segunda-feira, 19 de setembro de 2022

Como estudar a Bíblia de maneira eficiente - Antonio Gilberto

Pregando o Evangelho dos Evangelhos!



Regras de Estudo da Bíblia
Por Antonio Gilberto

Não vamos tratar aqui de regras de interpretação da Bíblia; isso é domínio de Hermenêutica. Trataremos de regras de estudo da Bíblia. Elas nos permitem tirar o máximo proveito espiritual da leitura e estudo das Santas Escrituras. São ora apresentadas, considerando os leitores como crentes salvos e desejosos de aprenderem a verdade contida na revelação divina. Quanto aos descrentes, impertinentes, indiferentes e escarnecedores, só temos a considerar 1Coríntios 2.14 e 2Coríntios 3.16. 

Os títulos das regras que vamos dar, se considerarmos isoladamente, não oferecem muito sentido, porém, se considerados após a explanação da matéria que se lhes seguem, ver-se-á que eles ficam bem, resumidos como estão, facilitando, assim, o trabalho da memória. 

Qualquer crente no Senhor Jesus Cristo pode estudar a Bíblia, uma vez que satisfaça certas regras de estudo, seja qual for o método utilizado pelo estudante. O estudo bíblico não é reservado a uns poucos favorecidos. Também, para tal, não há qualquer iniciação secreta. Deus nunca tencionou tornar difícil ou inacessível o estudo de sua Palavra, posto que o mesmo nos leva a conhecê-lo cada vez mais. Considere, pois, amado leitor, coisa de capital importância, o estudo sério, sistemático e diuturno das Santas Escrituras. É sumamente compensador em todos os sentidos. 

Apresentaremos oito regras ao todo. Umas são criadas por nós, outras não. Tendo sido experimentadas estas regras, podemos garantir que elas funcionam eficazmente onde quer que forem observadas, como vai aqui descrito. Passemos, pois a considerá-las. 

Sugestões para um maior aproveitamento na leitura da Palavra


1) A regra do autor 
A primeira regra para o êxito no estudo da Bíblia é conhecer o seu autor. O autor é Deus. Você o conhece? Conhecer, no sentido estrito da palavra, não é apenas ter contato, ser apresentado ou cumprimentado por alguém; é ter intimidade, andar ou conviver, enfim, comungar com este alguém. Perguntamos mais uma vez: você conhece o autor da Bíblia? É Ele o seu Salvador, Senhor e Mestre? Se não conhecemos o autor da Bíblia, estaremos desqualificados para o estudo e compreensão da revelação divina. Sem conhecer o autor tudo é difícil na Bíblia. De fato, a real compreensão da Palavra depende do nosso crescimento espiritual diante do Senhor (Mc 4.33; Jo 16.12 e Hb 5.13-14). Textos sobre a regra do autor: Lc 24.27,45 e At 16.14. 

2) A regra da leitura sistemática 
Queremos dizer com isso: leitura seguida e total da Bíblia. Se o irmão não vem lendo a Bíblia de modo seguido e total, não se queixe de não compreendê-la. Como o leitor pensa compreender um livro que nem sequer o leu todo ainda? Não estamos falando, aqui, da leitura bíblica devocional, esta que se faz em nossos momentos a sós com Deus, dedicados exclusivamente à devoção e comunhão especial com Ele. Em se tratando de leitura da Bíblia como tal, dois métodos de estudo bíblico lhe estão afetos: o sintético e o analítico. O método sintético considera cada livro ou a Bíblia inteira como um todo. É por meio de tal método que se vê as divisões naturais de cada livro, bem como o seu desígnio especifico. O estudante da Bíblia deve ler cada livro várias vezes, sem interrupção, afim de se assenhorar de sua síntese. O método sintético não é tão laborioso, porque os livros da Bíblia são todos pequenos; mesmo os maiores podem ser lidos em poucas horas. No método sintético não se faz pausa para estudos prolongados. Faz-se esboços somente. O estudo bíblico, segundo este método, abrange a Bíblia como um todo, e de igual modo cada livro dela, e cada capítulo dentro de cada livro. Tenha você uma hora certa para leitura sistemática da Bíblia. A meditação diária nela é o segredo da vitória (Js 1.8). 

O outro método fundamental para o estudo bíblico é o analítico. É o inverso do anterior. Você não irá longe no estudo analítico, se não cuidar antes no método sintético. Na forma analítica dividimos o estudo em partes para uma análise minuciosa, que pode ser de temas variados, inclusive doutrinas, personagens, tipos etc. Não há quem esgote a Bíblia, pois ela é infinita. Quanto mais a estudamos mais nos humilhamos, vendo a nossa pequenez e incapacidade ante a imponência, grandiosidade, profundeza e as riquezas da revelação divina em todos os seus múltiplos aspectos. Este é o nosso testemunho. 

A regra de leitura sistemática pode parecer simples, mas é produtiva e surge efeitos maravilhosos. Jamais será vã. Já que estamos tratando da leitura bíblica, é confortante saber que a Bíblia é o único livro cujo autor está sempre presente, quando se o lê. Sim, o autor da Bíblia é onipresente. Textos sobre regra da leitura sistemática: Dt 17.19; Sl 119.130; 1Tm 4.13 e Is 34.16. 

3) A regra da oração 
Você não irá muito longe no estudo da Bíblia enquanto não começar aprender a orar. Pedras preciosas podem ser encontradas na superfície da terra. Porém, geralmente, é preciso cavar. A oração evidencia a nossa dependência do Pai Celestial, nossa vontade, fome, amor à verdade e humildade. Orar é falar com Deus, sendo assim um diálogo, não um monólogo. Na oração e meditação diante de Deus, Ele revela as suas grandezas. Temos exemplos na Bíblia. Bastam estas palavras sobre oração, porque a melhor maneira de aprendermos a orar é praticando. Textos sobre a regra da oração: Tg 1.5; Pv 2.3-5; Sl 119.18 e Ef 1.16-17. 

4) A regra do Mestre 
O mestre que nos ensina a Palavra de Deus é o Espírito Santo. Não há outro. Se não tivermos o Mestre conosco, nada aprenderemos. Ele é o Santo Espírito revelador (Ef 1.17). Só Ele conhece as coisas profundas de Deus (Rm 8.27). Deixe o Espírito Santo fluir livremente em sua vida e terá o Mestre consigo, para guiá-lo “em toda a verdade” (Jo 16.13). Textos para regra do Mestre: 1Co 2.10-12 e Jo 10.25.  

5) A regra da obediência 
Deus não revela a sua verdade aos que são apenas curiosos, sem qualquer propósito de lhe obedecerem, mas aos humildes que se quedam aos seus pés e lhe obedecem por gratidão e amor. A humildade e piedade são virtudes essenciais no estudo das Escrituras (Lc 12.47-48). O espírito da desobediência paira nestes dias por toda a parte: nos meios domésticos, eclesiásticos, estudantis, etc. A obediência à verdade divina, revelada nas Escrituras, é um fato de progresso para o seu conhecimento. A desobediência contumaz à Deus, à sua vontade, suas leis, fecha a porta às suas bênçãos. Textos sobre a regra da obediência: Ed 7.10; Jo 7.17-18 e Sl 25.14. 

6) A regra da fé 
A Bíblia é aceita primeiro pela fé e depois pela razão. Noutras palavras: a revelação divina transcende os limites intelectuais do homem. Por exemplo: o fato de a criação do universo (confronte Gn 1.1 com Hb 11.3). Se o leitor não aceitar, pela fé, a autoridade das Santas Escrituras neste e em inúmeros outros passos bíblicos semelhantes, está desqualificado para compreender a verdade divina. É preciso que o leitor tenha a Bíblia como a autoridade final, infalível e perfeita nos assuntos por ela tratados. 

Deus declara um fato e você cuida em crer nisso, porque Ele não se inclinará, para satisfazer a sua curiosidade, ou por outra, para revelar coisas que você não pode comportar, ou para as quais você e eu não estamos preparados. Textos sobre a regra da fé: Lc 24.25; 2Pd 1.21 e 2Tm 3.16-17. 

7) A regra do crescimento espiritual 
Nunca pare de crescer no sentido espiritual. O conhecimento das coisas de Deus vem de acordo com a nossa capacidade de recebê-lo, contê-lo, e assimilá-lo. O crescimento espiritual vem, em parte, pela obediência a verdade revelada. Privilégios implicam responsabilidade. Somos responsáveis pela verdade a nós revelada. Paulo não pôde ensinar verdades bíblicas mais profundas aos crentes de Corinto, porque os mesmos não queriam deixar de ser “crianças” (1Co 3.1). 

Em Marcos 4.33, Jesus ensinou aos seus, conforme a capacidade dos mesmos em receberem o seu ensino. É o que vemos também em Hebreus 5.13-14; a falta do crescimento espiritual é um entrave no conhecimento das coisas divinas. Os textos sobre a regra do crescimento espiritual são os mesmos da regra anterior. 

8) A regra dos meios auxiliares 
Esses meios auxiliares são três, os quais provêem material de estudo, consulta e referência. O texto de 2Timóteo 4.13 nos leva para o campo das fontes de consulta. Aí, se fala de livros. Por certo, os da Bíblia e outros que o apóstolo possuía. 

A) Livros
 Há livros bons (2Tm 4.13). Há muito mais livros maus, perniciosos, venenosos como os de Atos 19.19. Resista também à tentação de levar mais tempo com os livros do que com a Bíblia. Quem fica todo o tempo só com os livros, torna-se um teórico e autêntico refletor de seus autores. 

Aqui está uma sugestão de alguns livros que o estudante da Bíblia deve possuir

•Uma boa e atualizada versão da Bíblia; 
• Demais versões em vernáculo, para estudo comparativo; Uma boa Concordância e um Atlas Bíblico; 
• Um Manual de Síntese Bíblica ou Chave Bíblica; 
• Um Dicionário Bíblico de confiança;
• Um bom dicionário da língua portuguesa; 
• Um Manual de Doutrinas Fundamentais (Teologia Sistemática); 
• Um ou mais comentários gerais sobre a Bíblia (busque conselho do seu pastor quanto à indicação destes). 

B)Apontamentos individuais.
 Esses podem ser de três maneiras: 
• Apontamentos de estudos individuais; 
• Apontamentos de estudos ouvidos; 
• Apontamentos de estudos lidos; A memória falha com o tempo. O melhor é tomar notas. Isso não significa perder a confiança na operação do Espírito Santo. Se fosse assim, não seria preciso Deus ter-nos provido a Bíblia em forma escrita. Habitue-se a tomar notas de seus estudos individuais, distribuindo-os por assuntos previamente escolhidos. Se você tem livros, organize um índice analítico de assuntos, o qual poderá prestar bons serviços na elaboração de seus estudos. Apontamentos enriquecem o cabedal de conhecimentos do estudante da Bíblia. A “memória” do apontamento feito nunca falha, se feita e conservada de modo organizado.   


Fonte: http://www.cpad.com.br/

Pastor Antonio Gilberto é:

Ministro do Evangelho, Consultor Doutrinário e Teológico da CPAD. Formado em Psicologia, Teologia, Pedagogia e Letras, autor de vários livros; editor da Bíblia de Estudo Pentecostal em português, sucesso em todo o Brasil; fundador e primeiro

coordenador do CAPED, de 1974 a 1989, e com um ministério que vai além das fronteiras nacionais, ele é indiscutivelmente uma das maiores personalidades da literatura evangélica nacional. Recentemente, atendendo a um convite da Convenção Geral da AD nos Estados Unidos, foi empossado membro da Junta Diretora e hoje é consultor da Global University em Springfield, Missouri EUA.


sexta-feira, 16 de setembro de 2022

CUIDADOS A TER COM O PÚLPITO


No púlpito está a grande força da igreja, pois é dele que o ministro prega e ensina a Palavra de Deus, com o objetivo de aperfeiçoar os santos e salvar os perdidos.

Qualquer distorção ou enfraquecimento desse objetivo é uma derrota para a igreja, e o diabo sabe disso; portanto, é importante que o pastor tenha cuidado com o púlpito e no púlpito.
As tentações mais comuns que sofre o ministro em relação ao púlpito são:
(a) - A auto-exaltação - O ministro é tentado a achar-se um grande pregador ou ensinador.

Certo pastor descia do púlpito, depois de pregar, e um irmão lhe disse:
- "O senhor pregou maravilhosamente."
O pastor respondeu:
- "O diabo me disse isso, lá no púlpito."
Tenha cuidado com a auto-exaltação, Rm 12.16; Pv 13.10; 16.18; l Pd 5.5.
(b) Confiança em sua capacidade - O ministro passa a depender muito de sua capacidade, habilidade e eloquência, ao invés de depender do Espírito Santo, Jo 3.27; 15.5; 16.5-11; 2 Co 3.5; At 33.

(c) - Pregar a Palavra de Deus sem que ela seja uma realidade em sua própria vida, 2 Ts 3.9; l Tm 4.12; Tt 2.7; Tg 2.12.
(d) - Mentir ou exagerar quando está contando uma ilustração ou estória, Ef 4.25; Pv 12.19.

(e) - Falar aquilo que as pessoas querem ouvir ao invés de obedecer ao Espírito Santo, At 4.20.
(f) - Manipular os seus ouvintes com estórias e ilustrações emocionantes.

(g) - Usar o púlpito como martelo, para descarregar suas frustrações e nervosismos.
(h) - Relaxar na preparação da mensagem da Palavra por preguiça e desculpar-se de que o Espírito dá a mensagem At 17.11; Rm 15.4; l Tm 4.13-15; Sl 1.2.

Fonte: http://pastorgeraldocarneirofilho.blogspot.com/2015/05/escola-biblica-dominical-igreja.html
Pregando o Evangelho dos Evangelhos!

domingo, 28 de junho de 2015

Uma carta aberta aos pastores - sobre o casamento gay nos EUA




A Suprema Corte neste país [EUA] promulgou seu julgamento. As manchetes informam que um pouco mais da metade dos juízes da Suprema Corte consideram a liberdade de orientação sexual, um direito para todos os americanos. Esta troca de valores não aparece como uma surpresa para nós. Já sabemos que o deus deste século cega as mentes daqueles que não acreditam (2 Cor. 4:4). O dia 26 de junho de 2015 fica como um marco americano de demonstração desta antiga realidade.

Nos próximos dias, irão esperar de você, como um pastor, que forneça comentários sensatos e conforto para o seu rebanho. Este é um momento crítico para os pastores, e surge como um lembrete de que uma formação adequada é crucial para um pastor. Estou escrevendo esta mensagem curta como de um pastor para outro. Os meios de comunicação estão cheios de atualizações, e eu não preciso juntar a minha voz nessa briga. Em vez disso, eu quero ajudá-lo a pastorear sua igreja nesse momento confuso. Além dos artigos úteis no blog Preaching and Preachers, eu também quero transmitir os pensamentos abaixo que, creio eu, vão ajudar a enquadrar a questão de uma maneira bíblica.

1 – Nenhum tribunal humano tem a autoridade de redefinir o casamento, e o veredicto de ontem não muda a realidade do casamento que foi ordenado por Deus. Deus não foi derrotado nesta decisão, e todos os casamentos serão julgados de acordo com fundamentos bíblicos no Ultimo Dia. Nada irá prevalecer contra Ele (Provérbios 21:30) e nada vai impedir o avanço de Seu Reino (Dan 4:35).

2 – A Palavra de Deus pronunciou seu julgamento sobre toda nação que redefiniu o mal como o bem, a escuridão como a luz, e o amargo como o doce (Isaías 5:20). Como uma nação, os EUA continuam a colocar-se na mira do julgamento. Como proclamador da verdade, você é responsável por nunca comprometer estas questões. De todas as maneiras, você deve se manter firme.

3 – Esta decisão prova que estamos claramente em minoria, e que somos um povo separado (1 Pedro 2: 9-11; Tito 2:14). Como escrevi no livro “Why Government Can’t Save You”, as normas que moldaram a cultura ocidental e a sociedade americana deram lugar ao ateísmo prático e ao relativismo moral. Esta decisão simplesmente acelerou a taxa de declínio dos mesmos. A moralidade de um país nunca vai ser mais alta que a moralidade de seus cidadãos, e sabemos que a maioria dos americanos não têm uma cosmovisão bíblica.

4 – A liberdade religiosa não é prometida na Bíblia. Na América, a Igreja de Jesus Cristo tem desfrutado de uma liberdade sem precedentes. Isso está mudando, e a nova norma pode, na verdade, incluir a perseguição (o que será algo novo para nós). Nunca houve um momento mais importante para homens talentosos ajudarem a liderar a igreja ao lidar, de forma competente, com a espada do Espírito (Efésios 6:17).

5 – O casamento não é o campo de batalha final, e os nossos inimigos não são os homens e mulheres que procuram destruí-lo (2 Coríntios 10:4). O campo de batalha é o Evangelho. Tenha cuidado para não substituir a paciência, o amor e a oração por amargura, ódio, e política. A medida que você guiar cuidadosamente seu rebanho afastando-o das armadilhas perigosas que aparecem à frente, lembre-os do imenso poder do perdão por meio da cruz de Cristo.

6 – Romanos 1 identifica claramente a evidência da ira de Deus sobre uma nação: a imoralidade sexual seguida da imoralidade homossexual culminando em uma disposição mental reprovável. Esta etapa mais recente nos lembra que a ira de Deus veio na íntegra. Vemos agora mentes reprováveis em todos os níveis de liderança – no Supremo Tribunal Federal, na Presidência, nos gabinetes, na legislatura, na imprensa e cultura. Se o diagnóstico da nossa sociedade está de acordo com Romanos 1, então, também devemos seguir a receita encontrada em Romanos 1 – não devemos nos envergonhar do evangelho, pois é o poder de Deus para salvação! Neste dia, é nosso dever divino fortalecer a igreja, as famílias, e testemunhar o evangelho ao tirar os absurdos pragmáticos que distraem a igreja de sua missão ordenada por Deus. Homossexuais (como todos os outros pecadores) necessitam ser avisados do juízo eterno iminente e precisam ter o perdão, a graça e a nova vida, amorosamente oferecidos através do arrependimento e da fé no Senhor Jesus Cristo.

Em última análise, a maior contribuição ao seu povo será a de mostrar paciência e uma confiança inabalável na soberania de Deus, no Senhorio de Jesus Cristo, e na autoridade das Escrituras. Mire seus olhos no Salvador, e lembre-os de que quando Ele voltar, tudo será corrigido.

Estamos orando para que você proclame firmemente a verdade, e que se posicione de maneira inabalável em Cristo.



***
Autor: John MacArthur
Fonte: The Master's Seminary

Tradução: Olhai e Vivei
Via: Revista Monergista  Copiado de ## Bereanos



Pregando o Evangelho dos Evangelhos!

terça-feira, 9 de junho de 2015

O Dia do Pastor e o Culto à personalidade



“Desde jangais da África, desertos da Arábia, até ao frenesi das grandes metrópoles, adoradores podem ser encontrados aos bilhões, ora prostrando-se diante de uma vaca sagrada, de algum amuleto, ou altar, ora diante de algum líder religioso ou guru. O interessante é que, quando o ser humano não adora em espírito e verdade (Jo 4:23,24), ele corre o risco de procurar ser adorado.”
Sempre foi assim. O lado fraco busca algo palpável e sobrenatural para adorar (até o povo hebreu, quando do Êxodo, ao ficar um tempo sem receber sinais divinos construiu para si um bezerro de ouro) e o lado forte (manipulador) busca ser venerado ao perceber a fraqueza do outro. Basta desviar-se do verdadeiro alvo para algum discípulo de Cristo sentir-se mais importante do que o próprio Cristo. Cedem seus corações à bajulação. Enquanto escrevo essas palavras, infelizmente, vejo numerosos exemplos de pastores e celebridades gospel que se encaixam neste tipo de culto, quando, na verdade, deveriam agir como Sadu Sundar Singh, o místico da Índia, o apóstolo dos pés sangrentos, quem, ao chegar a uma vila e ser perguntado se seria ele Jesus Cristo, respondeu: “Não, é claro que não. Eu sou apenas o jumento de Jesus”.
( Extraído do livro "Evangélicos em Crise" do pr. Paulo Romeiro)

AINDA SOBRE O CULTO À PERSONALIDADE DISSE J.C. RYLE: "Os melhores homens não passam de homens, mesmo em seus melhores momentos. Os patriarcas, os profetas e os apóstolos — os mártires, os pais da igreja, os reformadores, os puritanos — todos são meros pecadores, que precisam do Salvador — santos, úteis, dignos de honra em seus respectivos lugares, mas apenas pecadores, e nada mais. Nunca podemos permitir que eles sejam interpostos entre nós e Cristo."

Depois desse texto alguém questionaria: Se os médicos têm um dia, os psicólogos, sociólogos, engenheiros, etc, também têm um dia..... que mal tem a existência do dia do pastor?

A minha resposta seria: Os pastores querem um dia de comemoração ou um dia para ser cultuado como deuses?
O problema do Dia do Pastor não está na instituição de tal dia, mas na comemoração dos tais dias. Se for para ir cultuar um homem não adianta nem sair de casa para a igreja.

Em Cristo,
Xavier Campos Joaquim



Pregando o Evangelho dos Evangelhos!

quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

sexta-feira, 29 de agosto de 2014

O que Significa: Misericórdia, Graça e Justiça de Deus.


Não são poucas as vezes que nos deparamos em meio a uma oração/suplica/interseção ou pregação, falando de graça, misericórdia e Justiça de Deus. Mas sabemos de fato o que isso significa a luz da Bíblia? Nas orações muitas vezes pedimos que “Deus tenha misericórdia”, que “Deus derrame da Sua Graça” e outras vezes mesmo, pedimos que “Deus faça Justiça”. Sabemos bem o que estamos pedindo mesmo?

Segundo Ciro Zibordi, Graça e Misericórdia são bem distintas: “Graça é Deus dando o que você não merece. A misericórdia é Deus não dando o que você merece.”[1]

Não entendeu? Vou tentar explicar.

MISERICÓRDIA 


Sabe àquela hora em que você acabou de cometer um erro (pecado), e se depara com um livro bíblico como Romanos 6.23: “Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus nosso Senhor.” E você descobre que ainda assim estás vivo? Pois bem, é nessa hora em que Deus usa da Sua infinita misericórdia para com os homens. Deus, simplesmente não nos dá o que nós merecemos. Porque merecemos morte e Deus nos dá vida (João 10:11, João 15:13, 1 João 3:16).
Misericórdia é o amor e a graça demonstrados por Deus às pessoas. (Êx 20.6;Lc1.50).

GRAÇA

Graça como todo mundo já sabe,significa “FAVOR IMERECIDO”. Ou seja, “Amor imerecido de Deus pelas pessoas, pelo qual ele as salva. Êx 33.12;Sl6.4;Lc 2.20; At 18.27; 1Cor 12.9; Rm 3.24; Ef 2.5. As bênçãos que uma pessoa recebe de Deus sem merecer. Gn43.29; Rom 6.1. Louvor, agradecimento.Sl 107.1.Na graça Deus usa o Seu magnífico poder para nos abençoar, mesmo quando não merecemos. “Mas Deus prova o seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores.” Romanos 5:8

JUSTIÇA

Justiça é: “(1) Um dos atributos de Deus, pelos qual pune o mal e recompensa o bem. Pode-se dizer que é a santidade de Deus em ação. Is 59.17s;28.17. Juntamente com a misericórdia, serve muitas vezes de alento nos momentos de desânimo.Sl 5.8; 30.2;118.40.
(2) Santidade intrínseca e real que Deus declara aos que nele crêem. É neste sentido que Paulo usa o termo em Rm 1.17; 3.21-22; 2Co 5.21; Fp 3.9. Contrariamente ao que muitos judeus pensavam, Paulo declarou que a verdadeira santidade vem de Deus mediante a fé em Cristo. Rm 2.6; 3.21-26; Gl 5.16-26; 6.6-10; Tg 2.22-24.” [2]
Por palavras miúdas, justiça é o ato de dar a cada um, o que lhe é devido. E o que nos é devido mesmo?

Portanto, agora, ao usarmos desses termos, já sabemos que Deus usa da graça incondicionalmente, usa de misericórdia nos momentos que deveríamos ser sentenciados a uma pena, e a Sua justiça é um dos atributos de Deus, pelos qual Ele, o Justo Juiz, pune o mal e recompensa o bem.

Em Cristo, 
Xavier Campos Joaquim

Bibliografia:
[1] Blog do Ciro
[2] ( Dicionário de Estudos Bíblicos,Editora Rideel)

Pregando o Evangelho dos Evangelhos!

quinta-feira, 21 de agosto de 2014

O QUE É APOSTASIA? JÁ ESTAMOS PASSANDO POR ELA?






A primeira pergunta que devemos fazer ao começar esse assunto é? "SERÁ QUE A IGREJA DA ATUALIDADE JÁ ESTÁ APOSTATANDO NA FÉ?"

Apostasia (em grego antigo απόστασις [apóstasis], "estar longe de") tem o sentido de um afastamento definitivo e deliberado de alguma coisa, uma renúncia de sua anterior fé ou doutrinação. Ao contrário da crença popular, não se refere a um mero desvio ou um afastamento em relação à sua fé e à prática religiosa. Pode manifestar-se abertamente ou de modo oculto. 

APOSTASIA NO CRISTIANISMO PROTESTANTE 

No protestantismo apostasia é o esfriamento da fé, o abandono dos princípios bíblicos. Uma igreja ou um indivíduo apóstata é uma igreja ou indivíduo que aderiu ao mundanismo e aos costumes seculares, substituindo os princípios de Deus. De modo mais abrangente, pode-se dizer que um cristão ou igreja são apóstatas quando deixam de seguir os fundamentos da Palavra de Deus, desviando-se da verdadeira fé e voltando-se para o mundanismo, satisfazendo somente os desejos carnais. 

Apostasia da Fé Cristã, ou seja, do Cristianismo primitivo, na ótica das diversas religiões cristãs, é controversa. Existe uma notória diferença entre apostasia da Fé Cristã e apostasia de uma determinada organização religiosa. 

APOSTASIA NAS IGREJAS CRISTÃS TRINITARIANAS 

As igrejas cristãs trinitarianas consideram apostasia o afastamento do fiel do seio da igreja invisível, o Corpo de Cristo, para abraçar ensinos contrários aos fundamentos bíblicos, o que é denominado heresia. Para os trinitarianos, após conhecer o evangelho e estar envolvido com a Palavra Sagrada, para depois negar que a salvação vem de Jesus Cristo, como único e suficiente salvador, é apostatar do ensino mais básico do cristianismo. Este tipo de apostasia é considerado extrema ingratidão e ponto central entre todas as igrejas trinitarianas.[1] 

Apostasia, ainda pode significar: Deixar a fé, rebelar-se. Na profecia a respeito do fim do mundo em 2Tes 2.3, a apostasia se refere a uma grande rebelião em que muitos deixarão a fé. A apostasia também é um perigo permanente nas igrejas e aumenta quando há perseguição e falsos ensinamentos. 1 Tm 4.1 [2] 

APOSTASIA NA BÍBLIA 


Na Bíblia DESTACAMOS um exemplo de dois homens que apostataram da sua fé, ou seja, que a abandonaram e a negaram. Vejamos: 

“Além disso, a linguagem deles corrói como câncer; entre os quais se incluem Himeneu e Fileto. Estes se desviaram da verdade, asseverando que a ressurreição já se realizou, e estão pervertendo a fé a alguns.” (2Tm 2. 17) 

Notem que estes dois homens (Himeneu e Fileto) estavam pregando algo contrário ao que as Sagradas Escrituras (a verdade) ensinavam e foram rapidamente identificados por Paulo como apóstatas. Geralmente o apóstata tem dificuldade de se arrepender e defende a sua “doutrina” com unhas e dentes. Daí a necessidade de serem rapidamente questionados e combatidos. Himineu, Fileto e outros, traziam confusão negando a verdade da Palavra de Deus. 

A Bíblia também nos mostra que nos últimos tempos haverá um abandono da fé por parte de muitas pessoas. “Ora, o Espírito afirma expressamente que, nos últimos tempos, alguns apostatarão da fé, por obedecerem a espíritos enganadores e a ensinos de demônios” (1Tm 4. 1). Justamente por não valorizarem a Bíblia estas pessoas se perderam em ensinos que não vêm de Deus, ensinos de espíritos enganadores e de demônios. 

Infelizmente estamos vivendo um tempo de grande apostasia, pois as pessoas têm rejeitado a Palavra de Deus, trocando-a por outros ensinos que têm “aparência” de verdadeiros, mas que as levam para cada vez mais longe de Deus. E o pior de tudo é que muitas igrejas têm sido totalmente apóstatas inventando doutrinas que não existem na Bíblia.[3] 


DEPOIS DESSA EXPLANAÇÃO,PODEMOS AFIRMAR QUE A IGREJA DA ATUALIDADE JÁ ESTÁ APOSTATANDO NA FÉ? SIM OU NÃO?


[1[ Wikipédia, Enciclopédia livre 
[2] Dicionário de Estudos Bíblicos, Editora Rideel 
[3] Blog Esboçando Ideias



Pregando o Evangelho dos Evangelhos!

sábado, 9 de agosto de 2014

VALE TUDO PARA PREGAR A CRISTO?

Por Augustus Nicodemus Lopes


Um amigo no Twitter me perguntou faz um tempo se Filipenses 1:18 não justificaria o evangelho gospel e o show gospel. E mais recentemente vejo pessoas usando o mesmo texto para justificar a construção do "templo de Salomão" pela Universal.

Para quem não lembra, Paulo diz o seguinte em Filipenses 1:15-18:

“Alguns, efetivamente, proclamam a Cristo por inveja e porfia; outros, porém, o fazem de boa vontade; estes, por amor, sabendo que estou incumbido da defesa do evangelho; aqueles, contudo, pregam a Cristo, por discórdia, insinceramente, julgando suscitar tribulação às minhas cadeias. Todavia, que importa? Uma vez que Cristo, de qualquer modo, está sendo pregado, quer por pretexto, quer por verdade, também com isto me regozijo, sim, sempre me regozijarei” (Fp 1:15-18).

A interpretação popular desta passagem, especialmente desta frase de Paulo no verso 18, “Todavia, que importa? Uma vez que Cristo, de qualquer modo, está sendo pregado, quer por pretexto, quer por verdade, também com isto me regozijo, sim, sempre me regozijarei” – é que para o apóstolo o importante era que o Evangelho fosse pregado, não importando o motivo e nem o método. A conclusão, portanto, é que podemos e devemos usar de todos os recursos, métodos, meios, estratégias, pessoas – não importando a motivação delas – para pregarmos a Jesus Cristo. E que, em decorrência, não podemos criticar, condenar ou julgar ninguém que esteja falando de Cristo e muito menos suas intenções e metodologia. Vale tudo.

Então, tá. Mas, peraí... em que circunstâncias Paulo disse estas palavras? Ele estava preso em Roma quando escreveu esta carta aos filipenses. Ele estava sendo acusado pelos judeus de ser um rebelde, um pervertedor da ordem pública, que proclamava outro imperador além de César.

Quando os judeus que acusavam Paulo eram convocados diante das autoridades romanas para explicar estas acusações que traziam contra ele, eles diziam alguma coisa parecida com isto: “Senhor juiz, este homem Paulo vem espalhando por todo lugar que este Jesus de Nazaré é o Filho de Deus, que nasceu de uma virgem, que morreu pelos nossos pecados e ressuscitou ao terceiro dia, e que está assentado a direita de Deus, tendo se tornado Senhor de tudo e de todos. Diz também que este Senhor perdoa e salva todos aqueles que creem nele, sem as obras da lei. Senhor juiz, isto é um ataque direto ao imperador, pois somente César é Senhor. Este homem é digno de morte!”

Ao fazer estas acusações, os judeus, nas próprias palavras de Paulo, “proclamavam a Cristo por inveja e porfia... por discórdia, insinceramente, julgando suscitar tribulação às minhas cadeias” (verso 17).

Ou seja, Paulo está se regozijando porque os seus acusadores, ao final, no propósito de matá-lo, terminavam anunciando o Evangelho de Cristo aos magistrados e autoridades romanos.

Disto aqui vai uma looooonga distância em tentar usar esta passagem para justificar que cristãos, num país onde são livres para pregar, usem de meios mundanos, escusos, de alianças com ímpios e de estratégias no mínimo polêmicas para anunciar a Cristo. Tenho certeza que Paulo jamais se regozijaria com “cristãos” anunciando o Evangelho por motivos escusos, em busca de poder, popularidade e dinheiro, pois ele mesmo disse:

“Porque nós não estamos, como tantos outros, mercadejando a palavra de Deus; antes, em Cristo é que falamos na presença de Deus, com sinceridade e da parte do próprio Deus” (2Co 2:17).

“Pelo que, tendo este ministério, segundo a misericórdia que nos foi feita, não desfalecemos; pelo contrário, rejeitamos as coisas que, por vergonhosas, se ocultam, não andando com astúcia, nem adulterando a palavra de Deus; antes, nos recomendamos à consciência de todo homem, na presença de Deus, pela manifestação da verdade” (2Co 4:1-2).

“Ora, o intuito da presente admoestação visa ao amor que procede de coração puro, e de consciência boa, e de fé sem hipocrisia. Desviando-se algumas pessoas destas coisas, perderam-se em loquacidade frívola, pretendendo passar por mestres da lei, não compreendendo, todavia, nem o que dizem, nem os assuntos sobre os quais fazem ousadas asseverações” (1Ti 1:5-7).

“Se alguém ensina outra doutrina e não concorda com as sãs palavras de nosso Senhor Jesus Cristo e com o ensino segundo a piedade, é enfatuado, nada entende, mas tem mania por questões e contendas de palavras, de que nascem inveja, provocação, difamações, suspeitas malignas, altercações sem fim, por homens cuja mente é pervertida e privados da verdade, supondo que a piedade é fonte de lucro” (1Ti 6:3-5).

“Eu, irmãos, quando fui ter convosco, anunciando-vos o testemunho de Deus, não o fiz com ostentação de linguagem ou de sabedoria. Porque decidi nada saber entre vós, senão a Jesus Cristo e este crucificado. E foi em fraqueza, temor e grande tremor que eu estive entre vós. A minha palavra e a minha pregação não consistiram em linguagem persuasiva de sabedoria, mas em demonstração do Espírito e de poder, para que a vossa fé não se apoiasse em sabedoria humana, e sim no poder de Deus” (1Co 2:1-5).

Portanto, usar Filipenses 1:18 para justificar esta banalização pública do Evangelho é usar texto fora do contexto como pretexto.



Pregando o Evangelho dos Evangelhos!

quinta-feira, 7 de agosto de 2014

Entre a razão e a emoção: a experiência pentecostal do Espírito


Esdras Bentho

1. A experiência pentecostal do Espírito

Para o pentecostal clássico, a sua experiência do Espírito está arraigada na experiência pneumatológica do Povo de Deus do Antigo e Novo Testamentos. O Pentecoste (At 2) não é interpretado como uma doutrina, uma religião ou um mero movimento, mas uma experiência transformadora. O pentecostal olha para os corredores da história em busca de referências que justifiquem sua experiência e identidade. Por meio da leitura fundamentalista da Bíblia, justifica sua experiência interpretando a experiência pneumatológica do povo de Deus à luz de sua teologia existencial e pessoal. Por meio da leitura da vida de personagens da história eclesiástica identifica sua experiência recente como a continuidade da ação do Espírito no passado. O pentecostal admira, reconhece, inspira-se e identifica-se com personagens bíblicos e modernos que experimentaram a presença do Espírito. Daí a razão pela qual as pregações pentecostais valorizam tanto as ações prodigiosas de personagens como Elias e Eliseu, no Antigo Testamento, e Pedro e Paulo em o Novo Testamento. Assim, para o pentecostal, o Espírito que agiu no passado é o mesmo que age no presente na conversão, na santificação, nas curas, na manifestação dos carismas espirituais e principalmente no batismo no Espírito Santo. Segundo a crença do pentecostal, ele é um dos canais ou instrumentos para as realizações da obra do Espírito no mundo, assim como foram muitos personagens nas Escrituras. Contudo, cabe ressaltar que a expressão “instrumento”, situa-se inadequada e até mesmo retrógada dentro do contexto de autonomia do ser na modernidade quando considerada filosoficamente. O termo não é bíblico e muito menos teológico.

2. A Experiência do Espírito na Modernidade

Por razões pedagógicas e de síntese, a experiência pentecostal do Espírito será descrita em quatro ênfases: pessoal, pneumatológica, litúrgica e comunitária.

2.1. A experiência do Espírito: ênfase pessoal

A primeira experiência do Espírito para o cristão pentecostal é a experiência salvífica, que inclui a conversão, a regeneração, a justificação e a santificação. Compreendidas como obras simultâneas operadas por Deus por meio do Espírito Santo, cuja participação na economia salvífica é acentuada ao lado de Cristo. A teologia pentecostal define, por exemplo, a regeneração (gr. palingenesia, Tt 3,5) como “uma obra efetuada por Deus através do Espírito Santo, pelo qual o homem recebe a vida pessoal de Deus, transformando sua mente, seu coração e sua vontade, de tal maneira que sua inclinação para consigo é mudada, pondo Cristo no centro de sua vida”. A ministração salvífica do Espírito para o pentecostal transforma a natureza pecaminosa do indivíduo em uma nova vida, uma nova criatura. Na vida prática isto levará ao abandono do pecado, dos vícios, da prostituição. A primeira e mais importante experiência individual do Espírito ocorre no plano salvífico. Essa experiência é confessada através dos testemunhos pessoais na evangelização, na pregação e no culto.

2.2. A experiência do Espírito: ênfase pneumatológica

A segunda mais importante experiência pneumatológica para o pentecostal é o batismo no EspíritoSanto com evidência inicial de falar noutras línguas. O cristão pentecostal tem um sentimento de pertença à tradição apostólica de Atos 2 por meio da experiência do batismo no Espírito Santo. Deacordo com a doutrina pentecostal, trata-se de uma experiência separada, lógica e teologicamente, da conversão, do batismo no corpo de Cristo (1Co 12.13) e do batismo em águas (Mt 28.19). Trata-se de uma experiência pneumatológica em que o crente é totalmente imerso no Espírito, daí baptzô, imergir. Os relatos da experiência de batismo no Espírito Santo são variados, pessoais e não repetitivos, disto resulta a subjetividade da experiência. Não há como transferir, reproduzir ou transmitir a mesma experiência a outros. Cada um deve ter sua própria experiência de batismo no Espírito Santo. Nos relatos de recebimento de batismo no Espírito são narradas visões espirituais por alguns, forte comoção por outros, no entanto, a maioria concorda em uma vocação específica para a evangelização e obra missionária, para a santidade pessoal, para a pregação da palavra, para a vida comunitária, exercício de um dos carismas espirituais, e gozo salvífico. A recepção da experiência batismal no Espírito também é acompanhada por uma forte oralidade e êxtase. O êxtase não nega, desvaloriza ou destrói a estruturahumana como ocorre com a possessão, uma vez que Deus não precisa destruir a natureza humana para se manifestar nela. A experiência do batismo não destrói a consciência ou a deixa “infrutífera”. Apesar de ser um estado de êxtase, o batizado está cônscio de sua experiência a ponto de poder relatá-la racionalmente.

No pentecostalismo clássico, funções eclesiásticas como educação cristã, diaconia, cargos de liderança e pastoreado só podem ser exercidos se a pessoa for batizada no Espírito Santo. Isto, obviamente, acentua a importância que o movimento dá ação do Espírito capacitando o crente ao exercício da obra de Deus, muito embora haja nos dias hodiernos grupos de cristãos pentecostais que se interrogam a respeito da validade de tal princípio.

2.3. A experiência do Espírito: ênfase litúrgica e comunitária

A terceira e quarta experiência mais enfatizada pelo pentecostal é a celebração comunitária da salvação em Cristo. Com ênfase comunitária e conversionista são destacados os testemunhos pessoais de curas, de milagres, de bênçãos materiais, de casamento e eventos prodigiosos, seguidos de cânticos congregacionais e adoração intimista. Em cada destaque, a ação, o poder e a experiência do Espírito são anunciados como elementos contemporâneos e proféticos: o que o Espírito fez a um pode fazer ainda que de modo diferente a todos. Os símbolos (óleo, fogo, pompa, selo) e o poder do Espírito são enfatizados tanto quanto a pessoa do Espírito. É o Espírito que fala e dirige o culto, o crente, a liturgia, tudo mediado pelo seu instrumento: alguém (ele ou ela) batizado no Espírito Santo.

3. Pentecostalidade e saber racional



Embora haja no Brasil certa produção teológica pentecostal (nacional e estrangeira), o pentecostal ainda hoje enfatiza mais a experiência do Espírito do que a teologia. A experiência do Espírito e a teologia, a emoção e a razão, a crença interiorizada e o saber racional há muito são vertentes difíceis de reconciliar para os pentecostais. Donald Gee, um dos principais expositores do pentecostalismo clássico, afirmou certa vez que “é preciso que as igrejas pentecostais [...] acrescentem ao nosso ardente testemunho de experiência [...] esforço intelectual mais determinado a fim de expor com precisão a nossa fé. Não devemos nos deleitar com emoções profundas à custa de reflexões superficiais” [1].

[1] GEE, D. Como Receber o Batismo no Espírito Santo. 6 ed., Rio de Janeiro: CPAD, 2006. p 68-69. Ver também PALMA, A. D. O batismo no Espírito Santo e com fogo: fundamentos bíblicos e a atualidade da doutrina pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 2002.

Fonte: CPAD NEWS
Pregando o Evangelho dos Evangelhos!

quarta-feira, 6 de agosto de 2014

A VERDADEIRA FÉ NÃO FAZ ACEPÇÃO DE PESSOAS



Por Geraldo Carneiro Filho

I – INTRODUÇÃO:
Em nossa cultura, é comum encontrarmos exemplos de acepção de pessoas em todas as áreas da sociedade. Que o Senhor nos ajude, de modo que, nasigrejas não haja distinção de pessoas pela condição econômica, social, de raça ou de sexo. Que aceitemos a todos como filhos de Deus, amados e salvos em Cristo Jesus.

II - A CONDENAÇÃO NA BÍBLIA:

(1) - O que é acepção de pessoas - É a preferência de pessoa ou pessoas, em atenção à classe, qualidade, títulos ouprivilégios. Este é o significado do termo, utilizado por Tiago.

(2) – Acepção d pessoas Antigo Testamento:

(2.1) - Poucas referências - Não há muitas referências sobre o tema no Antigo Testamento. Entretanto, os poucos textos que aludem ao assunto, nos indicam que Deus determinava ao Seu povo que seguisse o Seu exemplo, não fazendo acepção de pessoas.

(2.2) - Deus não faz acepção de pessoas- Quando Moisés, o grande líder de Israel, se despediu do povo, dentre as instruções transmitidas, consta a exortação à obediência, na qual o Senhor orientava o povo a temê-Lo, amando e servindo-O (Dt 10.12, 17).

(2.3) - Deus não quer a acepção de pessoa - Com todas essas qualidades divinas, Deus diz ao povo que não fazacepção de pessoas, indicando que assim deveriam proceder. Outros textos podem ser lidos como Jó 32.21 e 34.19.

(3) – Acepção de pessoas no Novo Testamento - Nesta parte da Bíblia há mais referências sobre a condenação à acepção de pessoas.

(3.1) - Com relação a raças ou nacionalidades - Deus não faz acepção de pessoas, não levando em conta a raça ou etnia, nação, povo, ou língua. Pedro, ao chegar à casa de Cornélio, iniciou a pregação, dizendo: "Reconheço, por verdade, que Deus não faz acepção de pessoas; mas que lhe é agradável aquele que, em qualquer nação, o teme e faz o que é justo" (At 10.34,35).


Israel rejeitou a salvação de Deus.
O Verbo Divino foi enviado (Jo 1.1,9,10), de modo que "...a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus; aos que crêem no seu nome" (Jo 1.12).

Não tem o mínimo sentido dizer que os negros, os africanos, foram pessoas escolhidas para serem rejeitadas por Deus, como queriam (e querem) alguns adeptos do apartheid, ou da discriminação racial e de cor. João viu "uma multidão, a qual ninguém podia contar, de todas as nações, e tribos e povos, e línguas, que estavam diante do trono e perante o Cordeiro..." (Ap 7.9).

(3.2) - Com relação à obediência - Deus "recompensará cada um segundo as suas obras", dando "vida eterna aos que, com perseverança em fazer bem, procuram glória, e honra e incorrupção" (Rm 2.6,7): dando, porém, "indignação e ira aos que são contenciosos e desobedientes à verdade e obedientes à iniquidade" (Rm 2.8); e, ainda, dando "glória, porém, e honra e paz a qualquer que faz o bem; primeiramente ao judeu e também ao grego" (Rm 2.10); "porque, para com Deus, não há acepção de pessoas" (Rm 2.11).

A escolha dos judeus foi apenas prioridade e não acepção de pessoas, como lemos cm Rm 2.10: "primeiramente ao judeu...". Na verdade, "Deus amou o mundo..." (Jo 3.16a), e não somente a Israel.

O que interessa para Deus é a aceitação de Sua Palavra, com obediência, em qualquer lugar do mundo.

(2.3) - Com relação à condição social – Tg 2.2-3 – Estes versos alertam para a discriminação entre pobres e ricos na igreja, tomando o exemplo de alguém que, chegando à congregação, com anel no dedo, vestidos preciosos, é chamado "para cima", enquanto o pobre é mandado ficar "lá embaixo".

Paulo, exortando aos senhores e patrões de Éfeso, quanto ao tratamento que deveriam dar aos servos, lhes ordenou, com a autoridade do Espírito Santo: "E vós, senhores, fazei o mesmo para comeles, deixando as ameaças, sabendo que o Senhor deles e vosso está no céu e que para com ele não há acepção de pessoas" (Ef 6.9).

Senhores e servos ou escravos dividiam a sociedade. Mas o evangelho levou a mensagem do respeito à dignidadehumana, como nenhuma outra filosofia o fez. Paulo, cm sua carta a Filemom, (Fm v.16) roga que o patrão, crente, receba o escravo fugitivo, mas convertido, não como escravo, mas como irmão em Cristo (Fm 15,16). Só um cristão poderia conceber esse comportamento.

Hoje, é importante que os patrões crentes tenham seus empregados (domésticos, funcionários, etc.) em respeito e honra, para testemunho do amor de Deus em seus corações.

(3.4)- Em relação à distinção por sexo - Ensinando sobre as mulheres no culto, Paulo diz que "...nem o varão é sem a mulher, nem a mulher, sem o varão, no Senhor. Porque, como a mulher provém do varão, assim também o varão provém da mulher, mas tudo vem de Deus" (l Co 11.11,12).

Em Gl 3.27,28, diz o apóstolo que entre os que foram revestidos de Cristo, "...não há macho nem fêmea; porque todos vós sois um em Cristo Jesus".

No Antigo Testamento, havia discriminação de sexo, não por orientação de Deus, mas pela influência da cultura oriental.

Entre os judeus, a mulher era considerada inferior na vida religiosa. Josefo, historiador judeu, diz que naquele tempo entre os judeus, "uma centena de mulheres não vale mais do que dois homens". Um rabino disse: "Eu te agradeço porque não nasci escravo, nem gentio, nem mulher". Machismo puro. Quão diferente é no Cristianismo. Jesus valorizou o trabalho feminino (ler Mt 27.55; Mc 15.41; Lc 8.2-3). Nas epístolas paulinas, temos mulheres em destaque (ver 2 Tm 1.5; Rm 16.1-17).

(3.5) - Com relação à salvação - Há igrejas que pregam que Deus predestinou pessoas para serem salvas e outras, para serem irremediavelmente perdidas.

O teólogo João Calvino ensinava que "é o decreto de Deus... para alguns é preordenada a vida eterna, e para outros, a condenação eterna".
Isso vai de encontro ao caráter de Deus, revelado na Bíblia, que diz, como vimos acima, que "... não faz acepção de pessoas" (cf. Dt 10.17; Jó 34.19; At 10.34; Rm 2.11; Ef 6.9, 25; l Pe 1.17).

Não faz sentido nascerem dois bebês, na maternidade, e um ter uma "etiqueta" de salvo e, outro, a "etiqueta" de perdido.
Cremos, sim, que Deus, em casos especiais, dentro de Sua soberania, escolhe pessoas com certos propósitos, como João Batista e Jeremias. Deus nos predestinou coletivamente como Igreja, e não individualmente, por acepção de pessoas (cf. Ef 1.11-13).

III - RAZÕES PARA NÃO SE FAZER ACEPÇÃO DE PESSOAS:

(1) - Toda a humanidade foi criada por Deus. Deus criou o ser humano, homem e mulher, à Sua imagem e semelhança (Gn 1.27). Ambos receberam a imagem divina, independente do sexo. Ambos perderam a glória de Deus com a queda, e não pela condição de ser homem ou mulher. Deus fez a Terra e criou nela o homem (Is 45.12). Ele não faz acepção de pessoas. Nós também não o devemos fazer.

(2) - Toda humanidade tem a origem comum em Adão e Eva. Paulo, em Atenas, discursando no Areópago, disse que Deus "...de um só fez toda a geração dos homens, para habitar sobre toda a face da terra..." (At 17.26a). Por influência de condições genéticas, climáticas e de outra ordem, foram-se reunindo as raças, e sendo espalhadas pela Terra, mas todos vêm da mesma origem.

(3) - Em Cristo, todos somos um. O brasileiro, resultante da miscigenação do índio, do europeu e do negro; os asiáticos,de cor amarela; os japoneses, de olhos amendoados; os chineses de olhos apertados; os europeus, louros e de olhos azuis; os africanos de cor negra e dentes bem brancos, enfim, todos de qualquer raça, aparência ou cultura, quando salvos, são um em Cristo Jesus (Gl 3.28).

IV – CONSIDERAÇÕES FINAIS:

A acepção de pessoas por condição social, econômica, familiar ou de outra ordem é comportamento incompatível com o caráter inclusivo do evangelho. Jesus veio trazer salvação, amor e paz para todos os que crêem, em qualquer nação, raça ou povo do mundo. Que Deus nos abençoe, não permitindo a discriminação de pessoas em nosso meio.

Para combater a acepção de pessoas, precisamos fazer três coisas: amar a todos igualmente (inclusive os não-crentes); tratar a todos com equidade e mostrar que os preconceitos são contrários a Deus.



FONTE DE PESQUISA E CONSULTA:
Lições Bíblicas CPAD – 1º TRIMESTRE DE 1999 – Comentarista: Elinaldo Renovato de Lima
Fonte: Escola Bíblica Para Todos
Pregando o Evangelho dos Evangelhos!

terça-feira, 5 de agosto de 2014

ISTO É AVIVAMENTO BÍBLICO OU APOSTASIA?

Esse é questionamento que todos nós deveríamos fazer quando surgem movimentos espúrios dentro das "nossas" denominações ditas de evangélica.



Pregando o Evangelho dos Evangelhos!

domingo, 27 de julho de 2014

Crise de liderança: um mal que se repete


Por Douglas Baptista
“E busquei dentre eles um homem que estivesse tapando o muro e estivesse na brecha perante mim por esta terra, para que eu não a destruísse; mas a ninguém achei” (Ez 22.30)

No período do profeta Ezequiel, o Oriente Médio passava por uma crise internacional. Israel e Judá se encontravam no exílio. Tinham sido conquistados por seus opressores como conseqüência de seus pecados contra Deus. As nações estavam sendo massacradas pela corrupção desenfreada, pela usura contumaz, pelo suborno insolente, pelas predições mentirosas, a opressão implacável, a avareza injustificada e a violência reinante. Ao revelar-se para o profeta o Senhor descreveu que uma das causas da destruição iminente era crise de liderança.

Em tempos atuais, a sociedade e a igreja também experimentam uma grande crise de liderança. Assim como o mundo, a igreja clama e almeja por líderes eficientes. A força de um verdadeiro líder deriva da capacidade de engajar e unir seus liderados na luta de um propósito para o bem comum. A crise que vivemos recai exatamente sobre este ponto. O bem comum tem sido substituído pelo bem pessoal. Líderes em toda parte sucumbem por falta de integridade.

Em perplexidade assistimos líderes negociando a fé do povo de Deus. Compactuam com o erro para adquirir ou manter poder, sucesso e fama. Representam uma coletividade como meio de obter vantagem pessoal ou familiar. Nada é mais degradante que observar um líder cristão chafurdado no lamaçal do pecado e da corrupção.

Por estão razão, Deus está chamando líderes e não detentores de poder. Líderes que possuam unidade de propósito e caráter cristão. Que tenham visão do trabalho que precisa ser realizado. Líderes que honrem a dignidade ministerial que precisa ser resgatada. Que se comprometam com as verdades bíblicas e sejam implacáveis na defesa da fé cristã. Líderes que não se considerem auto-suficiente, mas que vivam na dependência divina em seus ministérios. Que sejam desprovidos da falsa humildade, que não exijam pompa, adulação e nem mesmo compensação pecuniária.

As dificuldades dos tempos do profeta Ezequiel pairam também em nossos dias. Estamos envoltos em uma série de escândalos e de corrupção generalizada. Precisamos urgente de líderes chamados e capacitados por Deus para taparem o muro e se colocarem na brecha. Líderes que sejam dotados de caráter e de integridade.

Estas características são indispensáveis não apenas para a liderança exercida no âmbito da igreja, mas também no local de trabalho, nas atividades acadêmicas, no ambiente familiar e nas relações sociais. Líderes com tais características exercem influência nas pessoas e são capazes de mudar o curso de suas vidas de maneira positiva e permanente. São líderes com estas características a que me refiro que o mundo e a igreja reclamam. Roguemos ao Senhor da Seara, para que envie líderes para sua Seara! (Mt 9.37).

Fonte: CPAD NEWS
Pregando o Evangelho dos Evangelhos!

terça-feira, 22 de julho de 2014

10 COISAS QUE NÃO EVITARÃO QUE VOCÊ VÁ PARA O INFERNO






(1) Ser religioso ,OU Ser criado na igreja,
(2) Ser batizado na igreja ,
(3) Ser obreiro da igreja,
(4) Ser dizimista ou ofertante da igreja ( ainda que seja o melhor)
(5) Cantar no conjunto da igreja
(6) Pregar no púlpito da igreja
(7) Ter cargo na igreja
(8) Ler a Bíblia todos os dias
(9) Nem mesmo Orar e jejuar todos os dias evitarão que você vá ao inferno (Lucas 18:12).
(10) Ajudar os pobres e necessitados, dando-lhes comida, bebida, vestuário, etc....

Podes fazer essas todas coisas e mais MIL, se quiseres. Mas se não aceitares Jesus Cristo como seu Senhor e Salvador, não entrarás no Reino de Deus.

#AvisoDado

Continuamos Pregando o Evangelho dos Evangelhos!

Em Cristo,

Xavier C. Joaquim

segunda-feira, 14 de julho de 2014

Porque Garotas Cristãs Postam Selfies Sedutoras


Por Kristen Clark

Quando eu estava no ensino médio, Bethany e eu decidimos que queríamos fazer uma sessão de fotos bem legal de nós mesmas.

Colocamos as roupas mais modernas que poderíamos encontrar, nos cobrimos com jóias, colocamos duas camadas de rímel e nos dirigimos a um lugar privilegiado – o nosso telhado. Recrutamos (imploramos) uma de nossas irmãs mais novas para ser a nossa fotógrafa. Todas nós subimos ao telhado de nossa casa e ela começou a tirar as fotos.

Sim, um telhado é um lugar inusitado para fazer uma sessão de fotos, mas nós fizemos lá para que a perfeita brisa de top model soprasse direitinho o nosso cabelo. Para cada foto, nós posavámos exatamente do jeito que tínhamos visto as modelos profissionais fazerem – com os lábios franzidos, uma sobrancelha erguida, a mão no quadril e olhos sérios.

Sem que ninguém nos ensinasse como posar sedutoramente, nós fomos “profissionais” e sabíamos exatamente o que fazer. Nós postamos nossa sessão de fotos no Facebook com todo orgulho e esperamos os elogios aparecerem.

Sedução é a nova norma.

Infelizmente, vivemos em uma cultura que treina as nossas mentes para ver sedução como norma a partir de uma idade muito jovem. Basta dar uma rápida caminhada pelo shopping e você verá cartazes atrás de cartazes com modelos em pose sensual. Desde a invenção do Pinterest, Instagram e outros aplicativos, imagem sensuais estão em nossa frente mais do que nunca.

Como garotas cristãs, estamos sendo bombardeadas por mensagens de nossa cultura que sedução e poses sensuais são legais, descoladas e normais. Tirar selfies sedutoras não é mais atrevido… é aceitável e louvável. Por vivermos em um mundo caído, faz sentido que a cultura incentive as garotas a agirem assim.

Faz sentido que as supermodelos e meninas não-cristãs não tenham problema em postar selfies assim.

A pergunta que eu tenho pra você é esta: Por que razão as meninas cristãs estão postando selfies sedutoras?

Fico chocada, às vezes, quando eu entro no meu Instagram e vejo algumas das poses sensuais que minhas amigas cristãs estão postando. O que mais me surpreende é que eu leio os comentários de outros amigos cristãos que estão elogiando as imagens e chamando-as de “lindas”. Como assim? Parece uma epidemia ao longo dos últimos anos.

Por que meninas cristãs gostam tanto de postar selfies sedutoras?

Eu sei a resposta para estas perguntas, porque eu costumava ser uma daquelas meninas. Eu costumava ser a garota por trás do iPhone tirando aquelas selfies sedutoras. Eu era a garota do telhado fazendo uma sessão de fotos para que eu pudesse exibir os resultados para os meus amigos.

Quanto a mim, eu postava as fotos porque queria que os rapazes me notassem. Eu queria que as pessoas elogiassem “o quão bonita eu era”. Eu adorava ouvir o louvor e afirmação dos meus amigos. Nunca foi por um “acidente” que eu postei uma foto minha. Era sempre intencional e planejado. Eu já tinha visto imagens suficientes de modelos da moda para saber como uma foto sensual devia ser.

Muitas de vocês que estão lendo este blog, sabem exatamente do que estou falando, porque você já fez a mesma coisa.

A verdade é que, postar selfies sedutoras é apenas um sintoma exterior de uma questão muito mais profunda.

É um sinal de uma menina que anseia por algo mais. É um sinal de uma menina que está tentando encher o seu ego através dos louvores e elogios de seus amigos. Uma menina que deseja atenção de rapazes e tem a esperança de que eles vão notar uma de suas fotos. Uma menina que quer parecer confiante, mas é fraca e solitária no interior. Uma menina que gosta de seduzir os rapazes fazendo com que eles “queiram o que não podem ter.”

Selfies sedutoras são nada mais do que imagens que gritam, “Olhe para mim!”. Elas são uma oportunidade para apontar os holofotes sobre si mesma por um breve momento e esperar que alguém note.

Como garotas cristãs, Deus nos chama para um padrão muito mais elevado do que para jogar o jogo “selfie sedutora”.

Todo o propósito de nossas vidas é apontar outros a Cristo, não para nós mesmas. Esse tipo de foto nunca é centrada em Cristo, mas é sempre centrada em sí mesma. Deus nos chama a viver uma vida moralmente pura em todos os sentidos. Postando fotos sedutoras de si mesma, você não está promovendo a pureza ou santidade dentro do corpo de Cristo.

Desde aquele dia no telhado, Deus me deu convicção de pecado acerca da motivação e condição do meu coração. Diga-me se você acha que selfies sedutoras não são erradas de acordo com Efésios 5:1,3: “Sede, pois, imitadores de Deus, como filhos amados. Mas a impudicícia e toda sorte de impurezas ou cobiça nem sequer se nomeiem entre vós, como convém a santos”.

O que você acha?

Primeiro somos chamadas a sermos imitadoras (reflexos) de Deus para o mundo que nos rodeia. Você e eu somos filhas de Deus! Precisamos refletir bem o caráter e a pureza de nosso Pai. Em segundo lugar, somos ordenadas a ficar longe de qualquer forma de imoralidade sexual e toda a impureza. Você entendeu isso? “Qualquer forma … toda a impureza”.

Selfies sedutoras não tem chance contra estes versículos.

Nossa cultura nos diz que santidade e pureza é careta e que ser rigorosa demais consigo mesma a levará a uma vida de tédio. Se for esse o caso, então por que há tantas meninas solitárias, tristes, deprimidas, inseguras e carentes?

Deus nos dá padrões de pureza e santidade, porque Ele sabe que é o que é melhor para nós. A verdadeira alegria e contentamento não virá através dos aplausos de seus amigos, ela só virá através de obedecer e honrar a Deus. “Bem-aventurados os irrepreensíveis no seu caminho, que andam na lei do SENHOR. Bem-aventurados os que guardam as suas prescrições e o buscam de todo o coração” Salmo 119:1-2.

Eu sei que você quer ser abençoada por Deus. Tenho certeza! Em vez de ficar se esforçando para alcançar o aplauso vazio deste mundo, se esforce para receber os aplausos gratificantes de seu Rei.

Nada lhe fará mais feliz do que viver para a glória de Deus.

Como garotas cristãs, temos o dever de honrar nosso Rei, em todas as áreas de nossas vidas. Temos a responsabilidade de refletir a imagem de Cristo para o mundo perdido ao redor de nós.

Você vai se juntar a mim em rejeitar a tendência de selfies sedutoras? Você vai dizer não às postagens de fotos que te auto-glorificam e colocam toda a atenção em você?

Nosso mundo precisa desesperadamente de meninas cristãs que estejam dispostas a defender a verdade de Deus, exibindo algo muito maior do que elas mesmas.

Vamos tornar isto pessoal:
Você é culpada por postar selfies sedutoras? Se assim for, qual é a sua motivação por trás das publicações?
Você está disposta a pedir perdão a Deus por não refletir bem a Sua imagem? Se assim for, confesse seus pecados e peça a Deus para criar um coração limpo e puro dentro de você.
De que forma você é tentada a colocar a atenção sobre si mesma, em vez de Deus?

Eu adoraria ouvir o que você tem a dizer sobre isso nos comentários abaixo!

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Este post é uma tradução de um artigo de Kristen Clark publicado originalmente no Blog “Girl Defined”, traduzido e publicado em Português no blog Juventude Presbiteriana e reproduzido com permissão da autora e tradutora.

Traduzido por: Bruna Bugana
Revisão: Flávia Silveira

O PODER DESTRUTIVO DO AMOR AO DINHEIRO


Por Sillas Campos

Os que querem ficar ricos caem em tentação, em armadilhas e em muitos desejos descontrolados e nocivos, que levam os homens a mergulharem na ruína e na destruição,Pois o amor ao dinheiro é raiz de todos os males. Algumas pessoas, por cobiçarem o dinheiro, desviaram-se da fé e se atormentaram a si mesmas com muitos sofrimentos. (1 Timóteo 6:9)


- COMO ESCAPAR DAS SUAS GARRAS:

6 De fato, a piedade com contentamento é grande fonte de lucro,
7 pois nada trouxemos para este mundo e dele nada podemos levar;
8 por isso, tendo o que comer e com que vestir-nos, estejamos com isso satisfeitos.

-PIEDADE = não é uma vida chata e triste! Mas santidade, pureza, vida voltada para a adoração e obediência alegre á Deus (Sl 100)

-CONTENTAMENTO = não é comodismo! Mas operosidade submissa á providencia soberana de Deus.

-Contentamento Cristão é algo que se aprende, pois Paulo disse: "aprendi estar contente" (Fil 4:12-13).

-Paulo aprendeu a estar contente aprendendo...:
a) Que esta vida tem suas estações.
-Tempo de honra/ desonra.
-Tempo de necessidade/ fartura.
-Tempo de fome/ bem alimentado.

b) Que Cristo é Suficiente para nos sustentar através destas estações.
“Tudo posso naquele que me fortalece!”

c) Que Deus tem um propósito para nossas vidas:
Riqueza? Prosperidade? Vida fácil? Não!
Mas... que sejamos imitadores de Cristo (que não veio para ser servido, mas para servir!) I Cor 11:1

sexta-feira, 11 de julho de 2014

Sete características do culto verdadeiramente pentecostal

 
Por Ciro Sanches Zibordi

Primeira: o propósito principal da manifestação multiforme do Espírito em um culto coletivo é a edificação do povo de Deus (1 Co 14.4,5,12). Risos intermináveis e supostas quedas de poder edificam em quê?

Segunda: a faculdade do intelecto não deve ser desprezada no culto em que o Espírito Santo age (1 Co 14.15,20). Ninguém genuinamente usado pelo Espírito Santo deixa de raciocinar normalmente, em um culto coletivo a Deus. Isso, claro, segundo a Palavra do Senhor.

Terceira: um culto a Deus não deve levar os incrédulos a pensarem que os crentes estão loucos (1 Co 14.23). O que pensam os não-crentes que assistem a “cultos” nos quais pessoas caem ao chão, rindo sem parar, rosnando, latindo, mugindo, rugindo, uivando e rolando umas sobre as outras?

Quarta: o culto coletivo a Deus deve ter ordem e decência; tudo deve ocorrer a seu tempo: louvor, exposição da Palavra, manifestações do Espírito (1 Co 14.26-28,40). Um culto que não tem ordem nem decência é dirigido pelo Espírito?

Quinta: no culto genuinamente pentecostal deve haver julgamento, discernimento, a fim de se evitarfalsificações (1 Co 2.15; 14.29; 1 Jo 4.1).

Sexta: haja vista o espírito do profeta estar sujeito ao próprio profeta, é inadmissível que aconteçam manifestações consideradas do Espírito Santo em que pessoas fiquem fora de si (1 Co 14.32). O Deus que se manifesta no culto coletivo não é Deus de confusão, senão de paz (v. 33). Quando um “pregador” derruba pessoas carentes de uma bênção ou os seus supostos opositores com golpes de seu “paletó mágico”, além da confusão que se instala no “culto”, tal atitude não é nada pacificadora. E quem recebe a glória, indutivamente, é o próprio show-man.

Sétima: se alguém cuida ser profeta ou espiritual, deve reconhecer os mandamentos do Senhor (1 Co 14.37). O leitor está disposto a submeter-se aos mandamentos do Senhor? Ou é um daqueles que, irresponsavelmente, dizem: “Não podemos pôr Deus em uma caixinha. Ele sempre faz coisa nova”. Para que serve a Bíblia, para nada? Não é ela a nossa fonte máxima de autoridade? Perderam as Escrituras a primazia? Não são elas a nossa regra de fé, de prática e de vida? Gálatas 1.8 perdeu a validade? Não nos enganemos. O verdadeiro avivamento só ocorre quando há submissão à Palavra de Deus e ao Deus da Palavra.

Fonte: CPAD NEWS