Por Renato Vargens
Diversas práticas e comportamentos de algumas das denominadas igrejas neopentecostais carregam em si inúmeros pressupostos católicos. Se não vejamos:
1 -O púlpito como altar.
É comum os pastores tratarem o pulpito como lugar sagrado desafiando os crentes a depositarem suas expectativas de oração num lugar especial. Para tanto, transformaram a plataforma de pregação em “altares” onde os fiéis de forma abnegada se prostam no desejo de vivenciarem milagres . Para os evangélicos em questão o “altar” é um lugar mais santo do que o restante do “templo”, onde o “sacerdote” mediante prerrogativa divina impetra as bênçãos do Senhor.
Há pouco fiquei sabendo de uma igreja cujo o púlpito onde o apóstolo prega foi considerado pelos membros de sua comunidade como sagrado e que em virtude disso, não pode em hipótese alguma receber pecadores.
2- A hierarquização do reino
o catolicismo a figura do Papa impõe sobre os fiés o entendimento de que a autoridade divina repousa sobre um único homem. Para os católicos o Sumo Pontífice é o Vigário de Cristo, o representante de Deus na terra. Além disso, Roma faz uma séria distinção entre clérigos e leigos colocando os sacerdotes católicos em um nível acima das pessoas comuns.
Ora, lamentavelmente o neopentecostalismo brasileiro tem funcionado nos mesmos pressupostos. Nessa perspectiva é possível encontrarmos bispos, apóstolos, profetas e similares que por vontade própria se auto-nomearam representantes de Deus na terra, impondo sobre os seus seguidores suas vontades e doutrinas.
No neopentecostalismo tupiniquim a “hierarquização do reino”, tem sido caracterizada pelo aparecimento de estruturas monárquicas, onde “apóstolos” em nome de Deus mandam e desmandam na vida alheia. Tais homens, como ditadores da fé, têm feito do rebanho de Cristo propriedade particular. Além disso, os apóstolos em questão, sem o menor constrangimento “militarizaram” a comunidade dos santos, obrigando a seus liderados a se submeterem sem questionamento as suas ordens e determinações. Em estruturas como estas, é absolutamente comum exigir-se dos crentes, submissão total. Em tais comunidades, a vida cristã é regida exclusivamente por um sistema onde coronelismo e arbitrariedade se misturam. Infelizmente, aqueles que porventura ousem opor-se a este estilo de liderança, sofrem sanções das mais estapafúrdias possíveis.
3- Sincretismo e objetos mágicos
O Catolicismo brasileiro tem por características o misticismo e a superstição. Basta olharmos para a nossa colonização que perceberemos com facilidade mistura de fé e comportamento . Além disso, o catolicismo ultramontano tupiniquim acreditava em milagres de santos, aparições de Maria, em objetos ungidos e santificados, como por exemplo a água benta. Ora, o neo-pentecostalismo nacional também se comporta de forma mística e sincrética. Nessa perspectiva é comum as mais variadas unções, do uso de copo d’água como instrumento de contato, da rosa ungida, do sal grosso, e muitas outras coisas mais.
Conclusão:Isto posto, chego a conclusão que mais do que nunca necessitamos voltar as ESCRITURAS. Calvino costumava dizer que o verdadeiro conhecimento de Deus está na Bíblia, e de que ela é o escudo que nos protege do erro, portanto, em tempos difíceis como o nosso onde o sincretismo se multiplica a olhos vistos precisamos regressar à Palavra de Deus, fazendo dela nossa única regra de fé, prática e comportamento.
Soli Deo Gloria,
Renato Vargens
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Fonte: Blog do Renato. Divulgação: Pregai o Evangelho
Via:Púlpito Cristão.
Infelizmente observei que este artigo não apresenta nenhuma referência bíblica, até por que é bem visível que alguns versículos impõem ideias que atualmente são realidades nas Igreja Neo pentecostais. Por exemplo a unção com azeite é bíblica, veja: "Está alguém entre vós doente? Chame os presbíteros da igreja, e orem sobre ele, ungindo-o com azeite em nome do Senhor;" (Tiago 5 : 14).
ResponderExcluirOutra questão é o uso de lenços, para curar que também está na bíblia:"De sorte que até os lenços e aventais se levavam do seu corpo aos enfermos, e as enfermidades fugiam deles, e os espíritos malignos saíam." (Atos 19 : 12). Logo, entende que o artigo acima é desprovido de conhecimento bíblico, em parte, sendo usado para expor uma ideia que, em parte, é bíblica. É de suma importância uma análise desse artigo para modificação daquilo que é difamação para igrejas neo pentecostais. Fica na Graça de Cristo.
Querido irmão Wellinton, quanto a questão
ResponderExcluir1)da unção com óleo sugiro a leitura desse textohttp://defensoresdafe.blogspot.com.br/2011/10/quando-devemos-ungir-com-oleo-e-o-que.html
E Quanto a questão de usos de objetos em cultos é antibíblico, visto que por exemplo, o caso citado do lenço de Paulo, não foi-nos dado como uma doutrina do lencinho. Nem tampouco a questão da unçao com óleo para servir-nos de amuleto.Mas Cristo é o Autor e consumador da nossa fé.Grato pela sua participação. Qualquer dúvida sobre o artigo entre em contato com o pastor Renato Vargesn , o autor do artigo (www.renatovargens.com)
Eu entendo sua posição. Porém, irmão Xavier, essa questão é ampla e nenhuma igreja neo pentecostal, prega que o óleo ou o lencinho é um amuleto. Só podemos criticar o que conhecemos! Não encontrei em seu texto nenhuma referência bíblica, a não ser que Jesus é o autor e consumador da nossa Fé, que é uma base pregada nas Igreja Neo pentecostais. Sobre a unção com óleo, está presente no novo testamento, em Tiago, vc não pode usurpar a interpretação da bíblia uma vez que essa se explica por si só, como já afirma a hermenêutica e através do Espírito Santo. O óleo é apenas uma simbologia, que está na bíblia, como já foi citado e ninguém deve adorá-lo e muito menos colocá-lo como algo extraordinário, até por que tudo provém unicamente e exclusivamente de Deus. Fica Na paz de Cristo. Gostei muito do texto que vc me enviou.
ResponderExcluirObrigado querido Wellington,
ExcluirNão citei nenhum texto no comentário passado porque acreditei que o texto que recomendei ao irmão poderia tirar todas as dúvidas sobre o assunto.Abraços