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sábado, 4 de maio de 2013

Como Identificar uma Seita


Como Identificar uma Seita e os Novos Desafios à Apologética


Por Esdras Costa Bentho
Definições e conceitos-chaves
O termo “seita”, do grego “hairesis”, procede de uma raiz que significa “selecionar”, “escolher” ou “facção”, traduzido pela Vulgata Latina por “secta”. O termo e seus derivados acham-se com abundância nas páginas do Novo Testamento (Mt 12.18; 1Co 11.19; Gl 5.20; Fp 1.22; 2Ts 2.13; Hb 11.25; 2Pe 2.1).
Originalmente, um herege (gr. hairetikos) era alguém cuja opinião distinguia-se da teoria de um partido ou escola de pensamento historicamente estabelecido. Essas escolas de pensamento, seja política, seja filosófica ou de qualquer outro tipo, declaravam suas teorias (gr. theorías) por meio de afirmações doutrinárias que expressavam o ponto de vista oficial de seu mestre ou escola. Chamava-se assim dogmas (gr. dokei moi = “eu creio”, “parece-me”) ao conjunto teórico abraçado pelos adeptos de certas correntes filosóficas ou religiosas que as confessavam (gr. homologeo) publicamente. A declaração pública necessariamente devia estar de acordo com alguma confissão religiosa ou conjunto de doutrinas, como apresentam as perícopes neotestamentárias de Jo 1:20; At 24:14; Rm 10:9,10; 1Tm 6:12; Tt 1:16.
Uma confissão dogmática distinguia-se portanto da mera opinião (gr. doxa) do populacho inculto e incapaz de apreender a tradição filosófica. Quando então surgia uma nova percepção que se distinguia da tradição (gr. paradosis) cultural, social e religiosa estabelecida, entendia-se a nova perspectiva como seita (gr. hairesis). Pelo fato de divergir de uma teoria e propor uma nova compreensão do assunto envolvido chamavam o proponente da nova escola de faccioso, cismático ou heresiarca. Deste modo, iniciava-se uma nova escola com um novo mestre. O judaísmo, por exemplo, possuía diversas seitas: sacudeus, fariseus, essênios, etc., todas com ideias distintas dentro de uma mesma e só religião (At 5.17; 26.5). As origens do cristianismo estão entranhadas a esse contexto, uma vez que Paulo é descrito como o proponente de uma nova leitura do judaísmo, a “seita dos nazarenos” (At 24.5).
Perspectiva da ortodoxia
Na história da teologia cristã, o vocábulo foi empregado de forma ácida para se referir aos desvios cristológicos (arianismo, nestorianismo), pneumatológicos (eunomianismo, pneumatômacos), entre outros pareceres facciosos que se distinguiam da ortodoxia apostólica. Aqueles que combatiam os desvios doutrinários internos da igreja eram chamados de polemistas, enquanto os apologistascuidavam em defender a igreja perante o Estado.
Chamava-se assim de ortodoxia o ensino que estava de acordo com a tradição apostólica e cuja definição dogmática fora estabelecida nos Concílios da igreja. Para encerramos esse resumo semântico e histórico, lembre-se o leitor que a Reforma Protestante fora considerada herética pela igreja oficial e a nova fé perseguida como se fosse uma seita perigosíssima.
Portanto, sob o ponto de vista de uma religião estabelecida, uma seita é formada por uma facção que diverge dos ensinos da tradição da qual procede, e se organiza com características peculiares e contraposta a sua religião de origem. Todavia, o surgimento de uma seita envolve variegados fatores e não apenas o teológico. Há elementos sociais, históricos, econômicos e até mesmo de ordem vocacional ou carismática que servem de auxiliares explicativos para o surgimento de uma seita. Razões pelas quais elas estão classificadas em: seculares, orientais, ocultistas, dissidentes, históricas, contemporâneas, etc.
É possível identificar uma seita?
Identificar uma seita é tarefa hercúlea. A partir da perspectiva histórica da ortodoxia cristã exposta, uma seita é identificada por: a) negar a deidade, encarnação, conceição virginal, morte vicária, ressurreição e ascensão de Jesus; b) negar a divindade e pessoalidade do Espírito Santo; c) negar a Trindade. As seitas cristãs costumam praticar o proselitismo; terem manuais cujo valor consideram igual ou superior à Bíblia; serem exclusivistas e reformadoras do cristianismo. Muitas vezes afirmam terem recebido alguma revelação ou visão especial.
Os desafios de um mundo plural e planetário
O leitor não deve se esquecer, entretanto, que vivemos em um país democrático e plural, com liberdade religiosa assegurada para todos. As divergências de opiniões, ideias e doutrinas devem ser tratadas com respeito, mantendo-se o diálogo, a alteridade e a compaixão àqueles que pensam de modo distinto. O diálogo é melhor do que a controvérsia e a mansidão e acolhimento do outro mais eficaz do que o embate (1Pe 3.15).

A Nova Apologética e o diálogo inter-religioso
Para os apologistas modernos essa atitude e dialogicidade é uma condição sine qua non, caso se deseje anunciar as Boas-Novas e não apenas vencer um debate. Os contextos pós-metafísico, multicultural e dialógico de nosso tempo reclama à apologética tradicional, fincada na ontoteologia platônica e no racionalismo positivista, uma metanóia completa. Essa mudança deve ocorrer a partir de uma nova reflexão que faça distinção entre fé e crença, religião e religiosidade, revelação de Deus e conhecimento de Deus, teologia e fé, salvação e conhecimento, para citar apenas algumas dualidades. 
A Nova Apologética Cristã precisa assim estar disposta a dialogar no atual contexto do pluralismo religioso. Permita-me o leitor portanto estabelecer as diferenças entre diálogo inter-religiosomissão evangelizadora Anúncio. O diálogo inter-religioso entendido como “o conjunto das relações inter-religiosas, positivas e construtivas, com pessoas e comunidades de outros credos para um conhecimento mútuo e um recíproco enriquecimento” não impede a missão evangelizadora e mais particularmente, o Anúncio, isto é, a comunicação do mistério de salvação realizado por Deus para todos em Jesus Cristo. O diálogo representa sim um desafio, mas não um impedimento à missão evangelizadora. Deste modo, o diálogo não deve substituir o Anúncio, pois se constitui a tarefa primordial da Igreja fazer crescer o Reino de nosso Senhor e do seu Cristo.
Neste novo contexto o apologista é desafiado a se empenhar mais profundamente, discernindo elementos crísticos presentes em certas verdades defendidas pelas religiões (justiça, solidariedade, caridade, por exemplo), mas sem confundir os elementos nelas também presentes que são incompatíveis com a fé e a singularidade de Cristo como mediador salvífico. A Igreja entra em diálogo de salvação com todos, mas a natureza de seu diálogo não é meramente antropológico, mas teológico. O diálogo da Igreja é um diálogo de salvação, embora não esteja excluído o diálogo da vida, das obras e da experiência religiosa.
O verdadeiro diálogo inter-religioso supõe da parte do apologista o desejo de fazer que outros religiosos conheçam melhor o Evangelho, possibilitando por meio do testemunho e do diálogo o desejo de ambos interlocutores de aprofundarem os seus conhecimentos no mistério de Cristo. De acordo com 1 Pedro 3.15 é um privilégio e uma alegria para o cristão responder com mansidão e temor a qualquer que lhe pedir a razão da esperança que há nele. Lembremos que o exemplo deixado pelos apóstolos em Atos 17.22-18 ensina ao apologista contemporâneo que ser uma testemunha em um mundo plural inclui envolver-se dialogicamente com pessoas de diferentes religiões e culturas. Isto não significa que o apologista colocará sua fé entre parênteses para dialogar com as seitas e religiões não cristãs, muito pelo contrário. Ele deve permanecer fiel a si mesmo e à sua crença. 
Fonte: CpadNews

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Prevenindo-se das heresias (Parte III)



Por Pastor Elienai Cabral

As Testemunhas de Jeová
Nesta série de estudos sobre as seitas apresentaremos tão somente aquelas principais destacando suas principais doutrinas para dar aos leitores uma visão panorâmica dos perigos que ameaçam a nossa fé e como evitá-las. Neste artigo, destacaremos, inicialmente, as Testemunhas de Jeová.

TESTEMUNHAS DE JEOVÁ

Fundada em 1874, nos Estados Unidos da América do Norte, por Charles Taze Russell, o qual era advindo do adventismo. Discordando dos ensinos adventistas resolveu interpretar por conta própria as Escrituras. A partir de então nasceu a “SociedadeTorre de Vigia”e “Arauto da Presença de Cristo”. Suas doutrinas discordantes confrontavam com os ensinos da Bíblia e sua idéia sobre a inspiração da Bíblia seguia a teoria da “inspiração progressiva” que acreditava que o que vale das Escrituras são as idéias e os pensamentos contidos na Bíblia e não as palavras. Admitia que a Bíblia pode sofrer mudanças porque a sua inspiração é dinâmica e progressiva. Com esta idéia, Russell se achava com o direito de modificar as doutrinas bíblicas de acordo com as suas conveniências e heresias. Contrariava, portanto, a inspiração verbal e plenária das Escrituras. O criador dessa seita falsa morreu em 1916 e assumiu em seu lugar um juiz chamado Joseph Franklin Rutherford, o qual deu continuidade à organização deixada por Russell. Rutherford exerceu forte liderança sobre os membros dessa nova seita e desenvolveu fortemente as suas doutrinas. Na verdade, uma doutrina instável e contraditória ao longo da sua história. O nome “Testemunhas de Jeová”foi usado pela primeira vez pelos membros dessa sociedade em 1931.

SUAS PRINCIPAIS OBRAS

Para divulgar suas idéias, Russell escreveu muitos artigos e livros, ajudado por tantos outros que aceitaram suas doutrinas. Entre as principais obras das TJ estão: a "Bíblia Tradução Novo Mundo" ( uma tradução pobre e com o propósito de fortalecer suas idéias absurdas); "Estudos nas Escrituras"; "A Verdade vos tornará livres"; "Do Paraíso Perdido ao Paraíso Recuperado"; "Cumprir-se-á, então, o mistério de Deus"; "Caiu Babilônia, a Grande"; "A verdade que conduz à vida eterna". Todos esses livros são editados e publicados em mais de 95 idiomas e só as revistas "Sentinela" e "Despertai” são editadas para mais de 10 milhões, para a maior parte do mundo.

PREDIÇÕES FALSAS DE RUSSELL

(1) Russell declarou que os Tempos dos Gentios terminaria em 1914, referente a cidade de Jerusalém e à Palestina na Grande Tribulação. Passaram-se 90 anos e esse tempo ainda não cumpriu-se. Segundo seus cálculos, os Tempos dos Gentios iniciaram no ano 606 a.C. e haveria de continuar por 2520 anos, terminando em 1914.

(2) Declarou que o Cristianismo seria destruído até 1914. (3) Predisse que a Batalha do Armagedom aconteceria em 1915. (4) Predisse que o Papado da Igreja Romana teria sua queda em 1914. (5) Declarou que o milênio começou no ano 1873. Depois corrigiu esse número para 1874. (6) Declarou que a 2ª. Vinda de Cristo aconteceu em 1874. (7) Declarou que os mortos em Cristo ( a igreja) ressucitaram em 1878. (8) Declarou que a 2ª. Vinda de Cristo iniciaria na “colheita”, a última grande colheita de almas e terminaria em 1915. Todas estas delcarações e previsões escatológicas contém erros de interpretação, de datas e locais. Referem-se, antes de tudo, a um tempo futuro, a maioria relativa à Israel. Ao longo dos anos de suas atividades heréticas, tanto Russell quanto Rutherford fizeram declarações absurdas e torceram a Palavra de Deus.

SUAS PRINCIPAIS HERESIAS

(1) Negam a doutrina da Trindade tenazmente em todos os seus escritos. Mt 3.16,17; Mt 28.19; Jô 15.26; 1 Pe 1.2. (2) Negam a Divindade de Jesus Cristo ( Jô 10.30; 17.21; 14.8,9; Cl 2.9; Rm 9.5; Tt 2.13; Hb 1.3,8,9. (3) Negam a ressurreição corporal de Cristo, afirmando que o Cristo ressurreto não era o mesmo Cristo humano, mas que era um espírito invisível. Lc 24.39-43; Jô 20.25-27; At 1.9. (4) Negam a personalidade e a divindade do Espírito Santo. At 8.29 ( fala); Rm 8.26,27 ( intercede); Ef 4.30 (tem sentimentos); At 16.6,7; 13.2 ( ordena, dirige as pessoas); 1 Co 12.11 ( tem vontade própria); Rm 15.20 ( ama). (5)Ensinam que apenas os 144 mil irão para o céu, e o restante viverá aqui na terra no período milenar. (6) Negam a existência da alma imortal depois da morte. A Bíblia indica plena consciência do ser humano após a morte ( 2 Co 5.8; Lc 23.43; Fp 1.23; Lc 16.19-31). Estas doutrinas das TJ além de errôneas e perniciosas, tem produzido grande confusão na cabeça de pessoas simples, especialmente, aquelas que pouco contato tem com a Biblia. É indiscutivelmente, uma seita diabólica que deve ser desmascarada.
Sobre o pastor 
Pastor Elienai Cabral é conferencista, teólogo, membro da Casa de Letras Emílio Conde, comentarista de Lições Bíblicas da CPAD, membro do Conselho Administrativo da CPAD e autor dos livros “Comentário Bíblico de Efésios”, “Mordomia Cristã”, “A Defesa do Apostolado de Paulo – Estudo na Segunda Carta aos Coríntios”, “Comentário Bíblico de Romanos”, “A Síndrome do Canto do Galo”, “Josué – Um líder que fez diferença”, “Parábolas de Jesus” e “O Pregador Eficaz”, todos títulos da CPAD.