abraço ao Pastor Clemente e a sua família.
Obrigado e forte abraço.
No Amor de Cristo.
CAI CAI É FEITO COM
ExcluirANESTESICO INALATORIO
OUTROS CAI DE MEDO
Obrigado pastor Guedes,
ResponderExcluirO senhor não sabe o quanto é bom para mim conhcer-te.
Espero que Deus aínda nos dê varia oportunidades para estarmos juntos.
Darei o abraço ao pastor Clemente sim.
PS: Gostaria que o senhor gravasse aquela mensagem sobre Jesus.Risos.
Eu aguardo.
Sempre em Cristo,
Xavier Campos Joaquim
Prezados em Cristo
ResponderExcluirQue a doce paz do Senhor Jesus permaneça em vossos corações.
Para mim é um alento saber que ainda há um remanescente fiel que busca e propaga as verdades exaradas da Sã Doutrina oriunda das Sagradas Escrituras.
Praza aos céus a continuidade de seu profícuo ministério sobre a face da terra. Como dizia meu saudoso pai: "Fazer o bem é apanágio das almas de eleição!"
Ensejo que o Senhor o abençoe rica e abundantemente.
Francisco Barros
servo do Senhor Jesus
Querido irmão Francisco José Barros Corrêa muito obrigado pelas palavras ,querido.Mas dizia uma amigo blogueiro em entrevista aqui que: Ainda existem e sempre haverão vozes no deserto invadindo as cidades e os palácios ou bom número de joelhos que não se dobraram e não se dobrarão diante da imagem de Baal ou Mamon.[Pastor Guedes] Pode ficar descansado porque Deus aínda tem muitos.Que Deus abençoe.
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