sexta-feira, 29 de agosto de 2014

O que Significa: Misericórdia, Graça e Justiça de Deus.


Não são poucas as vezes que nos deparamos em meio a uma oração/suplica/interseção ou pregação, falando de graça, misericórdia e Justiça de Deus. Mas sabemos de fato o que isso significa a luz da Bíblia? Nas orações muitas vezes pedimos que “Deus tenha misericórdia”, que “Deus derrame da Sua Graça” e outras vezes mesmo, pedimos que “Deus faça Justiça”. Sabemos bem o que estamos pedindo mesmo?

Segundo Ciro Zibordi, Graça e Misericórdia são bem distintas: “Graça é Deus dando o que você não merece. A misericórdia é Deus não dando o que você merece.”[1]

Não entendeu? Vou tentar explicar.

MISERICÓRDIA 


Sabe àquela hora em que você acabou de cometer um erro (pecado), e se depara com um livro bíblico como Romanos 6.23: “Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus nosso Senhor.” E você descobre que ainda assim estás vivo? Pois bem, é nessa hora em que Deus usa da Sua infinita misericórdia para com os homens. Deus, simplesmente não nos dá o que nós merecemos. Porque merecemos morte e Deus nos dá vida (João 10:11, João 15:13, 1 João 3:16).
Misericórdia é o amor e a graça demonstrados por Deus às pessoas. (Êx 20.6;Lc1.50).

GRAÇA

Graça como todo mundo já sabe,significa “FAVOR IMERECIDO”. Ou seja, “Amor imerecido de Deus pelas pessoas, pelo qual ele as salva. Êx 33.12;Sl6.4;Lc 2.20; At 18.27; 1Cor 12.9; Rm 3.24; Ef 2.5. As bênçãos que uma pessoa recebe de Deus sem merecer. Gn43.29; Rom 6.1. Louvor, agradecimento.Sl 107.1.Na graça Deus usa o Seu magnífico poder para nos abençoar, mesmo quando não merecemos. “Mas Deus prova o seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores.” Romanos 5:8

JUSTIÇA

Justiça é: “(1) Um dos atributos de Deus, pelos qual pune o mal e recompensa o bem. Pode-se dizer que é a santidade de Deus em ação. Is 59.17s;28.17. Juntamente com a misericórdia, serve muitas vezes de alento nos momentos de desânimo.Sl 5.8; 30.2;118.40.
(2) Santidade intrínseca e real que Deus declara aos que nele crêem. É neste sentido que Paulo usa o termo em Rm 1.17; 3.21-22; 2Co 5.21; Fp 3.9. Contrariamente ao que muitos judeus pensavam, Paulo declarou que a verdadeira santidade vem de Deus mediante a fé em Cristo. Rm 2.6; 3.21-26; Gl 5.16-26; 6.6-10; Tg 2.22-24.” [2]
Por palavras miúdas, justiça é o ato de dar a cada um, o que lhe é devido. E o que nos é devido mesmo?

Portanto, agora, ao usarmos desses termos, já sabemos que Deus usa da graça incondicionalmente, usa de misericórdia nos momentos que deveríamos ser sentenciados a uma pena, e a Sua justiça é um dos atributos de Deus, pelos qual Ele, o Justo Juiz, pune o mal e recompensa o bem.

Em Cristo, 
Xavier Campos Joaquim

Bibliografia:
[1] Blog do Ciro
[2] ( Dicionário de Estudos Bíblicos,Editora Rideel)

Pregando o Evangelho dos Evangelhos!

quinta-feira, 21 de agosto de 2014

O QUE É APOSTASIA? JÁ ESTAMOS PASSANDO POR ELA?






A primeira pergunta que devemos fazer ao começar esse assunto é? "SERÁ QUE A IGREJA DA ATUALIDADE JÁ ESTÁ APOSTATANDO NA FÉ?"

Apostasia (em grego antigo απόστασις [apóstasis], "estar longe de") tem o sentido de um afastamento definitivo e deliberado de alguma coisa, uma renúncia de sua anterior fé ou doutrinação. Ao contrário da crença popular, não se refere a um mero desvio ou um afastamento em relação à sua fé e à prática religiosa. Pode manifestar-se abertamente ou de modo oculto. 

APOSTASIA NO CRISTIANISMO PROTESTANTE 

No protestantismo apostasia é o esfriamento da fé, o abandono dos princípios bíblicos. Uma igreja ou um indivíduo apóstata é uma igreja ou indivíduo que aderiu ao mundanismo e aos costumes seculares, substituindo os princípios de Deus. De modo mais abrangente, pode-se dizer que um cristão ou igreja são apóstatas quando deixam de seguir os fundamentos da Palavra de Deus, desviando-se da verdadeira fé e voltando-se para o mundanismo, satisfazendo somente os desejos carnais. 

Apostasia da Fé Cristã, ou seja, do Cristianismo primitivo, na ótica das diversas religiões cristãs, é controversa. Existe uma notória diferença entre apostasia da Fé Cristã e apostasia de uma determinada organização religiosa. 

APOSTASIA NAS IGREJAS CRISTÃS TRINITARIANAS 

As igrejas cristãs trinitarianas consideram apostasia o afastamento do fiel do seio da igreja invisível, o Corpo de Cristo, para abraçar ensinos contrários aos fundamentos bíblicos, o que é denominado heresia. Para os trinitarianos, após conhecer o evangelho e estar envolvido com a Palavra Sagrada, para depois negar que a salvação vem de Jesus Cristo, como único e suficiente salvador, é apostatar do ensino mais básico do cristianismo. Este tipo de apostasia é considerado extrema ingratidão e ponto central entre todas as igrejas trinitarianas.[1] 

Apostasia, ainda pode significar: Deixar a fé, rebelar-se. Na profecia a respeito do fim do mundo em 2Tes 2.3, a apostasia se refere a uma grande rebelião em que muitos deixarão a fé. A apostasia também é um perigo permanente nas igrejas e aumenta quando há perseguição e falsos ensinamentos. 1 Tm 4.1 [2] 

APOSTASIA NA BÍBLIA 


Na Bíblia DESTACAMOS um exemplo de dois homens que apostataram da sua fé, ou seja, que a abandonaram e a negaram. Vejamos: 

“Além disso, a linguagem deles corrói como câncer; entre os quais se incluem Himeneu e Fileto. Estes se desviaram da verdade, asseverando que a ressurreição já se realizou, e estão pervertendo a fé a alguns.” (2Tm 2. 17) 

Notem que estes dois homens (Himeneu e Fileto) estavam pregando algo contrário ao que as Sagradas Escrituras (a verdade) ensinavam e foram rapidamente identificados por Paulo como apóstatas. Geralmente o apóstata tem dificuldade de se arrepender e defende a sua “doutrina” com unhas e dentes. Daí a necessidade de serem rapidamente questionados e combatidos. Himineu, Fileto e outros, traziam confusão negando a verdade da Palavra de Deus. 

A Bíblia também nos mostra que nos últimos tempos haverá um abandono da fé por parte de muitas pessoas. “Ora, o Espírito afirma expressamente que, nos últimos tempos, alguns apostatarão da fé, por obedecerem a espíritos enganadores e a ensinos de demônios” (1Tm 4. 1). Justamente por não valorizarem a Bíblia estas pessoas se perderam em ensinos que não vêm de Deus, ensinos de espíritos enganadores e de demônios. 

Infelizmente estamos vivendo um tempo de grande apostasia, pois as pessoas têm rejeitado a Palavra de Deus, trocando-a por outros ensinos que têm “aparência” de verdadeiros, mas que as levam para cada vez mais longe de Deus. E o pior de tudo é que muitas igrejas têm sido totalmente apóstatas inventando doutrinas que não existem na Bíblia.[3] 


DEPOIS DESSA EXPLANAÇÃO,PODEMOS AFIRMAR QUE A IGREJA DA ATUALIDADE JÁ ESTÁ APOSTATANDO NA FÉ? SIM OU NÃO?


[1[ Wikipédia, Enciclopédia livre 
[2] Dicionário de Estudos Bíblicos, Editora Rideel 
[3] Blog Esboçando Ideias



Pregando o Evangelho dos Evangelhos!

sábado, 9 de agosto de 2014

VALE TUDO PARA PREGAR A CRISTO?

Por Augustus Nicodemus Lopes


Um amigo no Twitter me perguntou faz um tempo se Filipenses 1:18 não justificaria o evangelho gospel e o show gospel. E mais recentemente vejo pessoas usando o mesmo texto para justificar a construção do "templo de Salomão" pela Universal.

Para quem não lembra, Paulo diz o seguinte em Filipenses 1:15-18:

“Alguns, efetivamente, proclamam a Cristo por inveja e porfia; outros, porém, o fazem de boa vontade; estes, por amor, sabendo que estou incumbido da defesa do evangelho; aqueles, contudo, pregam a Cristo, por discórdia, insinceramente, julgando suscitar tribulação às minhas cadeias. Todavia, que importa? Uma vez que Cristo, de qualquer modo, está sendo pregado, quer por pretexto, quer por verdade, também com isto me regozijo, sim, sempre me regozijarei” (Fp 1:15-18).

A interpretação popular desta passagem, especialmente desta frase de Paulo no verso 18, “Todavia, que importa? Uma vez que Cristo, de qualquer modo, está sendo pregado, quer por pretexto, quer por verdade, também com isto me regozijo, sim, sempre me regozijarei” – é que para o apóstolo o importante era que o Evangelho fosse pregado, não importando o motivo e nem o método. A conclusão, portanto, é que podemos e devemos usar de todos os recursos, métodos, meios, estratégias, pessoas – não importando a motivação delas – para pregarmos a Jesus Cristo. E que, em decorrência, não podemos criticar, condenar ou julgar ninguém que esteja falando de Cristo e muito menos suas intenções e metodologia. Vale tudo.

Então, tá. Mas, peraí... em que circunstâncias Paulo disse estas palavras? Ele estava preso em Roma quando escreveu esta carta aos filipenses. Ele estava sendo acusado pelos judeus de ser um rebelde, um pervertedor da ordem pública, que proclamava outro imperador além de César.

Quando os judeus que acusavam Paulo eram convocados diante das autoridades romanas para explicar estas acusações que traziam contra ele, eles diziam alguma coisa parecida com isto: “Senhor juiz, este homem Paulo vem espalhando por todo lugar que este Jesus de Nazaré é o Filho de Deus, que nasceu de uma virgem, que morreu pelos nossos pecados e ressuscitou ao terceiro dia, e que está assentado a direita de Deus, tendo se tornado Senhor de tudo e de todos. Diz também que este Senhor perdoa e salva todos aqueles que creem nele, sem as obras da lei. Senhor juiz, isto é um ataque direto ao imperador, pois somente César é Senhor. Este homem é digno de morte!”

Ao fazer estas acusações, os judeus, nas próprias palavras de Paulo, “proclamavam a Cristo por inveja e porfia... por discórdia, insinceramente, julgando suscitar tribulação às minhas cadeias” (verso 17).

Ou seja, Paulo está se regozijando porque os seus acusadores, ao final, no propósito de matá-lo, terminavam anunciando o Evangelho de Cristo aos magistrados e autoridades romanos.

Disto aqui vai uma looooonga distância em tentar usar esta passagem para justificar que cristãos, num país onde são livres para pregar, usem de meios mundanos, escusos, de alianças com ímpios e de estratégias no mínimo polêmicas para anunciar a Cristo. Tenho certeza que Paulo jamais se regozijaria com “cristãos” anunciando o Evangelho por motivos escusos, em busca de poder, popularidade e dinheiro, pois ele mesmo disse:

“Porque nós não estamos, como tantos outros, mercadejando a palavra de Deus; antes, em Cristo é que falamos na presença de Deus, com sinceridade e da parte do próprio Deus” (2Co 2:17).

“Pelo que, tendo este ministério, segundo a misericórdia que nos foi feita, não desfalecemos; pelo contrário, rejeitamos as coisas que, por vergonhosas, se ocultam, não andando com astúcia, nem adulterando a palavra de Deus; antes, nos recomendamos à consciência de todo homem, na presença de Deus, pela manifestação da verdade” (2Co 4:1-2).

“Ora, o intuito da presente admoestação visa ao amor que procede de coração puro, e de consciência boa, e de fé sem hipocrisia. Desviando-se algumas pessoas destas coisas, perderam-se em loquacidade frívola, pretendendo passar por mestres da lei, não compreendendo, todavia, nem o que dizem, nem os assuntos sobre os quais fazem ousadas asseverações” (1Ti 1:5-7).

“Se alguém ensina outra doutrina e não concorda com as sãs palavras de nosso Senhor Jesus Cristo e com o ensino segundo a piedade, é enfatuado, nada entende, mas tem mania por questões e contendas de palavras, de que nascem inveja, provocação, difamações, suspeitas malignas, altercações sem fim, por homens cuja mente é pervertida e privados da verdade, supondo que a piedade é fonte de lucro” (1Ti 6:3-5).

“Eu, irmãos, quando fui ter convosco, anunciando-vos o testemunho de Deus, não o fiz com ostentação de linguagem ou de sabedoria. Porque decidi nada saber entre vós, senão a Jesus Cristo e este crucificado. E foi em fraqueza, temor e grande tremor que eu estive entre vós. A minha palavra e a minha pregação não consistiram em linguagem persuasiva de sabedoria, mas em demonstração do Espírito e de poder, para que a vossa fé não se apoiasse em sabedoria humana, e sim no poder de Deus” (1Co 2:1-5).

Portanto, usar Filipenses 1:18 para justificar esta banalização pública do Evangelho é usar texto fora do contexto como pretexto.



Pregando o Evangelho dos Evangelhos!