Por pr.Altair Germano
A Reforma Protestante não é um fato histórico para ser simplesmente lembrado ou narrado. Lições preciosíssimas podem ser extraídas deste evento singular na história da humanidade.
1. Existem duas maneiras de ser viver na história: como
espectador ou ator da mesma. Nossos reformadores, juntamente com todos que se
envolveram e labutaram por esta justa causa, são exemplos de excelentes atores,
gente comprometida com a transformação de uma sociedade dominada pela injustiça
e opressão generalizada.
2. Não importa qual é o seu papel (protagonista, ator
coadjuvante ou figurante), o que importa é atuar, agir, mobilizar-se, realizar,
fazer acontecer para a glória de Deus.
3. Atores correm riscos. Vida sem riscos, sofrimentos,
adversidades, incompreensões, perseguições e propósitos definidos, é vida
medíocre.
4. A Igreja não foi estabelecida por Jesus para
governar o mundo, mas para influenciá-lo.
5. Movimentos reformistas produzem marginais, hereges,
contraventores e loucos (visão da classe dominante).
6. Movimentos reformista revelam profetas ousados,
homens de Deus comprometidos com o Senhor e sua causa (visão de
Deus).
7. Quando a política secular e eclesiástica ganham
preeminência no alto e baixo clero, gerando facções, disputas, traições,
corrupções, alianças espúrias, nepotismos, busca por vantagens pessoais e por
cargos, tudo isso em detrimento da evangelização, socorro aos necessitados,
ministração aos enfermos e fracos na fé, fidelidade doutrinária e outras
atividades semelhantes, é sinal que uma Reforma torna-se urgente e
imperativa.
8. Reformas não são movimentos de um só homem, é fruto
da associação de mentes críticas, inteligentes, questionadoras, e de corações
que ardem em zêlo, inclinados para buscar, conhecer e fazer valer a vontade de
Deus para uma geração, custe o que custar.
9. Reformas não acontecem da noite para o dia, antes,
são resultados de um processo que se inicia com o reencontro do cristão com a
Palavra de Deus, que desencadeia uma tomada de consciência, arrependimento
genuíno, conversão ação e mobilização.
10. A última coisa que se rende ante qualquer tipo de
corrupção, seja ela moral ou espiritual, é a nossa consciência.
"Considerando que vossa soberana majestade e vossos
honoráveis demandais desejam uma resposta plena, isto digo e professo tão
resolutamente quanto posso, sem dúvidas e nem sofisticações, que se não me
convencerdes através do testemunho das Escrituras (pois não dou crédito nem ao
papa e nem aos seus concílios gerais, que têm errado muitas vezes, e que têm
sido contraditórios contra si mesmos), a minha consciência está tão ligada e
cativa destas Escrituras que são a Palavra de Deus, que não me retrato nem posso
me retratar de absolutamente nada, considerando que não é piedoso nem legítimo
fazer qualquer coisa que seja contrária à minha consciência. Aqui estou e nisto
descanso: nada mais tenho a dizer. Que Deus tenha misericórdia de mim!”.
(Martinho Lutero)
Fonte: http://www.altairgermano.net/
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