Por Pr.Geraldo Carneiro
INTRODUÇÃO:
Deus escolheu a Igreja para ser a sua agencia e cumprir seus propósitos no mundo atual.
ALGUNS OBJETIVOS DA IGREJA:
(1) – A EVANGELIZAÇÃO DO MUNDO
- Da mesma maneira que Jesus Cristo veio para buscar e salvar o
perdido, assim também a extensão de seu corpo nesta era, a Igreja, deve
compartilhar desse interesse (Mt 18.11).
Pouco
antes de sua ascensão, Jesus lançou um solene desafio aos discípulos:
que evangelizassem o mundo, fazendo discípulos ("aprendizes", "pessoas
ansiosas por aprender"), em todas as nações, batizando-os e
"ensinando-os a observar todas as coisas" que Ele lhes havia ordenado
(Mt 28.19,20).
Uma
das características da primitiva igreja de Jerusalém é que ela
continuou a crescer. O Senhor acrescentava diariamente, à igreja,
aqueles que iam sendo salvos (At 2.47).
Mesmo
sob perseguição, a Igreja Primitiva espalhava a mensagem do Evangelho,
por onde quer que seus membros fossem dispersos (At 8.4). O livro de
Atos aborda o tema do crescimento, tanto espiritual quanto numérico,
mostrando um número cada vez maior de centros estabelecidos, enquanto os
crentes, dotados do poder do Espírito, continuavam a propalar as boas
novas.
A
Igreja primitiva também era caracterizada pela ênfase à Palavra falada.
Paulo reconheceu que "aprouve a Deus salvar os crentes pela loucura da
pregação" (l Co 1.21). E assim, a obra da Grande Comissão continua a ser
realizada.
A experiencia pentecostal é dada aos crentes, tendo o Evangelismo como seu principal objetivo (At 1.8).
O
poder do Espírito Santo, ao descer sobre os crentes, expressa-se não
somente no falar em línguas como a evidencia física inicial ou externa,
mas em poderosos atos sobrenaturais, que confirmam o testemunho verbal
dos fiéis (Mc 16.15,16; Hb 2.4).
Os
dons do Espírito, tal como a profecia, também são meios pelos quais o
Espírito Santo costuma convencer os pecadores (l Co 14.24,25).
(2) – MINISTRAR A DEUS - A principal e mais elevada finalidade do homem consiste em glorificar a Deus e desfrutar dEle para sempre.
Não
é possível ler passagens como os capítulos 11 a 14 de l Coríntios sem
reconhecer que o ministério do Espírito Santo é especialmente
significativo na adoração da Igreja.
Há, na Igreja, diversas operações do Espírito, que tanto edificam os adoradores como enriquecem a adoração a Deus.
A
adoração dos crentes é maravilhosamente abençoada pela presença
manifesta do Espírito Santo. Essas manifestações geralmente são chamadas
dons do Espírito.
No
entanto, no texto original de l Coríntios 12.1, a palavra "dom" não
está presente, apenas o termo "espirituais". Esta palavra por si mesmo
inclui outras coisas direcionadas pelo Espírito Santo e expressas
através de crentes cheios do Espírito.
Mas, nesta passagem, Paulo está claramente limitando a palavra para significar os dons ou carisma graciosos.
A palavra grega, xarísmata, é usada realmente em l Coríntios 12.4, 9, 28, 30-31; 14.1.
Os
escritores cristãos primitivos tomavam a palavra "espirituais" como os
dons espirituais. E assim reconheciam-nos como os dons sobrenaturais,
cuja fonte imediata é o Espírito Santo.
Está
implícito que Deus, através do Espírito Santo, distribui as diversas
manifestações necessarias à comunidade adoradora, conforme preferir. Os
dons são outorgados como todo.
É
verdade que os indivíduos, na congregação, podem desenvolver um
ministério que exiba um ou mais dons, mas nenhum deve ser considerado
propriedade particular do crente, porquanto o Espírito dispensa suas
ministrações para benefício da igreja, "conforme Ele determinar" (l Co
12.11; 14.12,32).
Há
diversas listas de dons do Espírito Santo: l Coríntios 12.8-10,28;
Efésios 4.11; Romanos 12.6-8. Combinando-as, é possível chegarmos a um
total de entre 18 a 20 dons que incluem aqueles para o estabelecimento e
maturidade da igreja, onde todos os membros podem receber dons e
contribuir para a edificação do corpo local.
Os
dons do Espírito ainda são os meios primários de edificar a Igreja
espiritual e numericamente. Nada mais pode fazê-lo. Assim, a igreja
espiritual, que adora, é um poderoso arsenal de poder que Deus emprega
em sua guerra contra as hostes das trevas.
(3) - EDIFICAR UM CORPO DE SANTOS, NUTRINDO-OS, A FIM DE QUE SE CONFORMEM À IMAGEM DE CRISTO
- O evangelismo é a conquista de novos convertidos; a adoração é a
Igreja voltada para Deus; a nutrição é o desenvolvimento dos novos
convertidos em santos maduros.
Deus preocupa-se grandemente em que os recém-nascidos cresçam na graça (Ef 4.11-16; l Co 12.28; 14.12).
Paulo enfatiza repetidamente o anelo de Deus pela maturidade espiritual dos crentes (l Co 14.12; Ef 4.11-13; Cl 1.28,29).
Como
pode alguém saber que está crescendo à imagem de Cristo? Como pode uma
igreja medir seu sucesso ao produzir a maturidade cristã em seus
membros?
Gálatas
5.22-26 oferece um belo conjunto de virtudes chamado "o fruto do
Espírito": amor, alegria, paz, paciência, bondade, benignidade,
fidelidade, mansidão e domínio próprio. Os que exibem tais
características de caráter são declarados como quem está cumprindo a lei
ou instrução de Cristo. Precisamos tomar parte ativa nisso - 2 Pedro
1.5-11.
A
tarefa da Igreja não terminará enquanto não ajudar seus membros a
crescerem espiritualmente, a fim de que os vários dons do Espírito
equilibrem-se à exibição dos vários aspectos do fruto do Espírito (l Co
13).
CONSIDERAÇÕES FINAIS:
A Igreja tem uma vocação que se dirige para o alto. Disse Paulo:
"Prossigo para o alvo, pelo premio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus" (Fp 3.14).
Hebreus 3.1 lembra que somos santos irmãos, "participantes da vocação celestial".
Efésios 1.3-4 declara:
"Bendito
o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o qual nos abençoou com
todas as bênçãos espirituais nos lugares celestiais em Cristo, como
também nos elegeu nele antes da fundação do mundo, para que fôssemos
santos e irrepreensíveis diante dele em caridade".
A
Bíblia não está se referindo à predestinação, mas dizendo que a Igreja
foi escolhida como um corpo predestinado a ser santo. Todos os que
preferem crer tornam-se parte da Igreja e compartilham de seu destino.
Numa Igreja verdadeiramente próspera, a posição do crente e suas bênçãos
não são terrenas ou materiais, mas são espirituais, celestiais e
eternas.
FONTE DE CONSULTA:
Doutrinas Bíblicas – Uma Perspectiva Pentecostal – CPAD – William W. Menzies e Stanley M. Horton